sábado, 30 de junho de 2012

Mais do meu Fado.

O Fado dá-me alento,
alegria e tristeza,
sentido sofrimento,
de pura alma Portuguesa. 


Autor: Fernando Silva 

Mais do meu Fado

Na Proa da Vida


Lágrimas caídas do pranto
guiadas de um tal encanto,
intensificam meu alento,
neste lugar tão vazio!
as lágrimas...deste meu rio
são o maior sentimento.


Perduram minha memória, 
momentos desta história,
labaredas de esperança,
trazidas de uma saudade
que encanta esta cidade,
neste rio...de lembrança.


Só mais um fado, entoa agora,
são as vielas a cantar pelo tempo fora.
O Sol aquece, sublime paixão,
neste navio...chamado coração!
navegam desejos na proa da vida, 
são doces beijos,
nesta lembrança sentida.
O tempo não repele,
ficam na memória,
gravado na pele
da nossa história.

Autor: Fernando Silva 

domingo, 24 de junho de 2012

Crescer...acreditando.

Quadro... Almejado.

Uma janela aberta ao Mundo,
imagem pura, tão bela,
num quadro tão profundo
duma criança à janela.

Nas feições da sua vida
agita-se a humanidade,
nesta janela que é vida,
neste rosto de felicidade.

Não há sinais de miséria
nesta tela apresentada,
na terra de gente séria
a criança é mais honrada.

Não furta para comer
E nem dorme ao relento,
neste país a crescer
são sinais... de outro tempo.

Quem pintou este quadro,
quis dar outra cor à vida,
deu-lhe o toque... apropriado,
nesta  imagem tão querida.

Autor: Fernando Silva

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Meu Berço.



Minha Flor
Minha terra, meu arvoredo,

doce Primavera do meu segredo,

és Agosto de calor,

o meu encanto, Vila Flor.

Ruas cheias de quimeras

 de passadas Eras,

onde reina a mocidade,

trazes no peito essa flor

de lis sabor, minha saudade.

Cada rua é um jardim,

o que és para mim,

vou-te dizer:

És paz no coração,

minha oração, meu bem-querer.

As pedras dos teus caminhos

lembram-me esses carinhos,

de um grande amor…

que o Inverno não arrefece,

no aconchego aquece

em teu louvor.



Autor: Fernando Silva

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Mais do Meu Fado

Rio… saudades

Trago no peito saudades
de giestas a abrir em flor,
desse rio liberdades
dessa terra meu amor.

O dia amanhece lindo,
traz o Sol no horizonte,
neste campo florido
neste canto nesta fonte.

Andorinhas nos beirais
fazem seus melhores abrigos,
resistem aos temporais
suportam os maiores perigos.

Esta saudade tão louca
caminha à minha beira,
anda de boca em boca
acende esta fogueira.

Amar é fogo da vida
sangue que corre nas veias,
por essa terra tão querida
que pelas ruas galanteias.


Autor: Fernando Silva


terça-feira, 19 de junho de 2012

Coragem...

Acreditar

Sinto arrepio no peito,
chego a ficar sem jeito,
tal é a repugna sentida.
Este mal desmesurado
que me traz atormentado
e me quer tirar a vida.

Carrego comigo essa dor,
obtenho de vós o amor,
procuro a prosperidade desejada,
acredito convicto, na fé divina.
Mas que mágoa, esta sina
tinha minha vida almejada.

Força e determinação,
desejo de coração,
para quem sofre deste temor
que tanta dificuldade traz,
não se pode olhar para trás,
anseio acabar minha dor.

Conto com o vosso conchego,
o vosso apoio não nego,
refugio-me nas minhas orações,
confio meu corpo à medicina,
à ciência que tanto ensina,
terminem minhas aflições

Quero ser forte e acreditar
que este cancro vou derrubar,
tenho coragem suficiente,
ter-vos sempre a meu lado
é dar por terminado,
este cirro deprimente .

 Autor: Fernando Silva
Uma palavra de conforto para quem sofre deste tormento.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Bramido do mar

Ouço o acordar da cidade,
sinto a paz, a claridade,
e no ruído das brancas ondas do mar,
obtenho  profícuo acordar  que conduzem aos gritos de gaivotas,
entre palavras soltas rompem vagas misteriosas,
concluídas em versos e prosas,
nascidas do brasido da vida,
quão intensiva e activa.
A obscuridade da incerteza
no escuro do rio clareia,
onde pegadas de clareza
deixam sinais na branca areia,
onde tua alma semeia,
com tantas frases contidas no ar,
neste rio neste mar,
onde  apeio o meu olhar
e regozijo no mais elevado acreditar,
no futuro, na verdade e na imensidade
de Deus.

