sábado, 28 de dezembro de 2013
Desejo... Esperança!
Arrefeceu... Fez-se noite! Mais um dia que termina,
Fiz pedido muito afoite à Lua que me fascina
Num sorriso inocente pensei pedir-lhe abrigo
Aconteceu de repente e a Lua fez-me um pedido
Num silêncio que brotava dos raios da claridade
A Lua para mim olhava acontecia verdade
Fez-se luz em todo o mundo, num brilhar que tudo abraça,
E num grito tão profundo a Lua em mim se enlaça
Era noite fim-de- ano palpitavam corações...
Pensei que era engano ou até alucinações!
Ho Lua que tanto brilhas concede-me este desejo
Leva a todos, maravilhas... um sorriso neste teu beijo
Que haja paz nos corações, felicidades desmedidas...
E que em todos os pregões se exalte às próprias vidas
Que nunca nos falte o pão e o sorrir de uma criança
A vida só tem razão, viver de amor, viver de esperança...
Fernando Silva
Um feliz 2014.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Chuva...desejos.
Enquanto a chuva cai...
Eu não sei se vai
Enquanto a chuva cai
Se lembrar de mim
Das pétalas, das flores,
Dos nossos amores...
Em nosso jardim!
Recordo um desejo
Espantoso beijo
Vem-me à lembrança
Fico no terraço
Penso nesse abraço
De enorme abastança
Quero todo dia
Sua companhia
Que nunca termine
Meu amor eu juro
Nosso amor é puro
Isso nos define
Quando a chuva passar
Fica para lembrar
Um amor ardente
De lábios molhados
Corações cruzados
Um amor pra sempre...
Fernando Silva
Solidão
Lençóis de Vento.
Coberto por lençóis de rude vento
Estava um pobre homem abandonado
Tapava o mais sofrido dos sofrimentos
Num vão-de-escada ali deitado
A noite é cobertor feito de estrelas
A cama feita à pressa de pedras gastas
Pelas saudades... Tenta esquece-las
Nas tristes lembranças tão nefastas
Inóspita solidão... dorme a seu lado,
Degraus são almofada em sua cama
Não conhece outra vida e passa ao lado
Apenas a solidão que por si chama
Dorme debruçado com a vida triste
Adormece na paixão de frio intenso
Não sabe quem é...ou se ainda existe
No mar de solidão enormemente imenso
Acorda de uma noite mal repousada
O vento já levou suas hospitalidades
No sonho da vida já passada
Fixou-se nas lembranças das saudades
Fernando Silva
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
No teu sentido...
Poema inacabado
Ai quanto dói uma saudade...
quanto vale uma amizade?
neste mundo deprimido!
Ai, a distância tanto dói,
desde que você se foi
meu amor ficou ferido.
Procuro na essência dos teus sonhos
os momentos mais risonhos
da vida em ti vivida...
Encontro com o tocar dos meus dedos
a ternura dos segredos
e dos momentos da partida
Onde vais?
Eu choro a tua ausência!
e na mais pura inocência
sou poema inacabado...
Sigo as pegadas do destino
e desde muito menino
sou segredo a teu lado.
Há um sentimento à solta
e a saudade quando volta
traz lágrimas sentidas...
pôr fim a esta distância
ter amor como opulência
pra duas almas unidas
Fernando Silva
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Natal
Desejo...Natal.
Um sorriso... de criança!
leva amor a todo o lado,
não me saem da lembrança
sorrisos de esperança
pelo Natal ter chegado
Há sorrisos pelas ruas,
onde mora a felicidade
essas crianças tão puras
não passam por amarguras
vivem na prosperidade
Sobe a rua de mansinho
de semblante carregado
a criança sem carinho...
vai murmurando baixinho!
se o Natal terá chegado?
Um pinheiro à janela
trazido pela lembrança
a vida é uma aguarela
a felicidade tão bela
num sorriso de criança
Quem dera fosse Natal
Com paz na humanidade
Houvesse sorrisos afinal
E que o maior capital
Se chamasse humildade
Houvesse em cada mesa
Um sorriso de criança
E que a maior riqueza
Neste altar de beleza
Fosse o Natal da esperança...
Fernando Silva
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Dor… de mãe.
