quinta-feira, 28 de abril de 2016



Sorri para mim, sorrir para nós dois.
Esse sorriso é quanto eu preciso para te ver feliz…Ler em teus lábios, momentos sábios entre nós dois! Sorriso aberto em nosso aperto dois corações. No teu sorriso eu valorizo logo depois. Sorria ao dia, sorria à noite e ao luar, tudo que eu queria…amor sorria meu navegar! Lábios risonhos lembram-me os sonhos que sempre sonhei, sorriso sincero com afinco quero e imaginei…Leva sorrisos no teu caminho e se alguém precisar… sorri ao mundo num sorriso profundo, sorrir é amar.
(…)

Fernando Silva


quarta-feira, 27 de abril de 2016




Trago o teu cheiro em mim despido…gemidos de silêncios atrozes que repousam na solidão das montanhas! Adormecem nas vertigens solarengas que o sol aquece e enriquece a vegetação que nasceu de ti. Lá longe, bem longe…perto daqui, há murmúrios que só a famigerada loucura de quem é louco… transpira na inóspita solidão. Há ecos que respiram a doçura dos teus aromas. Célere é a passagem pela represa onde a água se entrega e o sonho em mim navega… capaz de resistir a tentações silenciosas que só o poder da mente carrega. Cheiro-te e desse teu cheiro há vidas que carregam as doces paisagens que nos encantam. Fluem palpitações. No esplendor da montanha há pedaços de vida onde o sorriso se espelha. Catalogam mil maneiras para aqui chegar, porém, o teu cheiro ficou em mim despido e só através de mim poderei visualizar o quão bonita és… Crescem em teus braços flores providas dos aromas mais requintados. Sorrindo no teu sorriso dois corpos se apelam, gritam silenciosamente os ecos vindos da montanha. Num só corpo desnudado, entregam-se ao silêncio e ali permanecem enquanto outros ecos vindos de longe se apeiam nas planícies verdejantes do teu ser.  Desliza suavemente por entre as paredes do silêncio e desagua na sede…  

Fernando Silva






terça-feira, 19 de abril de 2016


“O Amarelo”

Vai da Estrela à Graça
Por onde passa
Vai “cantar”!
Leva consigo a alegria
Em cada dia
Não vai parar…

Desce a Graça num salto
Não tendo asfalto
Vai pela calçada.
Desliza feliz da vida,
Nesta descida,
Não custa nada…

É o eléctrico de Lisboa
Leva na proa
Toda a saudade
Vai de Alfama à Madragoa
O Fado entoa
Em Liberdade!

Ex-libris de Lisboa
Que a história entoa
“O Amarelo”
Passa a baixa num salto
E do Bairro Alto
Avista o Castelo

Num passeio pela cidade
Leva a saudade
Por onde passa.
Dos pregões das varinas
Pelas esquinas
Da Estrela à Graça…



Fernando Silva 


quarta-feira, 13 de abril de 2016

As saudades quando doem…não há sonhos em nossa vida! São murmúrios que nos destroem nesta saudade sentida. O peso que nos liberta numa lágrima perdida…saída da saudade inquieta dos sonhos da nossa vida. Quando essa lágrima caiu…tinha o sabor da saudade, e o tempo…que de mim fugiu, levou-me toda a vontade! Derramada nos meus sonhos deleita-se pelos trigais…nos momentos mais tristonhos as saudades são meus ais! Trago de ti esta dor…dilacera meu coração, neste poema de amor, amar-te é minha razão.
(…)

Fernando Silva






Mergulham num mar despido que teu olhar dissipou, as saudades do cupido que em teu coração tocou. Deixou presente na bruma…o quanto a dor nos aperta… ficou escrito na espuma o sentido dessa seta. A noite tornou-se queixume…o silêncio foi teu brado… encontrei o teu perfume nesse olhar adocicado. Segui teu olhar distante, mergulhei no horizonte e nesse brilho brilhante eu vi-te olhar defronte. Brilha no alto dos céus o teu olhar tão risonho, o teu olhar é só meu…não me acordes deste sonho!


Fernando Silva 



sexta-feira, 8 de abril de 2016



Noites de Prazer…



Deixei o tempo correr
Enquanto a lua dormia
Nos lençóis da tua cama
Foram noites de prazer
Com amor e harmonia
Na paixão de quem se ama.

Nossos corpos se tocaram
No perfume do desejo
Na sedução do amor
Nossas bocas se beijaram
No mais sentido beijo
Envolto neste calor

Quando a lua adormeceu
Estava louca de paixão
Suplicou pelo luar
Quando este apareceu
Foi amor e sedução
No mais sublime brilhar

Eram noites de prazer
Na despedida dum beijo
Teu corpo ficou em chama
No mais nu acontecer
No teu profundo desejo
Na verdade de quem ama

Fernando Silva





sexta-feira, 1 de abril de 2016


Neste lugar…


Neste lugar tão vazio…desde o dia da partida!
Ficou um lugar tão frio…sem ti, já não tem vida!

Até os bancos de pedra, polida nos seus encantos…
A saudade a mim se entrega, humedecida de prantos!

Ó flores porque chorais? Na primavera florida!
No Rossio dos meus ais…ficou sua própria vida!

É de noite e o luar… brilha do alto dos céus!
É minha estrela a brilhar…a pedir por mim a Deus.

Neste pedaço do mundo, onde brilha a mocidade!
Ficou meu ai tão profundo, aqui mora a saudade.

Neste lugar tão sagrado, onde mora a minha dor!
É para ti este fado…de afecto e tanto amor.

 (…)


Fernando Silva