terça-feira, 23 de abril de 2013

Livro...

O coração é um livro!

Há um livro desenhado
Com letras das nossas vidas
Esse livro é nosso fado
Quantas vezes declamado
Nessas páginas sentidas

É um filho que ao nascer
Traz a primavera em flor
Para quem o quiser ler
Tem muito que aprender
Neste romance de amor

Acontecimentos diversos
Segredos por revelar?
Composto de vários versos!
Onde há casos tão dispersos
E rimas que vão rimar

É o livro mais marcante
Escrito por nossa mão
Não encontra semelhante
Porque esse livro brilhante
É feito de um coração

Fernando Silva

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Terra...

Terra Lavrada…

Torrões de terra mexida,
São tesouros nesta vida…
Grãos de trigo… terra gradam!
Nos lençóis de água tão pura,
Nos chãos da nossa ternura,
Searas que cultivavam…

Oscila… o pão com vento!
Depois de algum sofrimento
É sabor em nossa boca…
É um mar de gratidão,
Transforma espiga em pão
Esta tarefa tão “louca”

Saltam espigas douradas
 E alegrias tão gradas…
De suor tão castigado!
Ouro que a terra oferece,
Num trabalho que enaltece,
Depois do cereal malhado…

Espigas… criadas aos molhos!
São alento em nossos olhos
Que a terra nos presenteia,
Com humilde modificação
Transforma espigas em pão
Na terra que Deus semeia.

Fernando Silva

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Rochedos





Rochedos…Vida.

Rochedo na solidão perdidas
Que no som do silêncio navegam
Degraus polidos de vidas
De tantas lágrimas caídas
Que tantos segredos carregam

Rochedo que de vida… padeces!
Que o sonho traz à lembrança
Pelos montes reconheces
Tanta vida que aqueces
Nos silêncios na abastança

Gritam rochedos de vida
Silêncios na terra…admirados!
Ventos são sinais de partida
Abundam na terra prometida
Encantos símbolos…sagrados

Nascidos em elevado quadro
Recônditos sinais de saudade
São ecos saídos deste brado
Rochedo é poder criado
De inabitável falsidade

Nascidos na terra "inocente"
Motivam orgulho no seu ser
Nesta terra são semente
Vistos daqui tão docemente
São vida, quadros a fortalecer   

Fernando Silva

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Que Tempo...

O tempo não apaga

Caem lágrimas sentidas!
De rostos de ansiedade…
No sofrer de tantas vidas,
Há tantas lágrimas caídas,
No recordar… da saudade!

Que o tempo não apaga
Esse tempo não desfaz
Peço ao tempo que me traga
A saudade que tanto amarga
O tempo… não volta atrás!

Lembranças… recordações!
Júbilo do tempo… fulgente,
Desse tempo de ilusões…
Das mais bonitas paixões
Trazidas em nossa mente

Pela beleza da vida!
Esse tempo… fortalece,
Nesse tempo está contida,
Fica na memória retida,
 O tempo que nunca esquece…

Fernando Silva

terça-feira, 16 de abril de 2013

Voz...

Voz…
Foge-me a voz para a verdade
Quando tenho que dizer bem
Com a voz digo “Liberdade”
Falo azia de tanto filho da mãe…

Fernando Silva


domingo, 14 de abril de 2013

Momentos.

Momentos…
É saudade ou nostalgia?
Mágoa ou melancolia?
Desse destino marcado!
A casa da minha amada,
Tinha a janela fechada
Eu entrei pelo telhado…

Quando a luz… se acendeu1
Uma figura apareceu,
Vinda de tanta candura
Trazia no seu olhar…
Simplicidade de amar
Nessa noite de ternura

Fui pássaro… na madrugada!
Nos braços da minha amada,
Fui feliz de tanto amor…
Se recordar é viver!
Pode o amor acontecer
No mais deleito calor

Foram lágrimas de alegria…
Recordações… desse dia,
Trago-as no peito guardado!
Quando se fecha a janela
Pelo amor dessa donzela
Eu desci pelo telhado…

Fernando Silva

sábado, 13 de abril de 2013

Beijos...

Beijos…

Trago o sabor dos teus lábios
Contido no meu desejo…
E esses momentos tão sóbrios
No sublime… desse beijo!

Que figura em nossa mente
E se alojou em meu peito
Esse beijo foi semente
Esse beijo foi respeito

Pelo amor em nós criado
Os frutos em nossas vidas
Foi o beijo mais desejado
Das nossas filhas tão queridas

Há beijos que nunca se esquecem
Pelo sabor tão ardente…
Em nossos corações permanecem
E conviverão em nós eternamente!