Um grito de triunfo lá do fundo
Trouxe à tona a clara realidade
Nessa dor…a maior do mundo
Sentida pela distância na saudade
Um grito de revolta no afastamento
Na triste madrugada adormecida
Eram marés de sofrimento
Na dor, na distância da partida
Uma onda que se agita bate na proa
Alguém gritou amargurado
Aqui, a tempestade não perdoa
Reza, por teu filho tão amado
De mãos dirigidas ao Redentor
Pela fé de quem ama perdidamente
Ouviram-se gritos de louvor
Acabava a tempestade finalmente
Meu Deus é tão grande a gratidão
Por Vós, por meu filho e teu também…
Sofre bruscamente o coração
Na dor, no amor de uma mãe…
Fernando Silva
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Apenas de nós...
Não sei se posso...se devo?
que tudo quanto te escrevo
vai em tua direção!
Se os rios correm pró mar
eu vivo para te amar
só tu és minha razão...
Toco na vida, na esperança.
chamo à saudade lembrança
chamo o teu nome sentido,
num brado chamo pela vida
em nossa alma sentida
em nosso corpo gemido
Preciso de um abraço
segurar no teu amaço
ter o pulsar do teu peito
esquecer a minha dor
viver no teu amor
agradecer o que tens feito
Este amor que se agita
neste silêncio que grita
e fala a uma só voz...
é o maior amor do mundo
num sentimento profundo
que fala apenas de nós...
Fernando Silva
Obrigado minha mãe...
Minha mãe hoje é natal...
vejo luzes a brilhar
nas janelas dos vizinhos,
Uma estrela a cintilar
para a rua iluminar
os braços dos meus caminhos
Minha mãe não levo a mal
que não tenha no natal
prendinhas no sapatinho
tenho o teu amor amigo
que sempre fica comigo
e me dá tanto carinho
Minha mãe, não chores mais
por causa daquele brinquedo
tu não o podes comprar
vou-te contar um segredo
da vida não tenho medo
eu não te quero ver chorar
Ontem enquanto dormia
no meu sonho aparecia
alguém que nunca vi
descalço pelos caminhos
pisava esses espinhos
e no final eu sorri...
Disse-me em tom baixinho
que em todo o meu caminho
tinha que saber contornar
as dificuldades da vida
a adversidade contida
mas que havia de chegar
O dia em que era natal
mesmo sem prendas... afinal!
só preciso do teu amar...
receber teus beijos de ouro
são o meu maior tesouro
não te quero ver chorar
Fernando Silva
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Recordo-me de ti...
Dias de Outono
No espelho em que revejo
Ao abandono!
Um rio em seu ensejo
A vida traz a tua realidade
O vento leva as folhas... caducidade!
Agora neste meu sentimento
Há ternura desse outono
Há lágrimas de sofrimento...
Fecho os olhos... a paisagem escurece!
E o rio quando amanhece
Traz sublime da vida...
E à noite quando escurece
Outra beleza aparece
Anoitece...em seguida!
Recordo-me de ti...do teu nascer!
Lembro-me de ti... do teu correr,
Saudades de ti... quando amanhece!
A nostalgia acontece
Reflexos de ti...
Olho em teu redor com todo amor
Em ti cultivado
E oque comboio não passa
O que se terá passado?
Passou pra outro lado
É pobre a realidade
Meu Tua abandonado
És natureza...verdade.
Detenho em meu olhar
A forma do teu brilhar
Que ninguém te vai roubar
Só feito a sonhar...
Fernando Silva
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Fonte... Esperança
Havia no meu tempo... de criança!
Uma Fonte tão velhinha abandonada
Quiseram pinta-la da cor da esperança,
A Fonte nunca mais foi reparada...
Agora pra quem passa... é tão triste!
O estado da Fonte da Lembrança
Que no pensamento ainda existe
Com água a correr pela mudança
No cimo uma pomba... branca e leve!
De bico afiado pelo tempo...
Por vezes pintada da branca neve
Martírio pesado... Sofrimento!
Havia uma porta.... que se abria!
Na aurora mais lesta perfumada
A água corria noite e dia
Na Fonte tão velhinha abandonada
Um dia um trovador... já cansado!
