terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Guardado em teu nome… É longa a noite onde me deito Nas sombras dos carinhos fugidios Se à noite tenho enorme respeito Acordar só neste leito São eternos calafrios Há uma luz na noite morta Num silêncio que se torna arrepiante Há um bater suave à minha porta Seja quem for… não importa, Só tu… és importante! Solta-se um grito no meu quarto desnudado Sofro gemido em meu próprio leito De onde vem tão inesperado brado? No meu quarto deitado Ouço tua voz dentro do peito É a saudade que me traz o carinho O grande amor que vivemos lado-a-lado Na noite… aqui fico sozinho! À procura do carinho No teu nome guardado… FernandoSilva

sábado, 4 de janeiro de 2014

Malas de esperança! Malas de esperança, passaporte aberto Já não são criança sabem o lugar certo Partem à conquista de um país amigo De braços abertos e de bem consigo... Elos que chegam na brancura dum beijo Falam de saudade voltar é desejo Trazem este país agarrado ao peito São emigrantes de enorme respeito Estudou aqui fez sua formação É qualificado quer ganhar seu pão Adversidades impostas na vida Não pode exercer está de partida À noite bem noite. Há um lugar vazio! No seu pensamento mora um desafio Bate-lhe a saudade desperta-lhe o amor Reza baixinho sua enorme dor Ouve “A Portuguesa”, pela televisão, Lágrimas, tristeza são de coração... São os emigrantes, são nossa raiz A viver tão longe do nosso país. O saco às costas, vão pela madrugada Governar a vida aqui não tem nada Finda a noite, nasce de novo a vida Mais um Português que está de partida. Fernando Silva

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Despida pelo vento. Há uma árvore despida... no meio da rua! E uma alma perdida vestida... tão nua! Nos lençóis do passado foi pura magia Nascida da esperança vive a nostalgia As folhas desprendem-se do lençol da esperança caídas no chão vivem de amarguras Levadas pelo vento terminam a abastança Deixaram de ter a doce ternura Pelos montes e vales há sangue derramado saído das folhas que agora falecem Há sinais de vida no vermelho dourado Deixado nos campos, há outras folhas que nascem. A árvore despida já recebeu a herança Crescem pelos ramos as folhas de pranto Nascidas na vida da cor da esperança É a natureza no mais sublime encanto As ruas desertas já não têm vida A nudez da rua é mais cansativa E alma perdida por quem foi vestida? Pelas flores do campo ou pelas folhas sem vida? Há vida lá fora e a alma perdida Vestida de esperança de esperança despida Nasce na caruma da raiz do tempo Vive num pranto, vestida pelo vento... Fernando Silva

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Perfeita harmonia. É noite e à luz da vela... Torna-se dia! Na noite o pensamento é sublime e luzente. Há uma paz em perfeita harmonia Trazida na luz, vestida de vida fulgente... Chove lá fora e na luz mais desperta... O amor que ali mora tem a porta aberta Num sinal de vida voando no espaço Numa paz refletida num enorme abraço Há chuva de estrelas que brilham na luz Há beijos melosos em lábios dourados A paz e o amor que no mundo conduz Os crentes na vida são abençoados Cresce na noite a vontade e o querer Trazida do dia onde a noite se abraça A luz da vida é o nosso maior poder Refletida em momentos que a luz enlaça Arde a fogueira e num brilhar intenso Luzem no céu estrelas fulgentes Dão as boas vindas ao amor imenso Que a luz ilumina almas cintilantes Fernando Silva