sábado, 20 de dezembro de 2014

Nasceu um grande...grande amor.


No jardim dos teus sonhos... eu sou essa criança!
De sorrisos risonhos de amor e de esperança!
Colhida no jardim que a primavera criou... ...
Essa esperança sem fim, que a nossa vida gerou!

Chamo-te rosa, ou malmequer,
tu és ditosa tu és mulher!
Tu és a vida que em mim viveu
a coisa mais querida que nos aconteceu...
Essa criança, nascida agora!
É flor da esperança que nos namora...
É flor da vida que de ti nasceu
a prenda mais querida
que o amor nos deu.
Ergue-se agora, neste jardim!
Onde eu outrora, pensava apenas em ti...
Tudo mudou na nossa vida...
desde que chegou a flor mais querida
Trazida no ventre que o amor alcança,
é tão comovente amar... essa criança.
Fernando Silva

domingo, 7 de dezembro de 2014

Fé...
Madrugada que o frio gela!
Nos degraus duma capela
Uma criança reza e chora...
Não sabe o que é a "riqueza"
E a sua maior tristeza...
Não ver a mãe porque demora!

Pedindo à Virgem-Maria
Na madrugada mais fria
Levando os olhos aos céus
Concebei-me esta prece
Qualquer criança merece
A companhia dos seus
As lágrimas caem a fio!
E de coração vazio,
Ouve-se o seu soluçar...
Na madrugada mais fria,
Queria ter por companhia
A sua mãe a rezar!
Num choro longo e profundo!
Silenciou-se um segundo
A Virgem-Mãe concedeu...
Foi por milagre Divino
No sorrir desse menino
A sua mãe apareceu
Fernando Silva

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014



 Que Montes!


Que montes são esses… que montes!
Que provêem as fontes,
No mais puro acordar…
Nascidas em Trás-os-Montes,
São deliciosas essas fontes
 São locais a contemplar!

Fontes onde bebo… desse encanto!
Na distância... és meu pranto,
Nessas fontes de encantar…
Que levam luz de vida e cor
Paisagens que falam de amor
E embelezam o seu jubilar

Que fontes são essas que fontes…
Que nos mostram horizontes
Onde me perco... no tempo!
São pedaços de tantas vidas
Paisagens bem concebidas
Não saem do pensamento

Nasce o sol atrás das fragas
Até as horas amargas
São lições de filosofia
Coerente a esta paisagem
Meu paraíso, minha aragem
Onde mora a filantropia…

Fernando Silva


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

                                                      Pedras…

Pedras da rua,
Que a noite amua
Teu acordar…
E quando o dia começa
Já não tens pressa
Podes ficar!

Diz-me os passos que dás
Se fores capaz
De me falar!
Ai se as pedras falassem
Talvez contassem
Tanto penar.

Pedras da rua,
Que à luz da lua brilham contentes
Nesta calçada não dizem nada
Mas são diferentes…
Pedras da rua
Imagem nua, passos contidos
Lembram pegadas
Em ti deixadas
Nobre sentidos

São espelhos de outros passos
Entre os abraços
Desta “avenida”
Emblemas do passado
Frases, recado
Na nossa vida.

Fernando Silva


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A rua da minha infância

Na rua da minha infância
Recordo a criança
A correr e a sorrir
Os amigos da escola
O jogo da bola
A saudade a surgir

Crianças de outrora
Que ainda agora
Vejo partir…
Desta terra sentida
Para quem a vida
Tem outro sentir

Casas “velhinhas”
“Brancas branquinhas”
Neste existir…
Na “rua” dos meus amores
Andam sabores
A fluir…

O tempo passa a correr
Neste viver
Há algo mais
Nesta terra humildade
Bate a saudade
Dos arraiais

Andam lembranças perdidas
Noites sentidas
Luar prateado
É noite de "lua-cheia"
O amor semeia
Em todo o lado


Fernando Silva 

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Luzes na noite. É noite escuto o meu peito…percorro tuas ruas desse meu jeito! Ouve-se o sossego das luzes que te enobrecem, porque na noite acontece e teu brilhar aparece. És despertar no alvorecer de sensibilidades indeterminadas. Escuto a noite… As velas acesas no teu pranto, cobrem de luz o teu manto que agasalha a tua essência. Bem no alto da madrugada a nudez com que te mostras viva, reflecte no meu olhar doce. Do ponto mais alto do teu ser… vejo-te majestosa! Lembras-me a mais linda rosa a proliferar, num perfume sem fim, que aromatiza quem te cheira. Toco-te com o meu olhar e ali fico indolente a quem passa, escondo-me em ti… para regressar no mais belo acordar. E enquanto a noite persistir é em ti que descanso o meu olhar.
 Fernando Silva

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Trechos de mim... Enquanto a bola rebola a caminho da escola, levo o olhar à Fonte...os livros vão na sacola que me abrem horizontes. Desço a rua espreito a serra, vejo os pássaros em liberdade que esvoaçam rumo à trincheira, voltam num colorido diferente, foi o sol no seu raiar nesta beleza sem par que os faz sorrir de novo. Seguram nos frutos da vida para consigo os levar, num rumo constante entre diabruras e acrobacias fazem as delícias de quem passa. O intervalo chegou a brincadeira voltou, ao recreio... a felicidade! Era a vida a sorrir, neste aconchego gratificante. Saio de passo apressado e vou à Rua da Serra, beijo as mãos de minhas avós de quem recebo um carinho enorme. Corro para o Rossio e neste lugar de desafios, troco os cromos da colecção dos jogadores da seleção que em 1966 fizeram as delícias de um povo e ergueram bem alto a bandeira desta Nação. Um amigo da brincadeira meu colega de carteira trazia um pião já picado de tanta pancada ter levado e ali ficamos. Não tardou muito tempo e o Rossio foi-se compondo de juventude, entre o jogo da bola e a troca de cromos. Alguém se abeirou do marco do correio, colocou uma carta e comentou: Levai-me esta carta para as terras longínquas onde a guerra impera, trazei-me notícias do meu filho que luta no fim do mundo, porquê? nem sei! Quem me dera vê-lo a jogar a bola com vocês, cresceu rápido de mais. Tirou um lenço e passou-o pelo rosto, era a saudade estampada na face daquela mãe que sofria a ausência do seu "bem mais querido". Enquanto isso a brincadeiras não findavam, a alegria alastrava pelas ruas desta terra. Fernando Silva

domingo, 16 de novembro de 2014


Sombra... na noite!

 

Sozinho na madrugada...

 uma sombra já cansada,

 refrete o som dos teus passos.

 É essa sombra perdida,

 que parece não ter vida

 mas que corre para teus braços.

 

A noite... é pássaro negro,

 que precisa de aconchego,

 oferecido por teus abraços.

 Só a noite fica triste

 na sombra já não existe

 reflexos dos teus passos

 

Quer a noite que assim seja...

 na sombra que se deseja

 haja amor também carinho

 Mesmo na noite mais escura

 seja sombra de ternura

 que ilumine o teu caminho

 

Fernando Silva
Encantos...perdidos.
Nesses encantos perdidos!
achei-me nos teus encantos!
Encantos em ti vividos, ...
são sinais desses meus prantos!

Há uma tela pintada,
de mãos em oração...
Nos braços da madrugada
na mais louca sedução!
Se à noite brilham estrelas,
vindas do azul dos céus,
quem me dera poder tê-las
no brilho dos olhos teus!
A madrugada se agita,
no fogo do teu amar...
Há uma saudade que grita,
no grito do teu brilhar.
Fernando Silva

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Serenata...à nossa Terra.
Caem gotas de esperança...
Vindas do alto da serra
Saudades trazem lembranças!
Desses tempos de criança
Passados na nossa terra
No facho, no peneireiro,
Na Senhora da Assunção.
Nesse lugar pioneiro...
É de todos o primeiro
Em amor e devoção.
Das capelinhas... saudades!
Dos meus tempos de criança
Miradouro... claridades!
Lugares de raridades
Sitio de paz e esperança
O cardal foi aventura...
O caniço e outros mais
Fonte do olmo é ternura
Chandasna foi amargura
Onde suspiram teus ais
Terras de trigo e de pão
No azeite és um primor
Vilariça teu filão...
E as mãos em oração
Agradeces ao Senhor...