Bebeu na Fonte da Lembrança
Deixou um poema ali cantado
Que traz o meu tempo de criança...
Fernando Silva
domingo, 17 de novembro de 2013
Na tua sede...
A tua sede
é um rio...
onde bebes do
meu pranto!
A tua vida
um navio...
no cais do
meu encanto!
Nas ondas do teu cabelo
meus dedos são pentes de ouro
Lembram-me barcos rabelos
apaixonados pelo Douro
Ao pentear a saudade
Toquei no mar dos teus sonhos
Fui rio na realidade
nos teus lábios tão risonhos
Fui beber da tua boca
Na noite de lua cheia
na madrugada mais louca
que o amor em ti semeia
Juntos somos esse Rio
da água mais cristalina
A nossa vida é o navio
a saudade a nossa sina...
Fernando Silva
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Espelho de Alma
Mergulho meu olhar doce e sentido
Neste pedaço vivido…
Entre a mágoa e a saudade!
Meu espelho de alma, tesouro,
Visto deste miradouro
De vida em puridade
Há nos céus… deste destino!
Um olhar desde menino,
Este “cabeço” me chama
Há esse sinal de luz
Que na vida nos conduz
E nosso amor proclama
A água toca… nos céus!
Neste lugar onde Deus
Vive e deixa semente…
Na Senhora da Assunção
Este lugar de eleição
Vive-se alegremente
Meu altar livre… delicioso!
Deste reino maravilho
De Torga e toda a gente
Trás-os-Montes cativante
Nesta paisagem brilhante
No meu olhar… docemente !
Fernando Silva
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Emigrar...porquê?
Mala de esperança!
Descendo a rua
Vai de mansinho,
A noite é escura!
Na vida procura,
Outro… caminho.
Leva a cidade…
Parte à aventura,
Na sua idade
Da felicidade
Vai à procura.
Caminhos, tantos caminhos!
Por percorrer …
Sai do País
Quer ser feliz
Tem que sofrer
De quem é a culpa
Da situação?
Morreu solteira
Desta maneira
Não tem perdão
Tantos culpados…
Qual a razão?
Não são julgados!
São ilibados?
Têm perdão!!!
Português triste
Tudo… suporta,
Mas não desiste
E a vida triste,
Bateu-lhe à porta
Fernando Silva
terça-feira, 12 de novembro de 2013
A tua alva brancura.
Nascer… neste lugar!
No mais sublime acordar
Abrir os olhos e florir…
Nascer em ti é paixão
Desse enorme coração
Bate por nós a sorrir.
A saudade… nos encanta!
Neste pedaço onde canta
Os destinos nossa sina…
Sobre as pedras da calçada
Há dias na madrugada
Em que a vida nos fascina
Trago a vida a ti ligada
E a pureza demonstrada
Sou feliz nesse desejo
A tua alva brancura
É pedaço de ternura
É flor em mais um beijo
Que o Rossio acautelou
E entre nós dois ficou
Recôndito em nossas flores
Neste lugar de eleição
Mais parece um coração
A sofrer por seus amores
Fernando Silva
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Madrugar… no rio!
Serenidade deste rio
Fica enorme vazio
A noite pula e avança
Nestas águas tão serenas
As vagas são mais pequenas
Há sorrisos de crianças
A brincar na madrugada
Na noite mais sossegada
Que este meu rio navega
Andam pescadores “vadios”
Navegam nestes navios
Que este rio carrega
A noite está tão serena
E a água mais amena
A luz é convidativa…
A maresia a passar
Cheira a perfume do mar
A água é nossa vida
Sereno este meu rio…
Aperta mais neste frio
Já me lembra o Natal
O sol parece um morango
Na beira do rio rezando
Acabou-se o vendaval
Amanhece…e o dia dorme
Este rio que nos consome
Leva-me de braços ao mar
Da Ponte deste meu rio
Navego neste navio
Que se chama madrugar…
Fernando Silva
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Verdade no anoitecer...
Levo a noite... nos meus dedos!
Nos meus braços, levo o dia.
Os mais recônditos segredos
Vão na tua companhia...
Sou pássaro... na madrugada,
Em que a vida se cultiva!
