Observo
deste penhasco de musgo vestido, as cores garridas… característica destes
montes, cujo espelho de água em ti se reflecte!
Baluarte
de outrora que a história nos deixou, pintado de vida em seu redor e esse
pinheiro manso que já não vejo faz tempo…
Lembro…
o caminho sinuoso que percorre a distância, entre o viver da montanha, de
liberdade tamanha, onde os “Gaios” resistiam às adversidades do tempo. Das
giestas em flor, num quadro pintado pela natureza, num amanhecer bucólico onde
o sol não se olvida de aparecer.
Tempos
de criança que me levam ao balouço da vida, auxiliado pelos braços de quem me
ama.
Recordo-me…
tanto momento vivido na doce paixão de vos amar! Que a nostalgia me traz de
forma carinhosa e o cheiro dessa rosa que despontava para a realidade…com os
espinhos da vida. As pétalas foram caindo e fertilizando a terra.
Subo
à Lapa, daqui, vejo-te imponente, vestida de luz, transparência e
progressividade. Tornaste-te outra… e de cara lavada mostras ao mundo as
diversidades de escolhas. Daqui, contemplo-te e no meu horizonte retenho a
vontade de em ti permanecer! O meu olhar segue pelos caminhos feitos em prole
das acessibilidades… é o progresso de uma zona tantas vezes esquecida, por quem
tem a responsabilidade de te proteger. No lazer do meu olhar detenho os cursos
hídricos que me levam ao nascente, onde mergulho de paixão e orgulho, enquanto
as braçadas se dilaceram deliciosamente no meu mais ente, e, nesta corrente,
deslumbro-me na afectividade com que recebes quem te visita. Os teus braços abertos
para quem chega são o postal ilustrado, complementado com a estátua imponente
de D. Dinis, Rei, Poeta e Lavrador, que te deu o nome de Flor, enquanto, no
jardim onde as flores são mais viçosas, a Rainha Santa, esmera a paixão e se
entrega de coração a esse amor.
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