quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Despida pelo vento.
Há uma árvore despida... no meio da rua!
E uma alma perdida vestida... tão nua!
Nos lençóis do passado foi pura magia
Nascida da esperança vive a nostalgia
As folhas desprendem-se do lençol da esperança
caídas no chão vivem de amarguras
Levadas pelo vento terminam a abastança
Deixaram de ter a doce ternura
Pelos montes e vales há sangue derramado
saído das folhas que agora falecem
Há sinais de vida no vermelho dourado
Deixado nos campos, há outras folhas que nascem.
A árvore despida já recebeu a herança
Crescem pelos ramos as folhas de pranto
Nascidas na vida da cor da esperança
É a natureza no mais sublime encanto
As ruas desertas já não têm vida
A nudez da rua é mais cansativa
E alma perdida por quem foi vestida?
Pelas flores do campo ou pelas folhas sem vida?
Há vida lá fora e a alma perdida
Vestida de esperança de esperança despida
Nasce na caruma da raiz do tempo
Vive num pranto, vestida pelo vento...
Fernando Silva
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