Autor: Fernando Silva

terça-feira, 12 de junho de 2012

Eterno Amor

Recado… sentido.

Partiste jamais te esqueço
foste meu maior apreço.
um coração apaixonado,
choro a tua ausência
enalteço a tua essência
ficas para sempre a meu lado.

O tempo que juntos passamos
as brincadeiras que brincamos
são puras recordações,
Tenho lembranças de mim
eternas saudades de ti
como sofrem… dois corações!

Na infindável nostalgia
foste doce companhia
a teu lado só tive amor,
carinho, afecto e respeito
que não sais do meu peito
da chama desse calor!!!

Chorei de alegria em teus braços
hoje recordo tais abraços,
a ternura, a tua boca,
o sabor dos teus beijos
no pique dos meus desejos
que me deixaram tão louca…

Autor: Fernando Silva

Amar...

Meu sonho… ternura.

Há ternura em meu peito
De um grande amor-perfeito
Pedaços de alma partidos, 
Trago no peito essa dor
Dos teus lábios o sabor
Que sofre os anos perdidos

No desejo, na vontade,
Dos teus afectos saudade
Dos teus lábios o sabor,
Nos braços da madrugada
Por vezes não dizes nada
Gritas apenas “amor”

Pelo calor da paixão
Faz gritar meu coração
Há gemidos à distância,
Trazidos pelo vento norte
De tantos dias em sorte
Que me trazem a inocência

No crepúsculo desse dia
Nem uma agulha bulia
No silêncio dos meus passos,
 Sonho, elevado acreditar
O melhor da vida é amar
De afectos nesses abraços

Ex-que o milagre acontece
Deus ouviu a nossa prece
Pedido numa só voz,
De honrados corações
Que vivem destas paixões
Para enfim… ficarmos sós.

Autor: Fernando Silva

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Dia do Corpo de Deus.

Tradições... 

Pelas ruas de Vila Flor
As passadeiras davam cor
De aroma natural
Flores ornamentadas
Por flores requintadas
De valor sentimental

Orgulhosos dos seus feitos
Ficam de corações desfeitos
Já não há essa alegria
As passadeiras eram cor
Nas ruas de Vila Flor
Transmitiam paz e harmonia

O tempo passa a correr
Não é possível voltar a ter
Imagens dessas rotinas
Lembram flores ditosas
Regadas com águas briosas
Um encanto de meninas

Na Rapadoura eram brio
Até o próprio Rossio
Davam muito que falar
Não me saem da memória
Fazem parte da história
Desta terra de toucar

Eram maias outras flores
Colhidas pelos amores
À cultura desta terra,
Cedro, caruma de pinheiro,
Faziam seu galanteio
O tempo não encerra


Culturas destas civilizações
Que nos trazem recordações
Uniam todas as ruas
Tradições na minha idealidade
Que me trazem a saudade
Só vejo avenidas nuas

Eram ruas de toga a gente
Num gostar tão diferente
Onde havia cooperação
Que o passado uniu
E no presente não se viu
Passadeiras de coração

Desconheço porque razão
As ruas da minha afeição
Não possuem tais passeios
Convites para quem passa
Pelas ruas ou na Praça
Emergiam galanteios

São tradições perdidas
Que não saram tais feridas
E essa “rua” cintila
Promovam a minha amada
Porque essas ruas sem nada
Não erguem a nossa Vila

Autor: Fernando Silva


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Acreditar


Acarreto no meu olhar
da sede do teu beijar
sorrisos da tua boca
que confessam esse encanto
representam o meu pranto
nesta loucura tão louca

Subo degraus desta vida
nessa terra prometida
nas escadarias sem norte,
no corrimão da singeleza
ponho a mão na riqueza
onde caminho sem sorte

Procuro nessas vielas
debruçada na janela
a Flor que tanto admiro
que dá luz à noite escura
e me traga a ternura
num enorme suspiro

Na esquina do teu olhar
alcanço o mais puro amar
no doce mel da paixão
acreditar no destino
porque namoro desde menino
esse sublime coração


Autor: Fernando Silva