Fernando Silva

domingo, 9 de novembro de 2014

Procuras no tempo


Descobre agora...
o tempo lá fora
que por ti procura!...
A esta distância
não dás importância
pensas ser loucura!

O tempo passou,
em ti não parou
nem o negro destino
a chuva a cair
o verão a fugir
desde que és menino
O tempo a correr
que podes fazer
pró tempo parar
o tempo parou
a ti não chegou
não podes esperar
Segue a tua sina
e busca a menina
que amaste outrora
agarra esse tempo
do teu pensamento
não se foi embora...
Fernando Silva
Neste momento...
Escrevo para ti...poeta!
Amante da vida...que te envolve
e nas frases que interpreta,
há um misto de ternura que nos ouve.
Lá fora o tempo que se avizinha,
traz amarguras nos trigais...
Hoje são as saudades minhas,
dessas andorinhas nos beirais.
Há um sentimento que em nós se agita,
pela diversidade dos momentos...
Um silêncio, um poema que em nós grita
e que nos acompanha pelos tempos.
Ser poeta... é ter na alma!
O sentido que nos leva ao firmamento
e mesmo depois da maré calma,
Agradeço a Deus meu sentimento...
Fernando Silva

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Dói-me tanto que o tempo passe...porque vivo cada instante! Pedi ao tempo que voltasse...este ficou hesitante! Não sei se foi do Luar! Mas antes que este se fosse...o tempo pensou em voltar, chegou o tempo e mudou-se.


Fernando Silva

quinta-feira, 6 de novembro de 2014


Traz-me o tempo...

 

Eu sinto... que te sentindo!

Quero o murmúrio do vento

O tempo mesmo que partindo

Continua a ser sempre tempo.

 

Não sei se me olhas... no tempo!

Se no tempo vou ficar!

Existe sempre o lamento...

No choro do teu chorar.

 

Há uma candeia apagada

Que se acendeu com o vento

Hoje é cinza é luz sem nada

Por culpa do próprio tempo

 

Meus cabelos branqueando

São sinais de nostalgia

Sinais do tempo... passando!

Na mais pura melancolia

 

Queria que o tempo voltasse

E que o vento me trouxesse

Queria que o vento falasse

No murmúrio que  fizesse

 

Fernando Silva

 

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Chamo-te… Noite!

Na noite é que eu grito… o teu nome!
Como se fosse a eterna nostalgia!
De dia a tua falta me consome
E tu a saudade… na agonia!

Na noite é teu abraço… que me abraça!
Teu corpo o desejo dos desejos…
Na noite o amor em nós se enlaça,
Na noite… cubro teu corpo de beijos!

Procuro nas esquinas desta vida
Pedaços de memória tão sentidos
Agarro teu nome na despedida
Sacio nossos lábios tão unidos

Na noite o amor tem seus segredos
Razões que a razão não conhece
Na noite derrubados nossos medos
Na noite é de dia que amanhece

Contigo é que a noite… anoitece!
Nas veias do carinho de nós dois
Contigo é que o amor acontece
E unimos perpétuos corações

 Fernando Silva



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Canteiros de esperança Um canteiro à janela Lembra-me uma aguarela Pintada pelos teus dedos Aquecidos neste amor São pedaços de dor Recônditos segredos Sigo a luz que ilumina Determina minha sina Ali apeio o olhar… Sentado olho as estrelas E essas janelas tão belas São grito no teu amar Janelas pintadas Pedaços de esperança Nas ruas… olhadas Tão apaixonadas Saudosas lembranças Canteiros de outrora Nascem nas vielas Florescem na aurora Pela Vila fora Vivem às janelas Assim passa o dia A noite com estrelas E vive a “Maria” Em paz e harmonia Nas ruas tão belas Fernando Silva

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Há um doce observar que te contempla… pelas encostas da vida que tu mesma concebeste e te enobrece, como “mãe” de tantos de nós… espalhados pelo mundo, do qual és Capital… é radioso o sol que te complementa… pela virtuosidade com que nasceste. Em cada pormenor dessa existência há “farrapos de memória” em ti contidos…pela grandiosidade da tua história, que opulenta os corações em ti nascidos. Ávidos são os olhos que ao longe te desejam, tristes pela distância que nos separa. Sabor amargo das lágrimas na despedida! Contrariam as lágrimas de alegria no meu regresso. Hoje vejo-te majestosa como nunca deixaste de ser, em cada pedaço de calçada que compõe as tuas ruas, vejo espelho de saudade. No teu passado-presente és mão aberta de sabedoria… Fernando Silva

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Minha dor... De amor! O meu poema é um brado, Um fado inacabado... A minha vida em pedaços! São palavras tão sentidas Falam de nossas vidas Seguras por nossos braços São momentos de ternura Vividos nesta aventura Unem nossos corações Quem ama sofre na dor Na fogueira deste amor Ardente nestas paixões Tu és meu rio, meu caís! Quem ama não sofre mais? Como dói um coração! A dor por nós tão sentida É amor em nossa vida Consenso e sedução... Transporto na poesia Mesmo que parta um dia... Tu vais comigo na dor! Ergo minhas mãos aos céus Em agradecimento a Deus Por seres parte deste amor. Fernando Silva
"Magustos"… Uma castanha asada… a rigor! Trazida na paixão das tradições “Quente” no seu melhor sabor É alimento destas paixões Alimento predilecto nestes dias O homem das castanhas sobe a serra Enquanto outros vivem nostalgias Unidos na alegria… que os encerra! "Magustos" que nos prendem à saudade Tempos vividos “nas Capelinhas” Hoje recordo essa verdade “Faz tempo que tenho saudades minhas” Uma giesta trazida… desse monte! Criada a meias nesses outeiros A água passa para lá fonte Alimenta gigantescos castanheiros Um jogo da bola ou o pião As cartas, um brinquedo a condizer Faziam parte da imaginação Para essas crianças… conviver! Tradições vividas “dessa outrora” Lembradas nas paixões e amizades, Onde estão os "magustos" de agora? Porque é que se vive de saudades? Já sinto o cheiro da castanha assada É o outono no seu melhor Há tanta brasa apanhada Que acende paixões em seu redor Fernando Silva

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Luz na minha vida… Uma luz na noite que me aponta A cinza dum braseiro apagado Na claridade tudo se apronta Momentos de ternura… meu passado! Bendito retiro que me acolhe De puros sentimentos mais ousados É o teu querer que me escolhe Juntos na vida enamorados Trago essa luz que me alumia Mesmo na noite mais apagada Reflecte sinais de harmonia Na rua… na noite desejada Contemplo o luar que nos abraça Um grito para a nossa felicidade Neste grande amor que nos enlaça És vida, meu momento de saudade A luz duma candeia apagada Espelha silêncios mais ouvidos Tacteio teu corpo… minha estrada! Somos almas gémeas… nos sentidos Fernando Silva

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Que dor…tu sentes na dor? É calor-frio? Enorme vazio? Uma "meia-culpa", nesta solidão! Quem te segura agora? E pelo tempo fora nesta desolação… A dor é teu medo, vivida em segredo. Desilusão viveu… Não tenhas medo da espera, dessa primavera, que nunca morreu. O que fazes agora no tempo que chora! Palavras soltas ao vento… Se tudo é horror, e neste espaço onde o amor passou a ser sofrimento. Mas quem é que não sofre pelo amor perdido? Vais ama-lo eternamente sem o teres contigo. Porém, na amargura, alguém te segura Um “amigo” a teu lado… esse companheiro a tempo inteiro. tão desejado. Não percais a esperança que um dia a bonança Será claridade… Passe o tempo que passar, para sempre ireis amar, a eterna saudade. Fernando Silva

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Quem me dera... Brilha em teus olhos o mar... quem me dera namorar, nas ondas do teu sorriso! Quem me dera navegar nas ondas desse teu mar, meu eterno paraíso... A noite é lençol de neve que me persegue, um fogo ardente, na fogueira da paixão, na sedução, no meu mais ente. Os teus lábios são doçura, tu a ternura o meu encanto, na boca da minha amada bebo da água salgada e termino o meu pranto. Fernando Silva
Diz-me…porquê? Saudade . Diz-me saudade...a onde moras? Porque é que choras’ na minha ausência! Se o tempo passa a correr no teu viver, na minha essência. Vagueio na noite mais fria… sem companhia sou solidão! Tudo se agita, o vento grita… nesta paixão. Traz-me o teu nome que me consome o coração! Vivo de noite e de dia, nesta agonia, nesta aflição! Coloca em mim as amarras com que me agarras? e não me prende! Grito teu nome ao vento e o meu tormento não te surpreende… Este amor assim não passa e não deslaça… do sofrimento, Trago teu nome esquecido! sempre comigo… no pensamento! Fernando Silva