Tu és vida em mim regada
Nos passos da minha vida.
À noite nasce a verdade!
A madrugada se aleita...
Nos valados da saudade
Onde a vontade se deita.
Noite é... Pássaro verde!
No alto da madrugada,
Nos lábios da tua sede
Na noite mais adorada.
Farrapos da nossa história
São marcos da nossa vida...
Que não saem da memória
Em nossos laços... Contida!
Fernando Silva
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Viajo na noite...
Grande é a noite em que a vida...
Em nossas mãos contida
Arde de amor e paixão!
Grande é noite... Concebida!
Nesse momento em que a vida
É amor e sedução...
À tona da água desse rio
Navega esse navio
Que a vida te deixou...
Há cantares na madrugada
Vindos da noite, do nada
Onde a vida navegou...
Trazida em momentos de poesia
Onde a noite desse dia
Todo o amor ofereceu
O poeta era esse navio
Descrevendo esse rio
E o navegar é só teu
Onde descobres teus encantos
Nos mais bonitos recantos
Escritos por nossos dedos
Linda é a noite mais fria
E na tua companhia
Perco todos os meus medos...
Fernando Silva
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
No teu... Brilhar.
Há uma dor que me impele
Que se atravessa no meu caminho
Provoca na minha pele
Enorme arrepio desse carinho
Brotam dos olhos teus
Sinais de luz
Na escuridão...
E o brilho dos olhos meus
Que me conduz
Ao teu coração!
Sigo as pegadas do amor
E nesse calor...
Aqueço a vida!
Nos raios do teu brilhar
Quero ficar
Prá toda a vida...
Nos momentos mais gritantes
Nós dois amantes
Pela vida fora
No brilho do teu olhar
Quero fitar
Aqui e agora
Fernando Silva
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Refúgios... Ditosos!
Refúgios da minha alma
Que o amor acalma
Na tarde mais fria
Há valados sombrios
Por entre os rios
Dessa magia
Traz-me nem que seja uma flor
Do meu amor que me chamou
Quero beijar sua boca que ficou louca
Quando ali passou
Nos lençóis desta paixão
Há mais razão
Pra me prender
Traz nem que seja uma flor
Que o meu amor
Pode morrer!
Alimenta a fantasia na terra por mim amada
Dá um beijo nessa flor que é meu amor
Por mim regada
Pelas ruas há paixão e um coração
Que bate mais forte
Procura esses horizontes em Trás-os-Montes
Terás mais sorte...
Fernando Silva
Mar de calafrios
Traz ventos de marés no seu caminho
Gaivotas batem asas ao nascer
Desfrutam dia-a-dia com carinho
A vida que lhe dá maior prazer
Há ondas no mar alto sem ter fundo
Paixões que nos trazem a saudade
E esse amor o maior do mundo
Passa pelo tempo em liberdade
Faroleiro e farol ficam sozinhos
Um barco que navega à deriva
No mar que possui outros caminhos
Há dores e sinais que não têm vida
Uma criança brinca junto ao cais
E aguarda a chegada do navio
No mar onde navegamos os seus pais
Há sinais de luz e calafrio...
De pronto junto ao leme se abeirou
Aquela mãe sentida, aguerrida...
E quando a criança se afastou
Gritou filho meu... Eu sou a vida.
Fernando Silva
sábado, 26 de outubro de 2013
Neste lugar...
Eu conheço...este lugar!
onde um dia ao caminhar...
vi a mulher mais querida
era o amor a passar
nessa calçada a brilhar
aquele pedaço de vida
Foi então... que reparei!
nesse amor que tanto amei
que a vida tinha sentido...
seu olhar disse que sim
depois sorriu para mim
e fiz-lhe esse pedido
Na vida... vivo sozinho!
quero-te no meu caminho
subir contigo a "ladeira"
e num laço apertado
quero ser teu namorado
amar-te prá vida inteira...
Ela disse-me... baixinho!
e num gesto de carinho,
fitou-me com seu olhar.
Esse amar é de paixão
E nesse teu coração
quero contigo morar...
Fernando Silva
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Folhas no chão…despido!
Nasce verde… da esperança!
