sexta-feira, 28 de março de 2014
Vozes… no vento!
Escuto a voz do vento… que me chama!
Lá longe onde frio é mais intenso
Não passa por mim a tua chama
Inóspita solidão, frio imenso!
É noite e a madrugada é tão fria
Gela meu corpo inerte neste espaço
O vento entoa o frio da agonia
Ouço ao longe o meu “cansaço”
Rasgo a solidão que há no meu peito
Devasto as sombras do teu corpo
É noite e os fantasmas a teu respeito
Deambulam pelas estradas meu conforto
Há sinais que me levam à loucura
Gemidos aflitos de quem me ama
Nas ruas do amor quem me procura?
Eu sinto ao longe a tua chama…
Ouço ao longe a tua voz que me acende
A noite das sombras mais sombrias
Nas trevas do teu corpo que se prende
Assiduamente nas minhas fantasias!
Fernando Silva
quinta-feira, 27 de março de 2014
Tu" és Meu Rio.
"Meu rio" por onde vais?
Estou junto do caís
esperando por ti,
"meu rio" tu és a dor,
a imensidão do amor
onde me perdi...
"Meu rio", tu és a fonte
no meu horizonte
a minha saudade...
meu rio, tu és meu leito,
e no bater do meu peito
bate amor de verdade...
Meu rio, regressa à foz!
porque entre nós
não há lonjura...
segura minhas amarras
com tuas garras
e me procura...
"Meu rio" tu és minha vida
a chegada e a partida
num abraço apertado
navego de olhos tristes!
tu em mim existes
quero-te a meu lado...
Fernando Silva
Gota de Vida
Uma gota de amor
Termina o sofrimento
Dessa tão enorme dor
Finaliza o lamento
Um coração a bater
Por outro que sabe gostar
Bate mais se reconhecer
Aquele que o sabe amar
Amar é vida por vida
A vida gosta de amar
E sem contrapartida
Uma gota te vou dar
O maior gesto da vida
Dar vida a quem necessitar
Numa gota tão sentida
Sinto o peito… amar
Fernando Silva
terça-feira, 25 de março de 2014
Rasgo o meu olhar pela distância... e, nesse sonho de criança, agarro a virtude de te ter...talvez a lonjura do meu pranto falem mais alto! Talvez a Rainha do meu encanto se faça ouvir desse planalto! Onde há vida, nobre, talvez rude? talvez pobre? mas, saudável, onde a inquietude da vida nos devolve de seguida a razão de amar...sim amar, amar esse lugar, onde o sol rebrilha nos penhascos luzidios, das flores dos regadios, onde me cheira à humidade da terra orvalhada por teus olhos, sigo no trilho dos caminhos sugeridos por teus escolhos! Acompanho o declive da água que visita os campos bucólicos onde sereno o meu olhar te felicita e te jubila...
Fernando Silva
sexta-feira, 21 de março de 2014
Feito…mar!
Deixei meu poema… te amar!
Como se juntos amassemos tantas vidas…Esse meu poema feito mar!
Da força e da paixão tão concebidas!
Meu poema laço de ternura…vindo de teus braços que são mar,
Apaixonado pela vida que procura, neste meu poema feito de amar,
Escrito por entre a moldura primaveril que o tempo jamais apagará!
Palavras de um amor tão febril…sentidas neste quadro que vencerá…
Na vida de quem ama a Liberdade, de ser livre e amar eternamente
Neste meu poema feito mar, onde por ti navego suavemente.
Fernando Silva
domingo, 16 de março de 2014
Não sei!
Se é chão onde me deito; se será obscuridade que trago dentro do meu peito,
Talvez seja água-pura que me leva à procura da cristalina ternura onde desejo estar.,
São ondas de prazer que me levam à brancura da tua alma. Quiçá sejam nuvens de sonho ou talvez a melancolia que se apoderou do meu ser!
Talvez, talvez possamos viver nos campos verdejantes como verdadeiros amantes que a natureza criou. Se assim não for! onde tu estiveres... eu estou!