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Sinais… de nobreza! Fui no domingo passado A uma espera de gado No mais puro Ribatejo Entre gente aficionada E outra mais reservada Lá fomos ver o cortejo Um novilho mais audaz Pensou poder ser capaz De entrar na brincadeira Correu para a multidão E a nossa salvação Foi correr para a tronqueira Depois do susto passado Um campino bem falado Abeirou-se e a preceito Isto das esperas de gado É preciso ter cuidado Qualquer novilho tem jeito É assim no Ribatejo Pela lezíria do Tejo Sobe um sol abraçador O campino leva o gado Da charneca a todo o lado Agradecendo ao Senhor Fernando Silva

domingo, 12 de outubro de 2014

Folha... Caída. Uma folha caída... Quase morta! Curvada pelo tempo que passou Hoje... Bateu! À minha porta, Trazida pelo vento que a levou! Foi sombra do cansaço... Dos meus passos! Do sol protegeu o meu olhar, Hoje despregada dos seus braços É uma folha solta a caducar... Não julgues que esta cor... é da saudade! Dos martírios pelo tempo que passei Eis-me chagada a esta idade!... Fui verde ou outra cor? Eu já não sei! Verás outras folhas com certeza... Duvido que elas sejam como eu! O homem destrói a natureza Se precisares de mim... Estou no céu! Fernando Silva

domingo, 5 de outubro de 2014


Quem ama tudo perdoa... Não me perguntes porquê? Gosto de ti... não se vê? O amor não escolhe idade. Amei-te no luar mais frio, hoje teu corpo vazio...no meu mora a saudade! Na sombra dos teus segredos! Ocultaste-me os teus medos...mesmo assim ainda te espero, as cartas que recebi, já não sei se são de ti ou fruto do desespero! O passado não importa! Se bateres à minha porta, vou abri-la podes querer...quem ama tudo perdoa, a solidão me magoa, quero contigo viver. Fernando Silva
Deixei cair essa lágrima,que meu coração apaga... serena no despenhar...foi sentida à partida, confesso, são sinais de vida no meu sofrido penar! Quantas vezes choro e canto...as razões deste meu pranto são sentimentos sentidos! São passagens do passado hoje no futuro chorado, por tantos momentos perdidos. Tua voz me desperta...fazendo a coisa mais certa...pelo longo sofrimento, "deixa lá" meu coração, possuis sempre razão, quando a lágrima chega a tempo! Fernando Silva

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Suplica… à madrugada! Nesta noite que nos abraça… nem um murmúrio que passa, o silêncio em nós se agita! No nosso amor a ficar… na noite no nosso amar onde o silêncio só grita! Já não sei onde te espero! Sem teu corpo desespero No lugar do meu desejo Teu calor quero abraçar A madrugada a chegar Finda o silêncio num beijo Vou pedir à madrugada Que me traga a alvorada Em momentos de frescura Tendo tudo… não tenho nada! No alto da madrugada Se ando à tua procura! Olho o mar que nos abraça Em cada onda que passa Na melancolia da noite Mora sempre uma ameaça Desse mar que nos enlaça Na areia fica o açoite Mesmo que a noite não traga Há tanta luz que se apaga No brilho do teu brilhar Se no mar há tanta vaga Eu peço à noite que traga O sorrir do teu amar Fernando Silva

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Muralhas… Há vida nos teus sentidos Pedaços da tua história São os tempos mais vividos Que não saem da memória Teus olhos são nossa luz Teu corpo é o nosso rio Que à saudade nos conduz Nesse enorme desafio Nas ondas desse teu mar Há formosura e sedução É teu navio a navegar No mar da nossa paixão Nos meus sonhos és sereia A terra que nos criou Em noite de lua cheia És o mar que não findou D. Dinis o Lavrador Fez de ti a nossa glória Jardim da mais linda flor Pedaços de nossa história Fernando Silva

segunda-feira, 29 de setembro de 2014


Caem folhas... Há tanta folha caída No chão do teu lamento Tanto pedaço de vida Derramado pelo tempo Chegou a hora do fim o Tempo tudo levou Caem folhas de mim O vento tudo levou É a esperança que se apaga Vinda de ramos batidos A vida das folhas se acaba Nos sentidos... dos sentidos! Folha caída... vida finda! A terra tem outra cor O sangue corre-lhe ainda Nos balados desta dor Bem-vindo sejas outono Rebentos novos... fadiga! Tantas folha ao abandono Nos balados desta vida Foi verde cor de esperança Viçosa no seu querer E no sangue da vingança É força do seu viver Fernando Silva
Sinto... no silêncio das palavras! Acordo no leito do meu rio, vivo as tuas horas amargas e tristezas em desalinho... Porém as doces frases rosadas, ditas no silêncio, são bramido do desejo! Seguro, pego tua mão e num beijo, beijo o meu mundo. A noite chama-nos e o amor que em nós semeia virou fruto ao nascer! Sinto a água quando passa e o vento que abre a vidraça traz-me recados de ti...Doce é o momento em que beijado pelo vento o meu olhar se consola. Olho o horizonte que fica defronte, onde tu te colocas! Daqui, vejo o meu rio e no mar dos meus desejos vejo-te sereia, princesa dos meus sonhos. A noite, sim a noite és tu, o meu rio és tu, assim como és meu vento, "meu sol" e a sombra onde me deleito e te sonho... Fernando Silva

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Nas tuas mãos. Há essa imagem que me segue e que o meu mais ente persegue.. num amor “extraordinário”. Solta-se a chama mais ardente porque esse amor é somente a essência do meu ser. Serro os olhos e sinto as tuas mãos acariciando meu rosto, ali ficam lentamente como o carinho mais imponente que o ser humano pode ter. Regalo-me e no meu interior há um calor que me aquece nas horas "frias". Tu sabes quando o deves fazer, conheces-me, e, é nestes teus gestos que me apeio e a "noite" jamais terminará para nós dois. Depois, bem depois eu beijo as tuas mãos docemente e agradeço-te num olhar. Quando nossos olhares se cruzam é de amor que falam! Trago a mim o calor dos teus dedos, que tacteiam os meus medos nas saudades dos tempos de criança. Sabes, quantas vezes eu me lembro das mãos que me davam o pão, que o repartiam em pedaços de carinho. Hoje vou ter as tuas mãos nas minhas e ao acaricia-las… vou dizer-te: Obrigado minha mãe. Fernando Silva

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Acontece… De ternura no olhar se desprega da vida…a caducidade assim obriga! Mais uma folha se arranca… outra folha ainda, e, outras que se deslaçam em catadupa! É o outono a chegar, carregado de vento e sem lamento retira da “mãe” mais um “filho” que esvoaça no mar das paixões… e se entrega à terra onde vai ser fertilizante para que outras vidas se ergam na natureza. Prostradas, são suco do solo que as recebe de mão beijada. Despida de tudo… coberta do nada, mais uma árvore que ficou ao abandono neste outono, enquanto sem qualquer agasalho aguarda a chegada da renovação! Fernando Silva

domingo, 21 de setembro de 2014

Meu Tua, minha saudade Solto de paixão Desliza o Tua determinado a …amar As flores, o campo a natureza As águas doces deste rio de …acalmar Que por vezes, corre lentamente vazio Confiando na minha chegada. Este mar de beleza, avolumada Intensamente apaixonado, Num misto de esperança e enternecido Corre o Tua de mansinho e engalanado. A leveza da sua água é contagiante Vai depois, entregar-se ao Douro Oferecendo o seu mais valioso… tesouro A natureza pura desta paisagem Num combinado de ternura e nostalgia Mesmo o mais rebelde dos seres… ele contagia Até para quem o vê de …passagem. Enquanto admiro a sua liberdade Por entre salgueiros e olmos de …saudade Poema: Fernando Silva