Mas recebeu por herança…
Traços de algum abandono,
Vai perdendo a confiança
E não lhe sai da lembrança,
Os dias rudes de outono.
Cresce ao vento, passa frio…
Passa por tanto martírio
O sol é o seu ardor…
Acabou de nascer
Chora no seu crescer
Brota lágrimas de amor
É sombra… tranquilidade!
Cresce em Liberdade?
É repouso relaxante …
Tomba com a idade,
Tem horas de felicidade
Jaz no chão verdejante…
Derrama… o sangue da vida!
Pelos valados, despida!
Deixa a sua beleza
Há tanta folha caída
Tanto pedaço de vida
Neste gesto de nobreza
Fernando Silva
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Beirais de vida…
Carrega o seu lamento
Cruza as sombras da vida
O sol traz-lhe o sossego
O trovão provoca medo
Anda às voltas, perdida!
Se chove fica tão triste
E se o amor ainda existe
Leva-o consigo na asa
A neve bate-lhe à porta
De mansinho pouco importa
A rua é sua casa
Constrói com todo o rigor
A sua casa de amor
Doce lar para seus filhos
É o beiral do telhado
O sítio mais resguardado
Onde entrega seus peguilhos
Volta pela primavera
Ao beiral que ontem era
Rampa de lançamento
Alimenta a tradição
Neste lugar de eleição
Esquece o seu sofrimento
Fernando Silva
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Lisboa, deste meu jeito...
Luzes na noite… ternura que ilumina!
Esta cidade... Encantada que me fascina...
Brilha a aventura neste retrato colorido
Possuis enorme ternura neste espelho sentido.
Sigo na noite, a alvorada me chama!
Onde há gritos de revolta no lume da tua chama.
Nesta cidade, onde as luzes da paixão.
Iluminam a sociedade de espelhos pelo chão.
Da Senhora do Monte, Lisboa é meigo olhar...
Há no teu horizonte, delícias no teu brilhar...
Trazido no brilho das luzes, no silêncio do meu peito.
Neste olhar que conduzes Lisboa deste meu jeito.
Assisto aos reflexos no Tejo, é a felicidade a passar!
E no sabor de um beijo há tanta luz a brilhar...
Contemplo desta janela...os momentos a saudade
Luzes da noite bela...neste olhar pela cidade.
Lisboa respira beleza, pelas ruas do seu corpo...
De alma pura portuguesa as luzes dão-lhe conforto
Da Senhora do Monte, vejo o Tejo a namorar
Lisboa bebe na fonte, com as luzes no
brilhar.
Contemplo desta Capela as luzes os seus segredos!
Na mais bela aguarela Lisboa e seus brinquedos
Que a luz descobre sorrindo na tua particularidade
Lisboa sei que partindo! Comigo vai a saudade...
Fernando Silva
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Ventos...
Ventos de Abril…
Silêncio…quero ouvir o vento norte!
Envolto em enorme tempestade…
Não matem o meu povo, já sem sorte!
Nas ruas onde se fez a Liberdade.
O vento de Abril foi de mansinho!
Lá dentro havia paz e harmonia…
Contemplou o amor e o carinho
Mãos dadas no conforto dia-a-dia.
Ouviu-se uma voz…vinda do nada!
E a chuva apareceu pela janela,
Feita na saudade… engalanada!
Pintada pelo vento nessa tela
Coberta pelas mantas da miséria
Prostrava-se no caminho da verdade
Abriu-se a porta à gente séria
Entoou-se o cântico da Liberdade
O tempo deu razão a quem trabalha
Nos campos, onde agora há ambição!!!
O vento de Abril ainda se espalha
Nas ruas onde se entoa esta canção…
Fernando Silva
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Chove...lá fora!
Chove lá fora,
não vá embora
a chuva pode molhar!
Fique comigo
no meu abrigo...
a chuva não vai parar.
Bate mais forte
o vento norte...
traz esse frio no rosto!
Pegue meu agasalho
porque eu não ralho
fica a seu gosto...
Para nós é aventura
nesta fissura
a fraga suporta...
Pode chover aqui dentro
seu pensamento
só a mim importa
Há calor em minha mão
e o coração
bate mais forte!
Encoste seu corpo ao meu
você não esqueceu?
a chuva dá sorte...