Fernando Silva
terça-feira, 11 de março de 2014
Se acontecesse...
Lá longe...onde o sorriso acontece,
já nem a noite adormece
no colo da solidão!
Há passos que vão na rua
Acompanhados pela lua
onde a noite é escuridão...
Escuto... ao longe o gemido!
e de coração partido!
vou em busca do desejo...
o vento traz teu encanto
na alma deste meu canto
leva o som de mais um beijo
Se a noite... fosse Luar!
rendida no teu brilhar,
cobria os campos floridos
mesmo que vento passasse
e minha alma encontrasse
teus lábios apetecidos
Ouço o som... dos pensamentos!
Ecoa aos quatro ventos
porque na noite acontece
nas ruas por onde passas
és a luz que me abraças
e o amor nunca arrefece...
Fernando Silva
Nos teus lábios…
Quatro pétalas de sabor
Unidas num grande amor
Em adocicado beijo
Quando as bocas se apegam
É amor, o que segregam!
Em profícuo desejo…
Nesse beijo em que a vontade
Passa pela necessidade
Num campo de verde florido
Eu pássaro livre voando
E nossas bocas beijando
Neste anseio assumido
Na noite o beijo é luz
E os passos que nos conduz
Aos braços da sedução
São lábios…botões de rosa
Uma paixão desejosa
Nesta sede tentação
Nos teus lábios há sabor
São pétalas desse amor
Uma sede desejada
Se os lábios são sedução
Sinto no meu coração
A tua boca beijada.
Fernando Silva
Desta Janela…
Desta janela…observo a vida!
Lisboa nesta Avenida
Contemplo no meu olhar
A paixão que o Tejo abraça
É sedução que se enlaça
Numa chama à beira-mar
Há num banco de jardim
Uma miséria sem fim
A quem a vida atraiçoou
Nas ruas desta amargura
Também existe ternura
Neste amor que tanto amou
Há sinais na madrugada
Nestas ruas sem nada
Cheias de coisa nenhuma
Pintadas nesta aguarela
Observo desta janela
O Tejo a sua espuma
Agita-se em mais um beijo
E o seu maior desejo
É namorar eternamente
Esta cidade encantada
Tem tudo não tendo nada
E entoa alegremente
Pelas ruas mais escurecidas
Onde mexem outras vidas
Lisboa toda se agita
E o Tejo seu namorado
Caminha de braço dado
Neste amor que tanto grita
Fernando Silva
segunda-feira, 10 de março de 2014
É DIA DA MULHER
É dia,
E uma lágrima cai,
Do rosto mais lindo
Que a vida nos deu,
É a alegria que ali mora
De felicidade chora
Por outro amor que nasceu…
E a mulher que a nós se apega,
Durante nove meses carrega
A semente que é vida,
Neste jardim em flor
Mulher flor concebida
No canteiro desse amor…
Um beijo,
Seu rosto afaga
A alegria propaga
Pelas ruas da vida…
É a mulher minha mãe
Que chora como ninguém
Pela vida de si nascida…
Mãe,
A ti eu agradeço
E ao meu Pai reconheço
Todo o amor dedicado…
Sou filho desse amor tão verdadeiro
Onde nasceram desse canteiro
Filhos no amor fortificado…
Depois,
A vida deu-me a conhecer
Essa linda mulher
Que quero para vida inteira
Uma flor de tanto amor
Mulher, mãe, companheira.
As flores
De ti nascidas
São as filhas mais queridas
São tudo para nós dois
Neste amor que vai crescendo
E ficará para depois…
Depois,
Porque a vida acontece
E nosso amor merece
Continuar a sorrir
Seremos a paixão, a felicidade
por ver outra flor florir..
Fernando Silva
quarta-feira, 5 de março de 2014
Empecilho…
Num olhar chamas a vida…
A vida que mais desejas!
E duma forma contida
Dás luz à própria vida,
Neste mundo de invejas!
