quinta-feira, 29 de agosto de 2013


Quando vai parar?

 
Ardem veias do meu corpo

Valados de terra quente

Ardem vidas... Sem conforto!

Nesta sociedade premente

Neste cantinho do Mundo

Tanta maldade encomendada

Há gente que tinha tudo...

E agora ficou sem nada

Rompe quente a madrugada

O dia já foi cinzento

Há tanta chama lavrada

Na dor deste lamento

Corre  soldado da paz

Não há tempo a perder

O fogo de tudo é capaz

Aqui podes... Até morrer!

Só te reconhecem valor

Porque dás tudo que tens

Lágrimas, suor e dor.

“que grandes filhos da mãe”...

 

Fernando Silva

 

Fogos...

 

Arde lá fora,

 Na floresta conseguida

O fogo que tanto devora

O trabalho de uma vida

Abrasador, tormento

Arrasador sofrimento,

Medo, revolta, aflição.

Fogo  sem rosto! Posto?

Tem mão desonesta, fazendo arder a floresta...

Terras sem nada negras incendiadas.

Giestas  demolidas, Oliveiras ardidas,

Pinhais desfraldados soutos arrasados

Corpos desolados e almas despidas

No perder de vidas que o fogo “matou”!

 Em nossas mentes ficou a repugna.

Terra de pão, terra razão,

Terra de vida terra de paixão,

 De lágrimas choradas

Dias, noites e madrugadas.

Que o fogo devora e meu povo chora

Os filhos desaparecidos no combate feroz

De barulho profundo que arrepia o mundo...

Mas não tem voz!

 

 Fernando Silva

segunda-feira, 26 de agosto de 2013


Tu és... a noite.

 
Meu amor... eu vivo a noite!
Na noite que me procura,
Meu amor... tu és a noite!
A noite dessa ternura...

 
É nas ruas dessa noite
Que todo o amor acontece!
Meu amor... tu és a noite
A noite  quando anoitece.

 
Pelas esquinas da noite
Há olhares que nos abraçam
Meu amor... somos a noite
Onde nossas ruas passam

 
Brilham estrelas no céu
A noite é mais brilhante
Meu amor o brilho é teu
A noite mais deslumbrante


 
No luar da tua noite
Há brilhos de sedução
Meu amor tu és a noite
A noite desta paixão

Fernando Silva 

 

 

domingo, 25 de agosto de 2013


Há um coração no céu

 

É noite e a madrugada

Passa por mim tão calada

Ficou nesta solidão...

O vento passa mim,

Não posso sofrer assim,

Quebro o meu coração.

 

A noite é tudo que tenho

Estrelas fazem desenho

Há um coração no céu!

Não quero ficar sozinho...

Fica no meu caminho

Meu coração é só teu

 

Estradas da madrugada

Levai-me à minha amada

Ando perdido na vida,

Nesta inóspita escuridão

Vivo de enorme paixão

Ando de alma partida

 
Fernando Silva

 

 

 

 

sábado, 24 de agosto de 2013

Um sonho do Sol.


O Sol aqueceu-se na areia!
em noite de Lua cheia?
na simplicidade do olhar...
A Lua piscou o olho ao mar
e num sonho a sonhar,
foi a mais linda sereia.

As ondas vindas de tantas marés
tendo o mar a seus pés
a areia foram beijar!
Enquanto o Sol respirava
no brilho que em si brilhava
também quis beijar o mar.

São sonhos, recordações de quem ama
e se o mar a Lua chama!
no mais bonito sonhar...
ilusões, perdidas em alto mar
porque o Sol no seu brilhar
a Lua quer namorar.

À noite, depois do Sol se deitar
a Lua no seu brilhar,
brindou o Sol tão risonho,
no mais bonito encanto
que a Lua beijou tanto
o sol acordou do sonho.


Fernando Silva











 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Não, não respondas...eu ouço a tua voz! 

