quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Chamo-te… Noite!

Na noite é que eu grito… o teu nome!
Como se fosse a eterna nostalgia!
De dia a tua falta me consome
E tu a saudade… na agonia!

Na noite é teu abraço… que me abraça!
Teu corpo o desejo dos desejos…
Na noite o amor em nós se enlaça,
Na noite… cubro teu corpo de beijos!

Procuro nas esquinas desta vida
Pedaços de memória tão sentidos
Agarro teu nome na despedida
Sacio nossos lábios tão unidos

Na noite o amor tem seus segredos
Razões que a razão não conhece
Na noite derrubados nossos medos
Na noite é de dia que amanhece

Contigo é que a noite… anoitece!
Nas veias do carinho de nós dois
Contigo é que o amor acontece
E unimos perpétuos corações

 Fernando Silva



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Canteiros de esperança Um canteiro à janela Lembra-me uma aguarela Pintada pelos teus dedos Aquecidos neste amor São pedaços de dor Recônditos segredos Sigo a luz que ilumina Determina minha sina Ali apeio o olhar… Sentado olho as estrelas E essas janelas tão belas São grito no teu amar Janelas pintadas Pedaços de esperança Nas ruas… olhadas Tão apaixonadas Saudosas lembranças Canteiros de outrora Nascem nas vielas Florescem na aurora Pela Vila fora Vivem às janelas Assim passa o dia A noite com estrelas E vive a “Maria” Em paz e harmonia Nas ruas tão belas Fernando Silva

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Há um doce observar que te contempla… pelas encostas da vida que tu mesma concebeste e te enobrece, como “mãe” de tantos de nós… espalhados pelo mundo, do qual és Capital… é radioso o sol que te complementa… pela virtuosidade com que nasceste. Em cada pormenor dessa existência há “farrapos de memória” em ti contidos…pela grandiosidade da tua história, que opulenta os corações em ti nascidos. Ávidos são os olhos que ao longe te desejam, tristes pela distância que nos separa. Sabor amargo das lágrimas na despedida! Contrariam as lágrimas de alegria no meu regresso. Hoje vejo-te majestosa como nunca deixaste de ser, em cada pedaço de calçada que compõe as tuas ruas, vejo espelho de saudade. No teu passado-presente és mão aberta de sabedoria… Fernando Silva

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Minha dor... De amor! O meu poema é um brado, Um fado inacabado... A minha vida em pedaços! São palavras tão sentidas Falam de nossas vidas Seguras por nossos braços São momentos de ternura Vividos nesta aventura Unem nossos corações Quem ama sofre na dor Na fogueira deste amor Ardente nestas paixões Tu és meu rio, meu caís! Quem ama não sofre mais? Como dói um coração! A dor por nós tão sentida É amor em nossa vida Consenso e sedução... Transporto na poesia Mesmo que parta um dia... Tu vais comigo na dor! Ergo minhas mãos aos céus Em agradecimento a Deus Por seres parte deste amor. Fernando Silva
"Magustos"… Uma castanha asada… a rigor! Trazida na paixão das tradições “Quente” no seu melhor sabor É alimento destas paixões Alimento predilecto nestes dias O homem das castanhas sobe a serra Enquanto outros vivem nostalgias Unidos na alegria… que os encerra! "Magustos" que nos prendem à saudade Tempos vividos “nas Capelinhas” Hoje recordo essa verdade “Faz tempo que tenho saudades minhas” Uma giesta trazida… desse monte! Criada a meias nesses outeiros A água passa para lá fonte Alimenta gigantescos castanheiros Um jogo da bola ou o pião As cartas, um brinquedo a condizer Faziam parte da imaginação Para essas crianças… conviver! Tradições vividas “dessa outrora” Lembradas nas paixões e amizades, Onde estão os "magustos" de agora? Porque é que se vive de saudades? Já sinto o cheiro da castanha assada É o outono no seu melhor Há tanta brasa apanhada Que acende paixões em seu redor Fernando Silva

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Luz na minha vida… Uma luz na noite que me aponta A cinza dum braseiro apagado Na claridade tudo se apronta Momentos de ternura… meu passado! Bendito retiro que me acolhe De puros sentimentos mais ousados É o teu querer que me escolhe Juntos na vida enamorados Trago essa luz que me alumia Mesmo na noite mais apagada Reflecte sinais de harmonia Na rua… na noite desejada Contemplo o luar que nos abraça Um grito para a nossa felicidade Neste grande amor que nos enlaça És vida, meu momento de saudade A luz duma candeia apagada Espelha silêncios mais ouvidos Tacteio teu corpo… minha estrada! Somos almas gémeas… nos sentidos Fernando Silva