Corre a mágoa no teu corpo...
Na luz da tua cama!
Neste banco teu conforto,
Ninguém afaga teu rosto,
No rosto da tua chama.
Há dias…que nem conheces!
Um sorriso ternurento
Fazes ao céu tantas preces…
No banco que tanto aqueces
A chama do sofrimento.
Olham com enorme… desdém!
Na vida és empecilho…
Porque a própria vida tem
Tantos filhos da mãe,
A quem a mãe chama filho…
Fernando Silva
terça-feira, 4 de março de 2014
Sigo na noite…
Detenho-me por uns instantes, algo me faz recuar no tempo!
A água da fonte ecoa em tom sereno…ping… ping… ping, uma e mais uma, mais outra gota de água se junta.
Lembro-me de mim! Da minha meninice, do jogo da bola no terreiro, da cabra-cega, do peão e das conversas ao serão! A lua que me enlaça num abraço apertado, segue-me por tudo quanto é lado. Não se afasta, embora longe, está tão perto de mim. A água desliza silenciosamente por entre os canaviais do tempo, o vento sopra-me ao ouvido e traz recados teus…Fecho os olhos e rejuvenesço, deitado nos valados da vida onde te encontras! Bela, doce, luzidia…vai a noite chega o dia e tu ali risonha…como quem sonha o sonho mais apetecido. Na minha chegada fecha-se a porta, talvez o vento? Enquanto do outro lado da vida a fonte escuta os meus rumores, e tu, que vives de amores, abres a tua janela e eu subo a escadaria de pedra e encontro essa janela! Enquanto a água ecoa! Ping…ping…ping. O amor acontece…
Fernando Silva
segunda-feira, 3 de março de 2014
Belos tempos...
Contigo!
No horizonte...percorro os caminhos da fonte, onde a água é cristalina! Vou dar de beber à minha dor! Nos lábios fica o sabor daquela água da mina. Sigo os caminhos da eira em amena cavaqueira... saboreio daquelas cerejas?, vou pela volta dos tristes, como tu me pediste, amar é quanto desejas.
FernandoSilva
sábado, 1 de março de 2014
Pedaços de mim.
Há um grito de revolta no meu peito, que se agita e provoca raiva de mim, pelo tempo em que afastados ficamos sem nos falarmos. Senti ali que não tinha desculpa para o teu sofrimento, sentia-me responsável pela deterioração deste espaço... que ambos criamos, com lavor, no amor e na paixão.
“No fado das nossas vidas”
Fizeram de mim... Poeta louco!
Confidenciaram-me há pouco
Fiz um poema bonito...
Rimei grades com Liberdade
Capital com Igualdade
Da tristeza fiz um grito
Andei na noite mais fria
Enquanto eu escrevia
A lua murmurava baixinho
“No fado das nossas vidas”
As pessoas mais queridas
Ficam no nosso caminho
A vida só tem valor...
Ao conceber-se esse amor!
Seja de forma abrangente
A vida seja a melodia
E que não passe um só dia
Que nos torne deprimente
Pergunto por mim agora!
Na saudade onde mora...
Esse poeta tão louco
Percorre as veias da vida
Anda na rua mais querida
Disseram-me ainda há pouco
Fernando Silva
Percorro os sonhos...dos teus sentidos, encontro o encanto do teu corpo...
faz dias quando a tristeza se sentou comigo à mesa...fiquei nesse desconforto!
Vi teu rosto sereno e puro, tateei-o com a leveza dos meus dedos e ao de leve entrei
no paraíso...carregado de afeto, depositei confiança.
Na imensidão da paz, chamei a vida e tu apareceste, vinda dos caminhos iluminados pela Lua que nos enamora vida fora...No mar azul dos teus olhos vi a felicidade dos meus. E ali ficamos lado a lado a contemplar esse amor que nos corre nas veias. Depois, sim depois, de mim nasceu a semente que carregaste nesse teu canteiro que trouxe o nosso cheiro...
F. Silva
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