quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Solidão
Lençóis de Vento.
Coberto por lençóis de rude vento
Estava um pobre homem abandonado
Tapava o mais sofrido dos sofrimentos
Num vão-de-escada ali deitado
A noite é cobertor feito de estrelas
A cama feita à pressa de pedras gastas
Pelas saudades... Tenta esquece-las
Nas tristes lembranças tão nefastas
Inóspita solidão... dorme a seu lado,
Degraus são almofada em sua cama
Não conhece outra vida e passa ao lado
Apenas a solidão que por si chama
Dorme debruçado com a vida triste
Adormece na paixão de frio intenso
Não sabe quem é...ou se ainda existe
No mar de solidão enormemente imenso
Acorda de uma noite mal repousada
O vento já levou suas hospitalidades
No sonho da vida já passada
Fixou-se nas lembranças das saudades
Fernando Silva
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