Livre...espiga.
Há uma espiga que cresce
Nos campos da madrugada
Há dias em que anoitece
E a espiga não cresce nada
Nesta inóspita solidão
Abriu-se no céu uma prece
Num enorme coração
A Primavera acontece
Regada pelos teus olhos
Nos jardins dos teus segredos
Nascem espigas aos molhos
Que deixaram de ter medos
Crescem num campo florido
Onde o teu corpo navega
Esse fruto foi colhido
É a vida que o carrega
Valados de fertilidade
Semeados nos campos da vida
Crescem espigas em liberdade
Na Natureza tão sofrida
Não embarguem meus trigais
Na terra que se cultiva
Como esta espiga há tantas mais
Que procuram nova vida
FernandoSilva
Que grande espiga esta, caro Fernando!
ResponderEliminarEsta espiga tem raiz e tem caule para crescer. Não sei é se tem campo para se espraiar! E é pena.
Gostei da espiga livre, dos campos da madrugada, da inóspita solidão, dos jardins e da rega e das espigas sem medos.
Também gostei do navegar dos corpos, dos valados de fertilidade e do não embarguem meus trigais.
Quando se gosta, gosta-se e pronto.
Não preciso dizer que fico a aguardar novos textos, porque o Fernando produz em série. E quase sempre com o mesmo nível.
Aceite outro abraço.
José Carlos
Bom dia meu amigo. Agradeço as suas palavras, vão ao encontro do teor deste e de outros poemas. É de fato uma grande espiga que floriu e se espante na liberdade tão necessária. É uma espiga sem medos que todos quantos amam a Natureza/Liberdade gostaríamos de ver engrandecer.
ResponderEliminarUm abraço.
Fernando Silva