Pode vir a tempestade
lá na herdade
há um casebre...
O amor aquece o peito
e desse jeito
a vida concebe
Feche os olhos e pondere
se é isto que quere
ouça a chuva cair
Abra a imaginação
e o coração
pode-se abrir...
Chove lá fora,
não vá embora
a chuva pode molhar!
Fique comigo
no meu abrigo...
a chuva não vai parar.
Bate mais forte
o vento norte...
traz esse frio no rosto!
Pegue meu agasalho
porque eu não ralho
fica a seu gosto...
Para nós é aventura
nesta fissura
a fraga suporta...
Pode chover aqui dentro
seu pensamento
só a mim importa
Há calor em minha mão
e o coração
bate mais forte!
Encoste seu corpo ao meu
você não esqueceu?
a chuva dá sorte...
Pode vir a tempestade
lá na herdade
há um casebre...
O amor aquece o peito
e desse jeito
a vida concebe
Feche os olhos e pondere
se é isto que quere
ouça a chuva cair
Abra a imaginação
e o coração
pode-se abrir...
Fernando Silva
domingo, 22 de setembro de 2013
Vendimas
Ontem
era vide... Nua!
Naquela
terra tão cruaCresceu ao sol e ao vento
Foi a chuva que a protegeu
O fruto que em nela nasceu
Passa agora esse tratamento
Sonhos e tantos amores
Que nascem nesta labuta
Cortam-se cachos maduros
Que garantem os futuros
Dessa gente mais astuta
Com a pinga garantida
No trabalho habilidoso
As folhas adoçam a terra
Há mais uma primavera
Que nasce em chão ditoso
Sem quaisquer percalços.
Neste ritual apaixonante...
Cresce debaixo dos pés
Um suco em altivez
Num trabalho delirante
Anedotas e risadas!
Bebe-se um copo de vinho...
Enquanto a vida acontece
O copo não arrefece
Nesse enorme carinho...
Este é vinho do fino...
Tratado com muito amor!
De castas bem escolhidas
Nos socalcos...nas surribas !
De afeto e esplendor.
Fernando Silva
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
A dor não importa…
A noite traz a saudade
Em toda a minha vontade
Regressas ao pensamento
Livre como uma gaivota
Neste céu que tanto brota
De asas voltadas ao vento
Há um céu que não descoras
Lá na rua onde tu moras
No cantinho da saudade
Nessas vielas cantadas
Nessas ruas tão faladas
Em plena Liberdade
De dia mandas-me beijos
E à noite os teus desejos
Voam ao sabor do vento
São requintados encantos
Nas vielas, nos recantos
Nesse honroso sentimento
A vida só tem sentido
Com sentimento vivido
Coração tem essa porta
Que se abre ao amor
E nos dá enorme dor
Faz doer mas não importa…
Fernando Silva
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Abri...os olhos!
O vento trouxe o calor dos teus beijos,
juntou-os aos meus desejos
e foram sozinhos na madrugada...
A saudade que deixou,
em nosso olhar ficou,
e, não trouxe mais nada.
Não sei...se eram quatro?
ou até cinco...o relógio ali parou!
Abri os olhos e ao acordar,
o vento fez-se notar...
nesse beijo que ficou,
agarrado aos lábios meus...
e contou-me esse segredo...
disse baixinho a medo...
tenho saudades de ti.
Do calor do teu olhar,
da franqueza do teu jeito...
e o vento no seu soprar...
levou esse amor-perfeito...
Fernando Silva
O vento trouxe o calor dos teus beijos,
juntou-os aos meus desejos
e foram sozinhos na madrugada...
A saudade que deixou,
em nosso olhar ficou,
e, não trouxe mais nada.
Não sei...se eram quatro?
ou até cinco...o relógio ali parou!
Abri os olhos e ao acordar,
o vento fez-se notar...
nesse beijo que ficou,
agarrado aos lábios meus...
e contou-me esse segredo...
disse baixinho a medo...
tenho saudades de ti.
Do calor do teu olhar,
da franqueza do teu jeito...
e o vento no seu soprar...
levou esse amor-perfeito...
Fernando Silva
domingo, 15 de setembro de 2013
Sol...nascente!
