sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Final de Ano

Divida Amarga
Os sinos ecoam as doze badaladas
É chegada a hora mais esperada
O entusiasmo vivido empolgantemente
Provoca euforia inebriante.
Um novo ano acontece
E por momentos de tudo se esquece,
Olvidam-se das dificuldades vividas
No decorrer de dias críticos, atípicos,
Que vão ficar para sempre mantidos
Nos sentimentos sofridos
De quem luta pela sobrevivência
E na desmesurada clemência
Alguém grita aflito,
Lá fundo da multidão,
Tendo motivos de compaixão
Por quem sofre constantemente,
Neste País que segue deprimente
Levado para parte incerta,
Será que alguém o concerta?
Dada a ambição do domínio
Que lhes provoca fascínio
E o povo é quem paga,
Esta divida amarga
Que só é apenas lembrada
Nos dias subsequentes aos galanteios,
Mas nos pobres há esses receios
De não ter para comer,
Enquanto do outro lado da barricada
Não se passa mesmo nada,
A não ser a conta a crescer
Com a ambição do poder.

Autor Fernando Silva

domingo, 25 de dezembro de 2011

Em Tua direcção

Sigo apeado por este caminho
A minha objectividade é o teu destino,
Abraço a vida no teu carinho,
Vou cantar, vou entoar Teu Hino Divino

Sigo as pegadas que flamejam no chão
Nestes jardins onde só há amores
Há flores, alentadas no meu coração
E as pisadas que encontro, são como as flores

O sol que cintila lá no horizonte
Aquece meus braços em tua direcção
Jesus é a água da minha fonte
É meu alento minha refeição

Os raios de luz determinam alegria
Aos rios que correm em direcção ao mar
E os anjos que cantam em perfeita harmonia
Neste paraíso onde almejei habitar

Das Tuas pegadas fiz minha hospitalidade
Vi júbilos na esperança desta natureza
O Teu caminho leva-me à verdade
A minha fé é a Tua pureza

Jesus é luz, no meu caminho
A quem agradeço pela minha essência
Elevo meus braços num gesto de carinho
Venero ao criador pela Sua existência

Autor Fernando Silva



Fogueira de Natal 2011 em Vila flor

Fogueira de Natal
Lembram-me as chamas dessa fogueira
Recordações, fantasias
De gente humilde e hospitaleira
Paixões acesas, alegrias

Era, era o Natal em Flor
Aquecia os corações
Minha terra, “meu amor”
Minhas recordações
Era, era o Natal a chegar
A neve caía dos céus
E neste aconchegar
Agradecer a Deus
 
As conversas à fogueira
Traziam outra textura
Animadas pela noite inteira
Não havia amargura

Os sinos da Igreja tocavam
Melodias de Natal
E à fogueira ateavam
Sorrisos ao natural

Felizes e acaloradas
Chegavam ao seu destino
Eram as almas sagradas
Adorar Deus-Menino

Depois da Missa do Galo
Adoravam Deus-Menino
E para nosso regalo
A fogueira era destino

Autor Fernando Silva

domingo, 18 de dezembro de 2011

Boas Festas

Natal  

Traz a dor agarrada no peito
Dos silêncios infinitos
De corações aflitos
De sonhos desfeitos

Sonhos de Natal perdidos
Levados pela textura
Deixados pela amargura
De outros Natais sentidos

A Neve cai, gelada e fria
Traz consigo o branco véu
E em sua companhia
Traz o Natal  do céu

Um manto de beleza
Cobre um sonho de criança
De encantos de riqueza
Trazidos em abastança

E o dia de Natal nasceu
No sorriso de uma criança
Filho do Reino de Deus
Neste Mundo de esperança

 Para toda a humanidade
Termina essa dor no peito
É momento de verdade
É o sonho perfeito

O nascimento da vida merece
Afectos,solidariedade e paixões
É o Natal que acontece
Em nossos corações

Autor Fernando Silva

sábado, 17 de dezembro de 2011

NATAL

NATAL

É Natal
E os sorrisos das crainças
Transbordam neste dia de ternura
É Natal cheio de esperanças
Neste mundo de amargura

É Natal
E pelos trilhos da saudade
Seguem almas carenciadas
Dos afectos da humanidade
Quantas vezes apostoladas

É Natal
E as fantasias são perspectiva
De um povo que vive na prudência
Neste tempo de expectativa
É Natal mas só de aparência

É Natal
Pelo acreditar no amor de Deus
E no nascimento de Jesus
De um amor que vem dos Céus
E nosso caminho conduz