Ondes estás?
Não, não respondas eu sei...
A olhar para mim, a olhar por nós.
Não respondas eu ouço a tua voz...
Sinto o teu cheiro, sinto o teu palpitar,
o teu corpo lindo que eu quis abraçar...
sinto o perfume do teu respirar.
Como és belo! de corpo doce, fruto querido,
o amor mais apetecido, aquecido no ventre
que te gerou e te acarinhou enquanto respiraste.
Foste desejo de uma grande paixão,
por ti, bate forte... o meu coração.
Sabes, ontem olhei o céu, e, um anjinho apareceu!
Eras tu? Não, não respondas eu sei que sim,
e ao ver-te assim derramei duas lágrimas, outras se seguiram...
Enquanto tu olhavas para mim e apontavas o horizonte.
Entendi todos os gestos, gravei na memória as tuas feições,
havia tantas semelhanças em nossos corações,
ao tocar teus pés...
quis segurar-te mas...tu partiste.
Não, não partiste tu resides nos nossos corações, e, por aqui vais permanecer até  eu partir...
Sim, partir! Ir ao teu encontro, porque enquanto eu respirar serás eterno, neste amor profundo...
o maior amor do Mundo.

Fernando Silva

 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013


Abro meu coração.

 

Não deixei de te amar!

 a distância não importa...

se bates à minha porta

eu abro...podes entrar.

 

O frio fica lá fora!

Aqui o sonho é mais quente

Onde teu coração mora

o amor será para sempre

 

A porta do coração

Abre-se às vezes sem querer

Meu amor és a razão

A razão do meu viver

 

A chave do meu segredo

Também abre o coração

Por vezes fecha-se ao medo

Que um dia digas que não...

 

Podes passar não importa!

Nas ruas desta paixão...

Bate sempre à minha porta

Eu abro meu coração...

 FernandoSilva


Terra

 

Há um lugar que me abraça

e a saudade que não passa!

a caminho da alegria...

O vento traz-me o teu nome

a saudade me consome,

Acompanha o meu dia...

 

Pedaços de longas heras

nas mais lindas primaveras

trepam flores acutilantes,

beijam-se cravos e rosas

nos poemas e nas prosas

como se fossem amantes

 

Há uma "pedra brilhante"

a quem chamam diamante

que reluz nesta agonia.

"terra" de maior valor

onde passa a minha dor

existe tanta harmonia

 

O mundo pula e avança

neste tempo de esperança

há uma terra a sorrir...

ver as flores a crescer

quero a terra enaltecer

neste seu existir...

 

Fernando Silva

 

 

 












 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013


Esquinas da cidade

 

É noite na cidade, em cada esquina...

Há segredos escondidos ao luar!

Há gente que sofre... desde menina,

Sem ter um teto para morar.

 

Na noite há mais luz e a claridade,

Destapa sofrimentos ali passados!

É em cada esquina da cidade

Que moram esses corpos desnudados?

 

Nas ruas da cidade já sem luz,

É noite e as esquinas são passado

Há sinal de vida que nos seduz

Nas esquinas deste fado

 

Nasce o sol em cada esquina...

As ruelas são vida desenhada,

A vida é a mais pura heroína?

E a luz continua apagada!

 

Fernando Silva

segunda-feira, 12 de agosto de 2013


Lembro de ti...

 

Tenho saudade da serra...

Da minha terra,

da minha gente.

Tive saudades do tempo

e... num lamento!

 fico diferente.

 

O vento sopra no rosto

E o Agosto!

traz-me lembranças.

Há casais pela a Avenida

Vivendo a vida

como crianças...

 

Ruas estreitinhas, saudades minhas...

Minha alvorada!

Meu lugar de eleição

Meu coração...

E minha amada.

 

Corre meu sangue nas veias

E tu semeias,

O meu fervor...

As saudades que penteias

E galanteias

Com tanto amor.

 

Fernando Silva