sábado, 24 de novembro de 2012

Lisboa

Varandas desta cidade


Nas varandas da cidade
Observo a liberdade
E os bairros de tradição
Do cimo destas colinas
Ouço vozes de varinas
Que tocam meu coração

Varandas dos meus olhos
De feixes de luzes aos molhos
Que iluminam esta cidade
Que traz um olhar sentido
Dum grande amor proibido
Nesta rude sociedade

Anda o Fado pelas vielas
Jardineiras nas janelas
Têm cheiro de saudade
Há sorrisos de revolta
Andam palavras à solta
Pelas ruas da cidade

Autor: Fernando Silva




domingo, 18 de novembro de 2012

Reconhecimento…

Na Senhora da Assunção
Em plena oração…
Ouviu-se gemido, sentido!
Era um grito de alguém!
Agradecer à “Nossa Mãe”
A vinda de um filho querido

De lágrimas no olhar,
Em frente daquele Altar!
Esse alguém agradeceu,
À virgem Nossa Senhora,
Apesar de pecadora!
O seu filho apareceu.

Há dias que anda perdido!
Não me sai do sentido…
Quando voltarei a ver?
Um filho a quem tanto dei
E todos os dias amarei
Como foi acontecer?

Prometo a Nossa Senhora
Não ser mais a pecadora
Acredito na fé de Deus
Daqui deste Cabeço
Vejo aquilo que mereço
De mãos voltadas aos céus.

Autor: FernandoSilva

sábado, 10 de novembro de 2012

Imagens…tua.
Fecho os olhos…vejo a luz!
E uma alma tão carente,
Na Lua que me conduz…
Nesse luar que produz,
Mostra o caminho da gente

Imagens… sinais de vida,
Trazidos num grande amor
Trago a alma tão sentida…
Que a Lua por mais contida,
Produz enorme calor!

Os encantos deste quadro
Mostram a beleza da vida
Que desde menino guardo
E todos os dias trago
De uma forma tão vivida

Autor: FernandoSilva

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Outuno

Caducidade…

Caem folhas no caminho,
Neste silêncio… sozinho!
Nesta queda… tão sentida,
Prá folha que sai assim
O tempo chegou ao fim,
São sinais da própria vida…

É o Outono a passar…
Tanta vida a terminar
Nos caminhos da adversidade!
Nesta vida… de sofrimento,
As folhas caem com o “vento”
É esta a débil realidade

Agora, no chão, caídas!
Dão lugar a outras vidas
Ao chegar a Primavera,
Profícua caducidade…
Chega a hora da saudade!
Para a folha caída é quimera

Dá tristeza para quem passa
Nesta vida pouco laça!
De sofrimento… de azedume,
As folhas caídas no chão
Partem-nos o coração,
Nesta vida de queixume

Autor: FernandoSilva