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Era noite ou dia? Já não sei…Enquanto… debruçado na janela, ouvia o lamento do vento destroçar as folhas despedaçadas do teu manto, dispersas nos valados desta vida…Conquistada de suor e tanto pranto, acrescido pelo ardo trabalho, que te enobrece… no final desta “canseira,” onde fica a vontade de não partir…! Sereno pranto… adorno fino! Por entre os dedos passavam dores! Dor de dores e dores de amores que a “fúria do vento” quis levar para outros lados… Fiquei só…no meu lamento, enquanto o vento passava, pelo tempo que me restava, até chegar a ti! Agasalhei teu rosto com o calor dos meus beijos e folha a folha, complementamos o maior dos desejos…viver! Fernando Silva

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Luar prateado… Não sei…quando te canto! Nos umbrais do teu encanto Onde a lua me namora Nesse luar prateado O teu olhar é meu fado Minha alma por ti chora Num sinal doce e profundo Neste amor vindo do fundo Que minha voz apregoa O fado corre nas veias Nesse amor que tu semeias A solidão me magoa Há sinais vindos do nada Na noite iluminada Que me levam à loucura Reflexos do teu olhar No teu mais lindo brilhar Cintilam na noite escura Ouço a luz do teu encanto Iluminar o meu pranto Nas sombras da escuridão O sonho comanda a vida A lua por mais sentida Faz brilhar esta paixão Fernando Silva

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O olhar… de nossa mãe! No olhar duma criança Há o poder dessa crença A fé que não termina Como o olhar de nossa mãe Que nos olha mais além Todos os dias nos fascina De joelhos a rezar Estava a criança a chorar Pedindo a Deus Senhor Não deixes esse olhar terminar Quero com ele continuar Eu preciso desse amor Lágrimas de tenra idade Com ele traz a vontade O desejo nessa prece Aqui passa o seu dia Rogando à Virgem Maria Amor de mãe não se esquece Segura na minha mão Reza comigo a oração De louvor a Deus Divino Terá sempre em seu olhar No mais bonito acordar O olhar do “meu menino” Fernando Silva

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Procuro… na noite. Pela noite…abandonada! Disse-me aonde morava, Nos segredos dos seus medos Pela noite destapada... Aquela mulher amada Guardava ali os segredos É rude a vida onde me acamo E aquela mulher que amo Dorme fora do meu ninho Sofre a lonjura da vida Em cada noite vivida Eu vivo sempre sozinho Mau momento…foi-se embora! Já não sei onde ela mora Talvez na esquina da vida Percorro as ruas desertas Mesmo de portas abertas Não vejo a mulher perdida Uma sombra na janela Talvez possa ser ela A mulher do meu encanto Ando na vida à procura Num momento de ternura Encontrei quem quero tanto Fernando Silva

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Acordo na noite… Os vitrais da capela reflectem na solidão do meu quarto! Sinto-te perto de mim, nos meus sonhos flutuas como gaivota. Trazes a liberdade contigo e num desafio arrojado quiseste que seguisse a teu lado! Para onde me queres levar? Perguntei no silêncio, enquanto a noite dorme repousada no meu leito…em voz serena retorquíste: -Levar-te no meu peito e seguir novos horizontes, passar fragas e montes, dormir agarrada a ti, na beira desse meu rio… onde te espelhas e revês e quando em vez a saudade acontece. Ouço o som dum beijo teu e voltei a adormecer! Desejei que o sonho continuasse …enquanto as minhas “asas” batiam no encanto do teu ser. .. Fernando Silva
Nesse Poema Se eu te fizesse um poema, E depois fosse ao cinema Para ver a nossa história Ter o teu nome gravado No mais bonito do fado Os momentos de glória Segurar em tua mão Enquanto ouvia a canção Que o povo mais adora Ouvir Amália a cantar Uma guitarra a trinar E um poema que chora Enquanto os verdes trigais Desabafam os teus ais O sol ilumina a terra Os rios correm pró mar Neste poema a cantar Que tanta beleza encerra Lembro esse canto da sala Onde o amor mais embala Guardo mais recordações Aquele meloso beijo Ditou o nosso desejo Uniu nossos corações Fernando Silva

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Só... com a noite! São as saudades que ficam... vestidas em lençóis de linho! Dormem na noite contigo... despidas, em mantas de espinhos! Porque me levas? saudade! Às ruas da minha infância, onde na pura realidade volto de novo a criança. Cruzei os dias na rua, entre flores e os rochedos! Havia essa imagem tão tua...desvendei-lhe teus segredos, na calçada desenhei passadeiras desse tempo... em cada passo encontrei a beleza do momento. Aqui, porque acontece, na mais nobre melancolia, o momento não se esquece... é vivido dia após dia. Fernando Silva

terça-feira, 29 de julho de 2014

Surge na noite mais inóspita! Na longínqua lembrança... traz as brincadeiras de criança com que sempre sonhou. Vive na distância do mal, entrega-se de corpo e alma a um poema que ladeou a sua vida...Ai, como lembra aquela rua velhinha onde o calor humano o fazia crescer. Ali, agora mora a saudade, até o pião guardou na algibeira da saudade. A bola que foi deixada ao desdém, atirada como pedra em fisga de lembrança e aquela bicicleta própria para criança ainda hoje jaz no recanto mais recôndito do segredo! Cresceu...mas a vontade de ser criança apupa-lhe a mente, e, inocentemente se despede com tudo...sem nada, trazido na madrugada do sonho. Acordou e fez-se noite! Fernando Silva
Aromas da Terra No teu corpo encontro A seiva que alimenta Toda a minha fantasia Aromas do reencontro Que só a terra fomenta Em laivos de nostalgia Horizontes de memória Enriquecem tua história Sucos de terra lavrada Há um sinal lá no fundo Do maior amor do mundo Nasci de “terra dourada” O cheiro a terra regada De lágrimas de saudade Caídas do teu olhar Ser filho de terra erada Senti-lo de tenra idade No mais sentido penar Fernando Silva

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Meu amor Vem ver-me ao cais… Trago ruas no meu peito No meu peito trago um rio A correr para teu leito Num poema a meu jeito No peito trago um navio O barco está de partida Meu amor vem ver-me ao cais Partilhar a nossa vida O barco está de partida Não te vejo nunca mais Ao passar nesse alto mar Onde o mar é mais profundo Não posso para traz voltar Vem comigo partilhar Nem que seja um segundo É no cais da despedida Que meu amor aparece Já não estou de partida Desejo voltar à vida Na vida tudo acontece Deixo correr…no meu peito! O rio que há em nós, Regado desse teu jeito Feito o amor-perfeito, Meu amor, ficamos sós! Fernando Silva

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Neste poema… Meu poema feito neve Deslizando ao de leve Nos lençóis do teu carinho Na brancura desse lema Entre a neve e um poema Vou vagueando… sozinho! Sinto a neve…como cai! Cada pedaço é um ai… Bramido do teu alento São letras da poesia Que me fez voltar um dia Ao sentir do teu lamento Cai branca…branca neve! Neste poema persegue, A mais cândida beleza… Nos versos desta paixão A neve caída no chão É postal da natureza Palavras de poesia Cai branca, gelada e fria A neve do teu encanto São lágrimas do teu pesar A neve no deslizar Humedece o teu pranto Fernando Silva

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Sei, que a força do teu olhar dilata a vontade do meu amar... Trecho desejo na brancura de um sorriso, levado na esperança desse teu olhar... que fita a vida por nós vivida e se arrebata num beijo. Ao longe, avisto o "castelo"... o "rei" saiu e ali ficou! Observou a paisagem e no horizonte avistou a ave que plena de força e magia, esvoaçava pequenos voos, como forma de convite. Acrobacias delirantes num vai e vem fascinante que só o teu olhar capta. É a liberdade que se apaixona no livre voar dos teus sonhos...Hoje é longa a noite. Daqui observo o sublime desse encanto por quem te apaixonas e desejas tanto...nesse meu olhar na tua direção. Chamo-lhe luz, chamo-lhe vida, chamo-lhe amor...que só teus olhos veem como a luz do teu luar na noite do teu brilhar...Sei, que é noite, mas dia me parece! Deus ouviu a minha prece e no maior dos sentimentos tu apareces e me entregas o maior dos tesouros... Fernando Silva

terça-feira, 8 de julho de 2014

É no grito do teu silêncio que escuto a madrugada! Como pássaro livre que voa no firmamento…traz-me de volta essa alvorada, o meu maior tesouro! Diz-me onde estás meu silêncio de ouro, escuto a tua voz no meu pensamento... Fernando Silva

