Murmuro no silêncio que nos silencia…o dia
acorda e a “noite” chega! Nas palavras que escuto inevitavelmente… o luto,
cala-nos por momentos e a reflexão é atroz. Um silêncio na voz apodera-se de
nós e assim permanece sem motivos aparentes… silencia tanta gente que assola a “sociedade”.
De garganta embargada dizem tudo sem dizer nada. Coragem! Cobardia! Dizem tanto
que arrepia só de ouvir falar…Quantos já se interrogaram para este martírio findar?
Quem consegue calar o silêncio? Quem obtém as razões do desespero? Dores irreparáveis? Impotência de resolução
dos mais variados problemas? Será que só o viver já é um problema? Será que
depois do suicídio todos os problemas se acabam? E os que ficam? Uma doença da sociedade que a própria
sociedade não consegue uma resposta cabal para uma situação que nos toca. “O
dia acorda mas a noite cai”. A escuridão devasta os mais sépticos. Quem ajuda
no silêncio? Dar as mãos nesta dor… evitando outras dores que nos machucam.
Apelar ao companheirismo, à camaradagem e à cidadania, são factores
preponderante, numa sociedade que se quer unida, nos problemas que não são
apenas de quem os pratica mas sim…de todos. Porque quando alguém se vai...é um
pedaço de nós que não fica.
Fernando Silva
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