Fernando Silva

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Ribeira da Laça



Ribeira da Laça


Segue leve…de mansinho!
Entre fragas a cantar…
Vai conhecendo o caminho
Na ribeira vai chorar…

Pedras gastas, solidão!
Entre muros, liberdade…
Há água sem escuridão
Na ribeira da bondade…

Os locais… por onde passa,
Deixa saudade sentida…
É a Ribeira da Laça
O pranto de tanta vida!

É retrato de abastança!
Há cascatas em desafio…
São imagens na lembrança,
Desta Ribeira que é rio…

Fernando Silva

terça-feira, 9 de abril de 2013

jardins...

Passear de mão dada
Pega na minha mão, anda comigo!
Ver as flores que há no jardim…
Hoje quero brincar contigo!
Entre as margaridas e o jasmim

Deixei fugir entre os dedos
Pedaços desses segredos
Que só nós entendemos
Hoje deixei a minha chupeta
Um livro e uma caneta
Que só nós dois conhecemos

Trago no bibe uma história
Que vai ficar na memória
Das nossas recordações
Trago a safa para apagar
E um lápis para pintar
Os nossos dois corações

E quando formos crescidos
Seremos comprometidos
Num amor interminável
Temos as flores do mundo
E um jardim tão profundo
Num universo admirável.

Fernando Silva

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Cravos...

Abril…em Flor.
Meu Portugal profundo!
As tuas terras correm mundo
De eloquente beleza…
Onde há tantos sítios recônditos
Que continuam nos infinitos
Numa paixão de riqueza

Pedaços de tanta história…
Que figuram na memória!
Dos livros por Camões escritos,
Das paisagens deslumbrantes
Das pérolas mais brilhantes
De inigualáveis requisitos.

Onde a aurora nasce a preceito
Onde há tanto cravo ao peito
Num Abril que não cessou
De embargados “rios desavindos”
Que seguem perdidamente azedados  
Pelo confluir que assim ficou

Contigo nasceu irremediavelmente a esperança
Depositaram “em ti” a maior confiança,
Foste luz, vida, paz, habitação e saúde,
Bandeira hasteada aos quatros ventos…
Mas negrumes de alguns contratempos!
Degradaram a tua maior virtude…
Fernando Silva

domingo, 7 de abril de 2013

Flores...

Flores do campo

Há aromas vindos das serras
E em pleno a essência coloriu
São campos das nossas terras
Beleza que a natureza floriu

Regados por nossos olhos
Crescem de vida tantas flores
Há aromas aos molhos
Perfumes de várias cores

Vindos das flores da giesta
Entram perfumes apropriados
Trespassam a mais fina fresta
E perduram acomodados

Flores pedaços de pureza
Quadros de vida pintados
Que a cândida natureza
Distribui pelos campos adoçados

Vida, cor, aromas e encantos
Formam o mais belo quadro
Nascidas por esses cantos
Que em minha alma guardo
  
Fernando Silva

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Vida?

Vidas…sem vida!

Há vidas…que não são vidas!
Neste Mundo turbilhão,
Onde há almas tão sofridas
Que não saram suas feridas
Neste pedaço de chão…

Não têm como subir
Os degraus para a riqueza
Porque os degraus vão cair
A escada vai-se partir
No limiar da pobreza

Há cordas que na garganta
Amarram tão duros laços
Mas a miséria não espanta
Com tanto nó na garganta
Os passos ficam mais baços  

Pese embora na escuridão
Assombra quem vive à larga
Porque não há coração
Nem escada com corrimão
A opulência! Um dia acaba…

Fernando Silva

quarta-feira, 3 de abril de 2013

coração

Porque choras coração?

 Porque sofres coração?
Diz-me qual a razão
Do teu bater tão sofrido,
Há gritos… em meu peito!
Não sei se por “desfeito”
Anda um coração perdido

Diz-me coração, amigo!
O que se passa comigo?
Nesta dor...que endoidece,
Se na noite é sofrimento,
De dia é meu tormento
Este amor que enlouquece

Palpita-me que esta dor
Que sinto por teu amor
Prende a minha alma…
Há um rugido! no peito,
Vindo do maior defeito
Que me tira dessa calma

Há gritos vindos do fundo
Do maior amor do mundo
Que alguém já concebeu,
É um amor tão perfeito…
Que nasceu deste meu jeito
Mas ainda… não morreu!

Fernando Silva