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Enquanto a vida acontece… Caminho na noite que me acalma De olhos voltados para o céu Adeus entrego a minha alma! Na vida… pela vida que me deu. Ao longe uma luz que se acende É tão bonito o seu brilhar Enquanto a candeia no Alpendre Ilumina o nosso caminhar É aqui que o nosso amor floresce Na força desta paixão Enquanto a vida acontece De joelhos rezo a Deus por devoção Adorno os vitrais dessa Capela Espreito a vida pela janela Há preces no teu peito em oração Descubro no mais meloso desse olhar O querer da paixão que nos amarra Desejos de amor a proliferar A força Divina que nos agarra F. Silva
Madrugada…és tu. Aprendi a amar a madrugada, Despida pelo carinho dos meus braços… Nessa noite a mais fria, a mais gelada! Aquecida no silêncio dos teus passos! Na noite uma janela enegrecida Ruge com o vento que ali passa Escuto o sentimento dessa vida O vento-frio que bate na Vidraça Na madrugada percorro o teu leito Vivo na solidão que me amordaça O vento traz o “frio” a meu peito Escuto a tua quando me abraça Lá longe és madrugada…minha vida! Desejo vicioso do meu ser Na noite é lúcida em ti concebida És madrugada no meu amanhecer… Fernando Silva

sábado, 7 de junho de 2014

Que tempo... O tempo foi-se embora e não deixou... a brisa que ao mar me fez voltar! Há tempo em que o tempo sem ti ficou... a vida em mim não tem lugar! É noite neste tempo que me acorda... para a vida lá fora à minha espera! O tempo que à noite me aborda... é o mesmo que à noite me desespera! Lá longe onde sol..."brilha na dor"! sentida pelo tempo que passou... Ficou para sempre esse amor... nem o tempo nem noite... acabou! Retratos de um passado...recente! Trazidos nos aromas da saudade... O vento trouxe a ti nova "semente" E a noite é em tudo liberdade... Que volte esse tempo para sempre... envolto de ternura e muita paz! Que fique neste tempo residente que o tempo deste tempo é capaz... Fernando Silva

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Sonho lindo… Longe vai o medo, onde de te deitas… Tão longe de mim? meu desespero! Na noite é no sonho que tu espreitas! Sedento de coragem eu te espero… Lá longe! o medo não tem nome, É noite e a madrugada… acordada, Tão perto desta dor que nos consome! A bruma e o medo de mão dada Solta-se uma lágrima… corre frio! Já sinto a madrugada livre e louca, Sofro em meu peito, esse vazio… Da fonte dos meus beijos… tua boca! Cai a noite singela e luzidia Perante a saudade dos teus braços Recordo os sonhos desse dia Ouço ao longe o silêncio dos teus passos Terminam teus medos? minha dor! Longe vai o dia em que acordado O mar revolto e em seu redor Traz o “sonho lindo” desejado . Fernando Silva

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Em cada caminho percorrido a aprendizagem nos ensina a contornar os espinhos que pisamos frequentemente. O tempo ensina-nos a dar mais valor à vida. Em cada dia que passa… se torna mais atraente viver, acreditar e conquistar. O quão importante é crer que tudo é possível. A paixão da vida possui mais encanto, o brilhar dos teus olhos conquistam a minha alma. Fernando Silva

terça-feira, 6 de maio de 2014

Não sei... Não sei... Se os meus sentidos desejos! Encontraram os teus beijos… Diluídos na água do mar? Não sei… Onde anda tua ambição Se no bater do coração! Ou nesse “rio” a navegar Não sei… Onde espalhas tua dor E os teus beijos de amor Não os sinto… neste mar! Não sei… Se o vento traz essa aragem e a esta minha passagem pelas frinchas do destino Não sei… Se depois do Sol se pôr A brisa traz esse amor Que sonho desde menino… Não sei... Dos teus lábios de sereia Que beijei sobre a areia Esperam por mim lá fora Só sei… Que faça sol ou faça frio Estarei neste meu rio Sem ti… não vou embora! Fernando Silva

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Passavam vinte minutos e dezanove segundos, das zero horas do dia 25 de Abril de 1974, quando a senha se fez ouvir através da Rádio, era o sinal, o mote... para que os militares envolvidos nesta operação saíssem dos lugares de estratégica rumo à Capital. A primeira quadra de Grândola, "Grândola, vila morena / Terra da fraternidade / O povo é quem mais ordena / Dentro de ti, ó cidade. Era a Democracia a chegar pelas "vozes" das Forças Armadas. Trazida na esperança de quem idealizou e se preparava para derrubar o "regime". A madrugada mais apetecida, mais desejada estava a chegar. Era a "Revolução" que de forma pacifica, acabava com o Estado Novo.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Sem ti...para quê viver! Não sei se lhe chamam vida! ou será esperança perdida? Vivências em desalinho... Há quem lhe chame saudade ou será eternidade, viver no mundo sozinho. A noite é longa e fria... e, sem qualquer companhia... o homem de negro vestido, de olhos postos no céus, faz uma prece prá Deus... enaltece os seus pedidos. Meu Deus não sei rezar... mas há no meu pensar, sentimentos de revolta! Desde que se foi embora, meu coração tanto chora por esse amor que não volta. Faz com que ela ressuscite! e este amor por nós grite... tal é a minha vontade. Meu Deus eu tudo farei confesso que rezarei mas "mata-me" esta saudade... Fernando Silva

quarta-feira, 16 de abril de 2014

A tua voz...delicia Ouço tua voz, suspirando! As saudades da distância E no meu sonho sonhando Recordo a minha infância Silêncio...vozes brilhantes! Pelo seu explicitar Em nosso sonhos fulgentes Ouço a voz vinda do mar Vozes que apregoam vida Sucintas ondas risonhas Na tua voz despida Agrada-me o som que ecoas e quando falas de nós É de amor que apregoas Fernando Silva

domingo, 13 de abril de 2014

Chamei-lhe encantos da Lua Trago segredos da Lua...numa imagem tão tua! Do teu corpo... ainda mais! Nesse corpo de sereia...em noite de lua-cheia Prá onde correm meus ais! Trago saudades da Lua...numa imagem tão nua! despida por meu olhar! e segredos mais escondidos...desses momentos vividos na doce forma de amar! Ando na rua à procura...nas quatro fases da lua! Onde mora o teu olhar! encontro no teu encanto...as razões deste meu pranto! nesse teu corpo de amar... Procuro na madrugada...a Lua por mim amada! Brilha em tua direção... Traz o luar desse agosto... a primavera no rosto! desse brilhar de paixão! Fernando Silva

sábado, 5 de abril de 2014

Vida... É noite e a madrugada mais despida...leva o luar à tua rua, nasce na viela outra vida, dormiu nos quartos da "lua"! Nas tuas mãos há mais vida, nas tuas mãos enorme lavor, mulher, mãe, mãe-querida, nesse teu corpo há amor! O sonho comanda a vida, o sangue em ti fervilha...a tua alma sentida é amor que em ti partilha. São teus esses momentos...de alegria e dor...sublime dos sentimentos, nas tuas mãos há amor. "Obrigado minha mãe pela vida". Fernando Silva

sexta-feira, 4 de abril de 2014

No cais da partida… Já vejo a tua partida Ciente da tua ausência Sem ti não tenho vida Tu és a minha essência No cais, esperam por ti! As ondas que em ti navegam, Do cais ainda há pouco vi As lágrimas de ti se despregam Partir é saudade na proa Ficar… é revolta sentida! Daqui desta Lisboa Assisto à tua partida Não vás agora, fica um pouco mais! Se vais embora… a tristeza fica no cais! A saudade agarra, o amor é louco… Segura essa amarra …espera mais um pouco! Fernando Silva