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Que dor…tu sentes na dor? É calor-frio? Enorme vazio? Uma "meia-culpa", nesta solidão! Quem te segura agora? E pelo tempo fora nesta desolação… A dor é teu medo, vivida em segredo. Desilusão viveu… Não tenhas medo da espera, dessa primavera, que nunca morreu. O que fazes agora no tempo que chora! Palavras soltas ao vento… Se tudo é horror, e neste espaço onde o amor passou a ser sofrimento. Mas quem é que não sofre pelo amor perdido? Vais ama-lo eternamente sem o teres contigo. Porém, na amargura, alguém te segura Um “amigo” a teu lado… esse companheiro a tempo inteiro. tão desejado. Não percais a esperança que um dia a bonança Será claridade… Passe o tempo que passar, para sempre ireis amar, a eterna saudade. Fernando Silva

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Quem me dera... Brilha em teus olhos o mar... quem me dera namorar, nas ondas do teu sorriso! Quem me dera navegar nas ondas desse teu mar, meu eterno paraíso... A noite é lençol de neve que me persegue, um fogo ardente, na fogueira da paixão, na sedução, no meu mais ente. Os teus lábios são doçura, tu a ternura o meu encanto, na boca da minha amada bebo da água salgada e termino o meu pranto. Fernando Silva
Diz-me…porquê? Saudade . Diz-me saudade...a onde moras? Porque é que choras’ na minha ausência! Se o tempo passa a correr no teu viver, na minha essência. Vagueio na noite mais fria… sem companhia sou solidão! Tudo se agita, o vento grita… nesta paixão. Traz-me o teu nome que me consome o coração! Vivo de noite e de dia, nesta agonia, nesta aflição! Coloca em mim as amarras com que me agarras? e não me prende! Grito teu nome ao vento e o meu tormento não te surpreende… Este amor assim não passa e não deslaça… do sofrimento, Trago teu nome esquecido! sempre comigo… no pensamento! Fernando Silva

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Sinais… de nobreza! Fui no domingo passado A uma espera de gado No mais puro Ribatejo Entre gente aficionada E outra mais reservada Lá fomos ver o cortejo Um novilho mais audaz Pensou poder ser capaz De entrar na brincadeira Correu para a multidão E a nossa salvação Foi correr para a tronqueira Depois do susto passado Um campino bem falado Abeirou-se e a preceito Isto das esperas de gado É preciso ter cuidado Qualquer novilho tem jeito É assim no Ribatejo Pela lezíria do Tejo Sobe um sol abraçador O campino leva o gado Da charneca a todo o lado Agradecendo ao Senhor Fernando Silva

domingo, 12 de outubro de 2014

Folha... Caída. Uma folha caída... Quase morta! Curvada pelo tempo que passou Hoje... Bateu! À minha porta, Trazida pelo vento que a levou! Foi sombra do cansaço... Dos meus passos! Do sol protegeu o meu olhar, Hoje despregada dos seus braços É uma folha solta a caducar... Não julgues que esta cor... é da saudade! Dos martírios pelo tempo que passei Eis-me chagada a esta idade!... Fui verde ou outra cor? Eu já não sei! Verás outras folhas com certeza... Duvido que elas sejam como eu! O homem destrói a natureza Se precisares de mim... Estou no céu! Fernando Silva

domingo, 5 de outubro de 2014


Quem ama tudo perdoa... Não me perguntes porquê? Gosto de ti... não se vê? O amor não escolhe idade. Amei-te no luar mais frio, hoje teu corpo vazio...no meu mora a saudade! Na sombra dos teus segredos! Ocultaste-me os teus medos...mesmo assim ainda te espero, as cartas que recebi, já não sei se são de ti ou fruto do desespero! O passado não importa! Se bateres à minha porta, vou abri-la podes querer...quem ama tudo perdoa, a solidão me magoa, quero contigo viver. Fernando Silva
Deixei cair essa lágrima,que meu coração apaga... serena no despenhar...foi sentida à partida, confesso, são sinais de vida no meu sofrido penar! Quantas vezes choro e canto...as razões deste meu pranto são sentimentos sentidos! São passagens do passado hoje no futuro chorado, por tantos momentos perdidos. Tua voz me desperta...fazendo a coisa mais certa...pelo longo sofrimento, "deixa lá" meu coração, possuis sempre razão, quando a lágrima chega a tempo! Fernando Silva

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Suplica… à madrugada! Nesta noite que nos abraça… nem um murmúrio que passa, o silêncio em nós se agita! No nosso amor a ficar… na noite no nosso amar onde o silêncio só grita! Já não sei onde te espero! Sem teu corpo desespero No lugar do meu desejo Teu calor quero abraçar A madrugada a chegar Finda o silêncio num beijo Vou pedir à madrugada Que me traga a alvorada Em momentos de frescura Tendo tudo… não tenho nada! No alto da madrugada Se ando à tua procura! Olho o mar que nos abraça Em cada onda que passa Na melancolia da noite Mora sempre uma ameaça Desse mar que nos enlaça Na areia fica o açoite Mesmo que a noite não traga Há tanta luz que se apaga No brilho do teu brilhar Se no mar há tanta vaga Eu peço à noite que traga O sorrir do teu amar Fernando Silva