É Natal
Hoje, amanhã e continuadamente
E num sorriso natural
É Consecutivamente
Natal

É Natal
Nos brinquedos, nos desejos,na vontade
No colocar fim a todas as agonias
É num ambicionar da humanidade
É Natal todos os dias


Autor Fernando Silva

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Natureza

Despida no tempo

Hoje amanheci despida
Ontem fui cândida de pureza
Vejo-me no monte perdida
No meio da natureza

De dia é Sol que me aquece
De noite fico só nesta agonia
É a chuva que me humedece
As folhas eram minha companhia

O vento levou parte da minha vida
Arrancaram-me a vivacidade
Fiquei irremediavelmente despida
Agora sinto desmedida saudade

Hoje os meus braços estão vazios
Nem a sombra me conforta
Sinto fortes dores e arrepios
Quando a saudade bate à porta

Os dias passam e Primavera acontece
Os meus ramos receberam confiança
E quando a flor acontece
Volta de nova a minha esperança

Abrem flores que meu peito contagia
Os frutos, são a vida que ofereço
Termina a minha grande agonia
Agora todos os dias me aqueço

Fui árvore despida neste monte
Pelo vento, pela chuva, pela caducidade
Meus filhos são a pura fonte
São meus laços, são saudade

Autor Fernando Silva

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sentimento

 















Alma Gêmea




Alma gêmea que voas no meu peito
Qual gaivota que vive livremente
Alma gêmea, possui esse direito
Segues na minha vida suavemente

Correm pelas veias da minha alma
Saudades, que deliciam corações
No nobre sentimento que nos acalma,
Pela vida, pelo querer dessas paixões

Transportas aflição pela minha ausência
Por vezes, basta apenas um pensar
Procuras vivamente na nossa existência

A ternura dos afectos de um sublime amar
Aconchego de emoções pela nossa essência
Que vamos para todo o sempre recordar



Autor Fernando Silva

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Saudades de ti

Anoitecer, só...

Desaba a noite e o meu caminho
É triste pelo anoitecer
Fico na vida sozinho
Com saudades de te ver

Negrura na minha rua
Traz momentos de saudade
Por esta imagem tão nua
A noite é obscuridade

Traz-me a luz que ilumine
Meus passos em teu carinho
Para que a escuridão termine
E haja luz neste caminho

A noite fica mais fulgente
Com a luz do teu admirar
Ilumina meu olhar premente
Que carece do teu contemplar

A luz é vida precisa
Na noite do meu amar
E nesta noite concisa
Tive a luz do teu olhar


Autor Fernando Silva



Minha Terra

Riqueza

Raia o Sol na minha terra
Vindo desse horizonte
É chegada a Primavera
O nascer de tanta fonte

Esguicha água, riqueza pura
Nas fontes da minha vida
São seus laços de ternura
Fertilidade adquirida

Cresce o rosmaninho no monte
Florescem jardins agradáveis
Vila Flor possui a Fonte
A todos os níveis admiráveis

Que o Sol contempla a rigor
E a vida lhe dá produtividade
Nesta terra de tanto amor
Neste pedaço de verdade

Campos férteis, terra sagrada
Pedaços de enorme quimera
Na minha terra tão amada
Todos os dias é “Primavera”

Exuberam flores suculentas
Com afecto e grandiosidade
São flores viçosas e opulentas
Nascidas nesta terra de saudade

Em ti o Sol faz maravilhas
Tanta história depositada
Na Praça que tanto brilhas
És a flor mais afamada

Autor Fernando Silva

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

MAIS DO MEU FADO

Acessibilidades deste Rio


Meu rio de saudade que me encantas
És pura liberdade em teu querer
Choras puras lágrimas quando cantas
Cantas lágrimas sofridas no teu ser

Rio de amor, pedaço de ternura
Vive devagarinho no seu existir
TUA de encanto desta lonjura
Paisagem cândida no teu sentir

Derrogas falsas gratificações
Ideiam moléstias mal cogitadas
Não precisas de bonificações
Nas tuas águas tão abençoadas

Que passam por debaixo das pontes    
Que são ligações do meu paraíso
E me levam a outros horizontes
Do Maravilhoso Mundo que é preciso

Vai de mansinho e a teu jeito
Leva teus braços ao Rio Douro
Exige-se um maior respeito
Para este rio que é nosso tesouro

Deslumbro-me pelo teu subtil leito
Onde a Natureza fascinante se irradia
És um rio que aconteces no meu peito
Cresce na corrente de mais um lindo dia

Autor Fernando Silva