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Mágico. Mágico é o momento Que encontro no tempo Do teu acordar Navego no rio tão sereno Neste tempo tão ameno Quero ter o teu brilhar Agora, que o céu já não chora E mundo cá fora Tem brilho de amor Há um momento desejado Neste tempo almejado Onde tu és minha flor Abraço, o teu corpo de flor! Com pétalas de amor Sigo sorridente Neste barco que navega E nosso amor carrega Neste fluir evidente Tu és a flor Da mais bela roseira Sentimento de amor Para a vida inteira Regada por mim No meu sentido Neste meu jardim Jardim florido Fernando Silva

sexta-feira, 28 de março de 2014

Vozes… no vento! Escuto a voz do vento… que me chama! Lá longe onde frio é mais intenso Não passa por mim a tua chama Inóspita solidão, frio imenso! É noite e a madrugada é tão fria Gela meu corpo inerte neste espaço O vento entoa o frio da agonia Ouço ao longe o meu “cansaço” Rasgo a solidão que há no meu peito Devasto as sombras do teu corpo É noite e os fantasmas a teu respeito Deambulam pelas estradas meu conforto Há sinais que me levam à loucura Gemidos aflitos de quem me ama Nas ruas do amor quem me procura? Eu sinto ao longe a tua chama… Ouço ao longe a tua voz que me acende A noite das sombras mais sombrias Nas trevas do teu corpo que se prende Assiduamente nas minhas fantasias! Fernando Silva

quinta-feira, 27 de março de 2014

Tu" és Meu Rio. "Meu rio" por onde vais? Estou junto do caís esperando por ti, "meu rio" tu és a dor, a imensidão do amor onde me perdi... "Meu rio", tu és a fonte no meu horizonte a minha saudade... meu rio, tu és meu leito, e no bater do meu peito bate amor de verdade... Meu rio, regressa à foz! porque entre nós não há lonjura... segura minhas amarras com tuas garras e me procura... "Meu rio" tu és minha vida a chegada e a partida num abraço apertado navego de olhos tristes! tu em mim existes quero-te a meu lado... Fernando Silva
Gota de Vida Uma gota de amor Termina o sofrimento Dessa tão enorme dor Finaliza o lamento Um coração a bater Por outro que sabe gostar Bate mais se reconhecer Aquele que o sabe amar Amar é vida por vida A vida gosta de amar E sem contrapartida Uma gota te vou dar O maior gesto da vida Dar vida a quem necessitar Numa gota tão sentida Sinto o peito… amar Fernando Silva

terça-feira, 25 de março de 2014

Rasgo o meu olhar pela distância... e, nesse sonho de criança, agarro a virtude de te ter...talvez a lonjura do meu pranto falem mais alto! Talvez a Rainha do meu encanto se faça ouvir desse planalto! Onde há vida, nobre, talvez rude? talvez pobre? mas, saudável, onde a inquietude da vida nos devolve de seguida a razão de amar...sim amar, amar esse lugar, onde o sol rebrilha nos penhascos luzidios, das flores dos regadios, onde me cheira à humidade da terra orvalhada por teus olhos, sigo no trilho dos caminhos sugeridos por teus escolhos! Acompanho o declive da água que visita os campos bucólicos onde sereno o meu olhar te felicita e te jubila... Fernando Silva

sexta-feira, 21 de março de 2014

Feito…mar! Deixei meu poema… te amar! Como se juntos amassemos tantas vidas…Esse meu poema feito mar! Da força e da paixão tão concebidas! Meu poema laço de ternura…vindo de teus braços que são mar, Apaixonado pela vida que procura, neste meu poema feito de amar, Escrito por entre a moldura primaveril que o tempo jamais apagará! Palavras de um amor tão febril…sentidas neste quadro que vencerá… Na vida de quem ama a Liberdade, de ser livre e amar eternamente Neste meu poema feito mar, onde por ti navego suavemente. Fernando Silva

domingo, 16 de março de 2014

Não sei! Se é chão onde me deito; se será obscuridade que trago dentro do meu peito, Talvez seja água-pura que me leva à procura da cristalina ternura onde desejo estar., São ondas de prazer que me levam à brancura da tua alma. Quiçá sejam nuvens de sonho ou talvez a melancolia que se apoderou do meu ser! Talvez, talvez possamos viver nos campos verdejantes como verdadeiros amantes que a natureza criou. Se assim não for! onde tu estiveres... eu estou! Fernando Silva

terça-feira, 11 de março de 2014

Se acontecesse... Lá longe...onde o sorriso acontece, já nem a noite adormece no colo da solidão! Há passos que vão na rua Acompanhados pela lua onde a noite é escuridão... Escuto... ao longe o gemido! e de coração partido! vou em busca do desejo... o vento traz teu encanto na alma deste meu canto leva o som de mais um beijo Se a noite... fosse Luar! rendida no teu brilhar, cobria os campos floridos mesmo que vento passasse e minha alma encontrasse teus lábios apetecidos Ouço o som... dos pensamentos! Ecoa aos quatro ventos porque na noite acontece nas ruas por onde passas és a luz que me abraças e o amor nunca arrefece... Fernando Silva
Nos teus lábios… Quatro pétalas de sabor Unidas num grande amor Em adocicado beijo Quando as bocas se apegam É amor, o que segregam! Em profícuo desejo… Nesse beijo em que a vontade Passa pela necessidade Num campo de verde florido Eu pássaro livre voando E nossas bocas beijando Neste anseio assumido Na noite o beijo é luz E os passos que nos conduz Aos braços da sedução São lábios…botões de rosa Uma paixão desejosa Nesta sede tentação Nos teus lábios há sabor São pétalas desse amor Uma sede desejada Se os lábios são sedução Sinto no meu coração A tua boca beijada. Fernando Silva
Desta Janela… Desta janela…observo a vida! Lisboa nesta Avenida Contemplo no meu olhar A paixão que o Tejo abraça É sedução que se enlaça Numa chama à beira-mar Há num banco de jardim Uma miséria sem fim A quem a vida atraiçoou Nas ruas desta amargura Também existe ternura Neste amor que tanto amou Há sinais na madrugada Nestas ruas sem nada Cheias de coisa nenhuma Pintadas nesta aguarela Observo desta janela O Tejo a sua espuma Agita-se em mais um beijo E o seu maior desejo É namorar eternamente Esta cidade encantada Tem tudo não tendo nada E entoa alegremente Pelas ruas mais escurecidas Onde mexem outras vidas Lisboa toda se agita E o Tejo seu namorado Caminha de braço dado Neste amor que tanto grita Fernando Silva

segunda-feira, 10 de março de 2014

É DIA DA MULHER É dia, E uma lágrima cai, Do rosto mais lindo Que a vida nos deu, É a alegria que ali mora De felicidade chora Por outro amor que nasceu… E a mulher que a nós se apega, Durante nove meses carrega A semente que é vida, Neste jardim em flor Mulher flor concebida No canteiro desse amor… Um beijo, Seu rosto afaga A alegria propaga Pelas ruas da vida… É a mulher minha mãe Que chora como ninguém Pela vida de si nascida… Mãe, A ti eu agradeço E ao meu Pai reconheço Todo o amor dedicado… Sou filho desse amor tão verdadeiro Onde nasceram desse canteiro Filhos no amor fortificado… Depois, A vida deu-me a conhecer Essa linda mulher Que quero para vida inteira Uma flor de tanto amor Mulher, mãe, companheira. As flores De ti nascidas São as filhas mais queridas São tudo para nós dois Neste amor que vai crescendo E ficará para depois… Depois, Porque a vida acontece E nosso amor merece Continuar a sorrir Seremos a paixão, a felicidade por ver outra flor florir.. Fernando Silva

quarta-feira, 5 de março de 2014

Empecilho… Num olhar chamas a vida… A vida que mais desejas! E duma forma contida Dás luz à própria vida, Neste mundo de invejas! Corre a mágoa no teu corpo... Na luz da tua cama! Neste banco teu conforto, Ninguém afaga teu rosto, No rosto da tua chama. Há dias…que nem conheces! Um sorriso ternurento Fazes ao céu tantas preces… No banco que tanto aqueces A chama do sofrimento. Olham com enorme… desdém! Na vida és empecilho… Porque a própria vida tem Tantos filhos da mãe, A quem a mãe chama filho… Fernando Silva