Sol nascente incandescente
Que arde neste bulcão de genteConstantemente constante
Nesta fogueira de lavaredas
Acesas...
Neste universo aquecido,
De aromas, despido, sem preconceitos.
Sol risonho rei do sonho!
Da magia do encanto...
Nascente neste meu recanto
Onde a luz nos ilumina
E seus raios lavram a terra
Como se fosse todos os dias primavera
Em noites de outono no calor da fogueira
Na lareira ateada nos "invernos de cão"...
Na geada, num pique de Verão
Que o tórrido sol aquece e jamais arrefece
Neste Sol que traz à vida
E com seus feixes concretiza
O apogeu do meu ser e assim irá permanecer
Que se distingue, no "aquecer" a mente
Aquecida permanentemente....
Pelo sol que nos fortalece...a vida.
Revivescida neste Sol Ardente
No seu nascente...
Fernando Silva
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Cachos viçosos...
Emergem do solo, carregadas de expectativa,
Simboliza arte, imagem de vida...
Nascidas em socalcos onde labuta a esperança
Entram no Agosto, cheias de confiança,
Para em Setembro se poder mostrar
Perante a sociedade ansiosa em provar
Do saboroso e sempre apetecível néctar
De uvas viçosas que a natureza quis ofertar
Aquecidas pelos raios vindos do sol fascinante
Tratadas com carinho das mãos humanas
Num trabalho habilidoso e gratificante
Que meus olhos observam a paisagem deslumbrante
Numa mescla de cores que me trazem sabores
Do nascer do dia, do anoitecer
E pela madrugada vai permanecer
Na mais bela estampa que o homem fez
Talhada de retoques ímpares e nunca se desfez
Deste retrato gerado e permanentemente guardado
Que Baco haveria de celebrizar
Numa
paixão ardente por este néctar diferente
Que a
natureza nos quis contemplar.
Fernando
Silva
Ler... nos teus
olhos!
O
que dizem os teus olhos
O
que sentes no seu brilhar
Se
há tanto brilho ao molhos
O
que tu vês nos meus olhos
Os
teus não param de brilhar
É
da luz do teu amor
Da
força do teu amar
Desse
sol abrasador
Que
emana tanto calor
À
luz do seu brilhar
Esses
olhos são paixão
São
luz no meu caminho
São
olhos de coração
Fixos
na gratidão
Flamejam
desde menino
Na
luz dos olhos teus
Raiam
sorrisos e alegria
Dão
brilho aos olhos meus
Parecem
estrelas do céu
Não
sei se é noite ou dia
Fernando
Silva
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Quando vai
parar?
Valados de
terra quente
Ardem vidas...
Sem conforto!
Nesta sociedade
premente
Neste cantinho do
Mundo
Tanta maldade
encomendada
Há gente que
tinha tudo...
E agora ficou
sem nada
Rompe quente a
madrugada
O dia já foi
cinzento
Há tanta chama
lavrada
Na dor deste
lamento
Corre soldado da paz
Não há tempo a
perder
O fogo de tudo
é capaz
Aqui podes...
Até morrer!
Só te
reconhecem valor
Porque dás tudo
que tens
Lágrimas, suor
e dor.
“que grandes
filhos da mãe”...
Fernando Silva
Fogos...
Arde lá fora,
Na floresta conseguida
O fogo que
tanto devora
O trabalho de
uma vida
Abrasador,
tormento
Arrasador
sofrimento,
Medo, revolta,
aflição.
Fogo sem rosto! Posto?
Tem mão
desonesta, fazendo arder a floresta...
Terras sem nada
negras incendiadas.
Giestas demolidas, Oliveiras ardidas,
Pinhais
desfraldados soutos arrasados
Corpos
desolados e almas despidas
No perder de
vidas que o fogo “matou”!
Em nossas mentes ficou a repugna.
Terra de pão,
terra razão,
Terra de vida
terra de paixão,
De lágrimas choradas
Dias, noites e madrugadas.
Que o fogo
devora e meu povo chora
Os filhos
desaparecidos no combate feroz
De barulho
profundo que arrepia o mundo...
Mas não tem
voz!
Fernando Silva
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