Tomás e os amiguinhos
Tomás é um menino muito
pequenino, mas com um coração enorme. E no seu coração existia uma amiga
especial: Sophia, uma linda girafa de borracha!
De noite e de dia ela
era a sua companhia para todos os momentos. Nunca comia sem que tivesse a sua
amiguinha por perto. E antes de adormecer, segurava-a com muita força, pois
sabia que ela iria tomar conta dos seus sonhos e torná-los ainda mais doces...
Adormeciam abraçados e abraçados acordavam para um novo dia.
Um dia os seus pais
foram passear até ao parque do lago. Tomás pegou a sua amiguinha e caminhou
pelo parque durante vários minutos.
Um chuto numa bola que
foi pontapeada por outra criança despertou a curiosidade do pequenote que ali
ficou por alguns minutos a deliciar-se com a brincadeira de outros meninos.
Depois, segurou a
mão do seu pai e seguiu quase correndo em direcção aos baloiços, mas antes
pediu à mãe que tomasse conta da sua amiguinha Sophia, pois precisava das duas
mãos livres para se proteger e brincar em segurança.
Enquanto os seus pais o
observavam, Tomás brincava radiante da vida. Sim, já era tarde, mas mesmo assim
pediu para ficar mais um pouco, tudo isto sem nunca perder de vista a sua
amiguinha. Experimentou o escorrega e foram vários os momentos de pura magia
que aconteceram naquele parque. Um palhaço apareceu e fez as delícias das crianças que
entusiasmadas riam e conviveram, brincando com balões e muitas bolas de
sabão.
Já anoitecia, quando ao
passar junto ao lago, Tomás cansado de tanto brincar, deixou cair a sua
amiguinha Sophia à água. Triste, o Tomás chorou, chorou porque não tinha
conseguido proteger a sua amiguinha e agora não a conseguia encontrar no meio
de tanta água. A escuridão da noite tornou mais difícil a sua procura. Seus
pais ainda tentaram encontra-la mas todas as tentativas foram em vão. De
regresso a casa, Tomás foi todo o caminho a chorar pois sabia que a sua
amiguinha Sophia, a girafa de que tanto gostava, tinha ficado sozinha nas águas
frias do lago. Os dias foram passando e a tristeza da criança era partilhada
por todos os que dele gostavam. Um dia, os pais do Tomás prometeram-lhe que
tudo iriam fazer para trazer para casa a sua amiguinha. E assim foi.
Um domingo muito cedo,
saíram para passear no parque. Tomás queria tanto encontrar a sua Sophia e
quando chegou ao lago olhou e disse a seus pais:
- Num tá! Num tá!
- Pois não, meu amor! –
Disse a sua mãe – A tua amiguinha girafa não está.
Enquanto o Tomás e sua
mãe conversavam, seu pai ausentou-se daquele lugar e percorreu todo o lago com
o seu fiel quatro patas, Max. Já cansados e desanimados por não encontrarem a
Sophia, os pais quiseram vir embora mais cedo do parque. Max, ainda não tinha
desistido de procurar e ao ver a criança tão triste, ganhou forças, entrou no
lago e percorreu junto das margens como se de uma última tentativa se tratasse.
Enquanto os pais tentavam animar a criança, e sem que ninguém estivesse à espera, Max, o cão
protector, apareceu com a girafa na boca. Tomás, ao ver tamanho quadro, sorriu
e correu em direcção ao seu amigo Max. Feliz, beijou o boneco de borracha e
abraçou demoradamente o seu cão. Agradecido pelos carinhos, Max encostou a
cabeça à criança e sem retirar os olhos da girafa, ali ficaram durante largos
momentos.
De regresso a casa, a
viagem foi mais alegre e os pais puderam assistir à felicidade do seu filho.
Agora sim a família voltava a estar completa.
Fim
Fernando Silva
Obs: Conto para crianças.
Obs: Conto para crianças.
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