terça-feira, 4 de março de 2014

Sigo na noite… Detenho-me por uns instantes, algo me faz recuar no tempo! A água da fonte ecoa em tom sereno…ping… ping… ping, uma e mais uma, mais outra gota de água se junta. Lembro-me de mim! Da minha meninice, do jogo da bola no terreiro, da cabra-cega, do peão e das conversas ao serão! A lua que me enlaça num abraço apertado, segue-me por tudo quanto é lado. Não se afasta, embora longe, está tão perto de mim. A água desliza silenciosamente por entre os canaviais do tempo, o vento sopra-me ao ouvido e traz recados teus…Fecho os olhos e rejuvenesço, deitado nos valados da vida onde te encontras! Bela, doce, luzidia…vai a noite chega o dia e tu ali risonha…como quem sonha o sonho mais apetecido. Na minha chegada fecha-se a porta, talvez o vento? Enquanto do outro lado da vida a fonte escuta os meus rumores, e tu, que vives de amores, abres a tua janela e eu subo a escadaria de pedra e encontro essa janela! Enquanto a água ecoa! Ping…ping…ping. O amor acontece… Fernando Silva

segunda-feira, 3 de março de 2014

Belos tempos... Contigo! No horizonte...percorro os caminhos da fonte, onde a água é cristalina! Vou dar de beber à minha dor! Nos lábios fica o sabor daquela água da mina. Sigo os caminhos da eira em amena cavaqueira... saboreio daquelas cerejas?, vou pela volta dos tristes, como tu me pediste, amar é quanto desejas. FernandoSilva

sábado, 1 de março de 2014

Pedaços de mim. Há um grito de revolta no meu peito, que se agita e provoca raiva de mim, pelo tempo em que afastados ficamos sem nos falarmos. Senti ali que não tinha desculpa para o teu sofrimento, sentia-me responsável pela deterioração deste espaço... que ambos criamos, com lavor, no amor e na paixão.
“No fado das nossas vidas” Fizeram de mim... Poeta louco! Confidenciaram-me há pouco Fiz um poema bonito... Rimei grades com Liberdade Capital com Igualdade Da tristeza fiz um grito Andei na noite mais fria Enquanto eu escrevia A lua murmurava baixinho “No fado das nossas vidas” As pessoas mais queridas Ficam no nosso caminho A vida só tem valor... Ao conceber-se esse amor! Seja de forma abrangente A vida seja a melodia E que não passe um só dia Que nos torne deprimente Pergunto por mim agora! Na saudade onde mora... Esse poeta tão louco Percorre as veias da vida Anda na rua mais querida Disseram-me ainda há pouco Fernando Silva
Percorro os sonhos...dos teus sentidos, encontro o encanto do teu corpo... faz dias quando a tristeza se sentou comigo à mesa...fiquei nesse desconforto! Vi teu rosto sereno e puro, tateei-o com a leveza dos meus dedos e ao de leve entrei no paraíso...carregado de afeto, depositei confiança. Na imensidão da paz, chamei a vida e tu apareceste, vinda dos caminhos iluminados pela Lua que nos enamora vida fora...No mar azul dos teus olhos vi a felicidade dos meus. E ali ficamos lado a lado a contemplar esse amor que nos corre nas veias. Depois, sim depois, de mim nasceu a semente que carregaste nesse teu canteiro que trouxe o nosso cheiro... F. Silva

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

As amendoeiras em flor são por excelência um acontecimento digno de se ver. Nesta época, em Trás-os-Montes, produzem uma beleza impar no que concerne à natureza. As amendoeiras em flor ficam na retina dos visitantes que emergem a estes lugares, fazendo com que as gentes transmontanas se apeguem na demonstração dos vários produtos regionais. Desde logo o Azeite, bem como o vinho, o mel, os produtos hortícolas, os enchidos, produtos de artesanato, são fonte de rendimento por aquelas paragens e fazem as delícias de quem procura tais produtos. A sua beleza, os seus monumentos, a sua gente e como não podia deixar de ser a sua grande variedade gastronómica e paisagística, fazem de Vila Flor um jardim digno de ser visto. Visite Vila Flor e prove do melhor que as suas gentes preparam para quem os visita. Fernando Silva
Cegamente… Descuidado! Já não ouço a tua voz Vinda da noite mais fria As ondas falam de nós Em perfeita harmonia Ouço em mim um tal bramido É sofrimento e agonia As ondas fazem gemido Na tua voz melodia Cegamente descuidado A areia toca meus pés Tu estavas a meu lado No desfazer das marés O turbilhão vindo do mar Oscila nosso navio Um abraço de embalar Perdeu-se nesse vazio O sonho comanda a vida Amor é fogo que arde Nesta paixão concebida Que a chama não se apague Fernando Silva

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Horas nefastas Minha Ribeira "vazia" há quanto tempo não via a razão desse teu pranto Choraste lágrimas a fio ficaste nesse vazio perdeste todo o encanto Hoje choras as saudades todas as adversidades que encontraste no caminho não vejo a força da vida que tinhas em ti contida roubaram-te todo o carinho Choram as pedras já gastas lembram as horas nefastas nesse caminho perdido deste vida sem retorno ficaste ao abandono nesse porto tão sentido Foste espelho de água possuis em ti a mágoa de trilhos mal escolhidos quero ser o teu nascente a tua água corrente em todos os sentidos Fernando Silva

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Minha Terra... Minha gente! Hoje o mundo de olhos em ti passa pela T.V.I. a beleza em ti concebida há sorrisos nesta hora e por esse mundo fora a saudade é tão sentida Minha terra postal ilustrado o teu ser idolatrado por teus filhos radiantes hoje a flor da amendoeira amanhã de outra maneira tens momentos hilariantes Vais mostrar a todo o mundo um sentimento profundo que dá vida à própria vida nos farrapos da memória é tão linda a tua história Rainha,paixão tão querida Tuas ruas possuem beleza A Vila tão Portuguesa No reino maravilhoso há canteiros de flores teus verdadeiros amores nesse recanto ditoso Olho agora com saudade os ramos em liberdade... que florescem, terra ardente! Aos meus olhos és amor da mais sentida dor minha terra... minha gente! Fernando Silva

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Campos floridos de esperança... talhados de luz e cor, num manto branco pintado salpicado de rosa-cor em cada flor. Nascidas da ternura em que a natureza produz requintes de sublimidade e se espelham por esses campos floridos. O olhar leva-me à serra onde a beleza impera dum branco sarapintado...num contraste... quase perfeito! Há como um xadrez montado nos valados da ternura que nossas retinas memorizam como postal de enorme beleza. Aromatizam os campos esses regatos de encanto, onde a beleza é mais bela, são retratos pintados na mais fascinante aguarela. São flores, vidas da serra, trazidas pela mão do vento, caem na ruas da terra e completam a mais preenchida carpete, com enfeites naturais é imagem que jamais sai do nosso olhar, visto desta janela chamada Flor. Estendo o olhar e no mais bonito acordar vejo o branco desta candura, entre as oliveiras e a verdura. O perfume enche os campos, emerge a beleza nas terras abastecidas e salutares, mais parecem altares de formosura campestre, onde no acordar das manhãs a vida se enche de cor, trazida de linda flor, nascida da amendoeira. São ramos cobertos de flores, regados pelos raios de sol, onde a vida se espelha e connosco partilha imagens únicas.
Amendoeira em “Flor” Fui semente neste campo, Cresci na pura natureza, Nascida de grande encanto Sou postal nesta pureza. Cresci nos valados da vida, Alimentei-me de amor, A árvore em mim concebida É a mais linda “flor”. Há perfume nos recantos Desta terra protegida Pelas flores do meu encanto Nesta árvore em ti erguida Bebi da água do céu Alimentei os meus braços Cada dia sou mais eu Feita de carinhos e abraços Perfumo estes campos viçosos De branco e rosa pintados Fortificados e preciosos Nestes chãos… estimados Uma flor ao vento nascida Regada pelas lágrimas de nostalgia Aromatiza os campos desta vida Que Deus criou em harmonia Sou um postal ilustrado “Sou Amendoeira em flor” Neste canto jubilado Pelos campos de Vila Flor O fruto em mim nascido Alimenta e cuida a fantasia, Por estes campos colhido A minha chama alumia… Fernando Silva
No teu sorriso… No sorrir do meu sorriso, Um sentimento preciso Faz sorrir seu coração, Neste tempo que demora Não quero que vá embora Fica amor… minha paixão! Vou sorrir aos quatro ventos Unidos nos sentimentos Que movem esta emoção Quero ver você sorrir Para nunca mais partir Deste pobre coração Esse sorriso tão lindo Parece que está ouvindo Palavras de aconchego Quero ter o teu sorrir E o teu corpo sentir No mais puro chamego Meu sorriso é seu abraço Forte neste nosso amasso Quero teus lábios sentir No mais puro sorriso Porque também eu preciso Ver teus lábios a sorrir Fernando Silva

