terça-feira, 29 de julho de 2014
Surge na noite mais inóspita! Na longínqua lembrança... traz as brincadeiras de criança com que sempre sonhou. Vive na distância do mal, entrega-se de corpo e alma a um poema que ladeou a sua vida...Ai, como lembra aquela rua velhinha onde o calor humano o fazia crescer. Ali, agora mora a saudade, até o pião guardou na algibeira da saudade. A bola que foi deixada ao desdém, atirada como pedra em fisga de lembrança e aquela bicicleta própria para criança ainda hoje jaz no recanto mais recôndito do segredo! Cresceu...mas a vontade de ser criança apupa-lhe a mente, e, inocentemente se despede com tudo...sem nada, trazido na madrugada do sonho. Acordou e fez-se noite!
Fernando Silva
Aromas da Terra
No teu corpo encontro
A seiva que alimenta
Toda a minha fantasia
Aromas do reencontro
Que só a terra fomenta
Em laivos de nostalgia
Horizontes de memória
Enriquecem tua história
Sucos de terra lavrada
Há um sinal lá no fundo
Do maior amor do mundo
Nasci de “terra dourada”
O cheiro a terra regada
De lágrimas de saudade
Caídas do teu olhar
Ser filho de terra erada
Senti-lo de tenra idade
No mais sentido penar
Fernando Silva
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Meu amor
Vem ver-me ao cais…
Trago ruas no meu peito
No meu peito trago um rio
A correr para teu leito
Num poema a meu jeito
No peito trago um navio
O barco está de partida
Meu amor vem ver-me ao cais
Partilhar a nossa vida
O barco está de partida
Não te vejo nunca mais
Ao passar nesse alto mar
Onde o mar é mais profundo
Não posso para traz voltar
Vem comigo partilhar
Nem que seja um segundo
É no cais da despedida
Que meu amor aparece
Já não estou de partida
Desejo voltar à vida
Na vida tudo acontece
Deixo correr…no meu peito!
O rio que há em nós,
Regado desse teu jeito
Feito o amor-perfeito,
Meu amor, ficamos sós!
Fernando Silva
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Neste poema…
Meu poema feito neve
Deslizando ao de leve
Nos lençóis do teu carinho
Na brancura desse lema
Entre a neve e um poema
Vou vagueando… sozinho!
Sinto a neve…como cai!
Cada pedaço é um ai…
Bramido do teu alento
São letras da poesia
Que me fez voltar um dia
Ao sentir do teu lamento
Cai branca…branca neve!
Neste poema persegue,
A mais cândida beleza…
Nos versos desta paixão
A neve caída no chão
É postal da natureza
Palavras de poesia
Cai branca, gelada e fria
A neve do teu encanto
São lágrimas do teu pesar
A neve no deslizar
Humedece o teu pranto
Fernando Silva
quinta-feira, 10 de julho de 2014
Sei, que a força do teu olhar dilata a vontade do meu amar... Trecho desejo na brancura de um sorriso, levado na esperança desse teu olhar... que fita a vida por nós vivida e se arrebata num beijo. Ao longe, avisto o "castelo"... o "rei" saiu e ali ficou! Observou a paisagem e no horizonte avistou a ave que plena de força e magia, esvoaçava pequenos voos, como forma de convite. Acrobacias delirantes num vai e vem fascinante que só o teu olhar capta. É a liberdade que se apaixona no livre voar dos teus sonhos...Hoje é longa a noite. Daqui observo o sublime desse encanto por quem te apaixonas e desejas tanto...nesse meu olhar na tua direção. Chamo-lhe luz, chamo-lhe vida, chamo-lhe amor...que só teus olhos veem como a luz do teu luar na noite do teu brilhar...Sei, que é noite, mas dia me parece! Deus ouviu a minha prece e no maior dos sentimentos tu apareces e me entregas o maior dos tesouros...
Fernando Silva
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