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Gritos do mar. Trago a noite nos meus dedos O teu nome nos sentidos... Trago em mim os teus segredos Em mim trago teus gemidos Ouço a voz vinda do mar No carinho dos teus braços Sigo neste navegar Contigo nos teus abraços Não sei.... se noite se dia? O tempo corre lá fora Sem a tua companhia O tempo sem ti demora Dá-me apenas um sorriso Nem que seja ao de leve Meu amor... o teu preciso! O teu amor me persegue Juntos neste navegar... O mundo fica lá fora Ouço os gritos do mar Meu amor... não vás embora! Entre ventos e marés, Ouço o som dos teus beijos Tenho o mar a meus pés Teus lábios em meus desejos... Fernando Silva

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

No seu sorriso... Cabelos ao vento paro um momento que lindo sorriso... mulher mais bonita no amor acredita tudo isto é preciso! Seu olhar tão doce... quem dera que fosse em minha direção, sabes meu caminho sigo aqui sozinho vivo de ilusão! Não quero saber, o que já passou nem do seu passado você é a razão porque o coração bate apaixonado Olha seu caminho com esse jeitinho de mulher formosa quero esse abraço neste forte amasso você é apetitosa... Fernando Silva
Já nem sei como és! Mulher apaixonada nas marés da nossa fantasia...meu alimento, meu dia, o pedaço de vida que em minha vida entrou, o sonho sonhado que o amor sonhou...Pedaço de mau caminho...És tudo que eu preciso. Preciso ver você, pergunto quando a gente se vê?, Para amar não há barreiras. Quero ser o sonho mais bonito em sua vida e não momento medonho sentido, que arrepia nesta minha forma de estar. Se sou luz dos teus sonhos... tu és água onde meus lábios humedecidos saciam a sede de quem te quer amar. Já não sei quem sou...onde estou! Para onde vou? Quero o calor dos seus braços e te poder beijar com fortes abraços, no calor da paixão e te entregar meu coração. Fernando Silva

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Janela para o Tejo. Daqui desta Lisboa, do bairro da Madragoa vejo o Tejo a namorar, dá beijos nesta cidade lembra-lhe a mocidade na Avenida a passear Vejo os barcos no Tejo e no sorrir de um desejo peço ao sol que tanto brilha reflete nas sete colinas e no cantar das varinas Lisboa és maravilha És cidade encantadora linda e acolhedora à beira do Tejo erguida vestes a saia de chita cada dia mais bonita cidade da minha vida... Se te pudesse segredar no mais sentido morar na rua dos teus abraços pintava desta janela a mais bela aguarela e corria para teus braços Lisboa, tu és garrida cidade da minha vida que o Tejo quis beijar... No Terreiro do Paço segura num forte abraço está Lisboa a namorar. Fernando Silva
Percorro a noite...o que me conforta? Caminho na vida onde fui deixada, ocultaram-me o perigo dos espinhos e nesses caminhos fui abandonada.Pensava que a vida era um mar de encantos, e, hoje perdida de lágrimas e prantos, encontro na esquina que a vida me deu, o olhar cético de quem me procura e por momentos também eu sou loucura. Sou a heroína que tu consomes, o prazer da carne que tu devoras, em minha direção há um olhar desconfiado, este é meu vício e daqui me sustento,são espinhos da vida que a vida me deu,quis contorná-los mas não consegui...e daí meu lamento! Fernando Silva

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Na noite fria gelada, o banco de jardim é a minha cama,lavada pela chuva, aquecida pelo esquecimento de quem nos (des)governa. Lá trás, mora o meu saco vazio, que não é azul...mas de outra cor, tudo depende do tempo, por vezes é amarelo como o sorriso de quem passa e me olha com desdém. Sinto que todos conhecem a minha casa, vista de fora é um livro aberto, vista deste lado é a melhor cama do mundo, onde partilho momento únicos. É assim dia após dia, o telhado é de estrelas, onde o luar brilha e me conforta. De quando em vez, namoro... a lua! O vento também faz um ar...da sua graça e quando passa barre a poeira deixada na miséria. Fernando Silva

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Encanto Enfeitiçado Esta paisagem me encanta! Este perfume me fascina Esta terra que canta… Este lugar me domina. No meu pensamento trago Inalterável e afetuoso, O teu encanto enfeitiçado Neste ciclo tão espinhoso… E, este meu pensamento. No seu rigor por ti proclama No seu melhor entendimento Na força da sua chama. Que o luar enobrece! No mais bonito brilhar, No dia quando amanhece No mais agradável proliferar Para os reflexos da vida Entender melhor o mundo Enfeitiçado fiquei Neste encanto vagabundo Fernando Silva Minha terra “Deixo-te este poema”.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Escuta... Escuta o meu pranto Nesta guitarra a trinar E o teu encanto Que toca no meu cantar Escuta agora A razão desta agonia Não posso passar um dia Sem ti, não vás embora. Este poema é retrato marcado Valeu a pena, teres ficado a meu lado. A noite desperta... Depois do dia findo! A noite certa, no teu encanto tão lindo. A tua clemência, rima com a minha dor Na inocência de um desejo meu amor Escuta agora Um poema... de ti nascido! Nesta guitarra que chora O amor por mim sentido Traz meu retrato Envolto nesta ternura Neste nó que não desato Nos fantasmas que procura Respeita meu pranto Neste poema cantado O respeito com que te canto Neste encanto encantado... Fernando Silva
Encanto...encantado Ando na noite à procura não me importa a lonjura sem ti não sei viver percorro desta distância mas regresso à infância de ti não me vou esquecer fixei-me na azinheira por ser a vez primeira que ali fui perguntar pela lenda da serpente e num ar comovente alguém me queria beijar Não sei se loira! se branca! mas duma forma tão franca estendeu-me a sua mão falou-me de encanto encantado fiquei tão emocionado não pude dizer que não... abriu-se a porta da mina não sei se seria minha sina! nem sequer o que me esperava... entrei num túnel tão escuro não sei se era o futuro que a vida me reservava ouviu-se a voz do encanto e no mias rudimentar espanto alguém falou a correr a porta vai-se fechar só quem sabe aqui chegar poderá vir a vencer pensei ser a própria vida naquela mina contida que trazia fortes laços deu-me um beijo adocicado ficou o encanto encantado e eu caí para seu braços. Fernando Silva

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Guardado em teu nome… É longa a noite onde me deito Nas sombras dos carinhos fugidios Se à noite tenho enorme respeito Acordar só neste leito São eternos calafrios Há uma luz na noite morta Num silêncio que se torna arrepiante Há um bater suave à minha porta Seja quem for… não importa, Só tu… és importante! Solta-se um grito no meu quarto desnudado Sofro gemido em meu próprio leito De onde vem tão inesperado brado? No meu quarto deitado Ouço tua voz dentro do peito É a saudade que me traz o carinho O grande amor que vivemos lado-a-lado Na noite… aqui fico sozinho! À procura do carinho No teu nome guardado… FernandoSilva

sábado, 4 de janeiro de 2014

Malas de esperança! Malas de esperança, passaporte aberto Já não são criança sabem o lugar certo Partem à conquista de um país amigo De braços abertos e de bem consigo... Elos que chegam na brancura dum beijo Falam de saudade voltar é desejo Trazem este país agarrado ao peito São emigrantes de enorme respeito Estudou aqui fez sua formação É qualificado quer ganhar seu pão Adversidades impostas na vida Não pode exercer está de partida À noite bem noite. Há um lugar vazio! No seu pensamento mora um desafio Bate-lhe a saudade desperta-lhe o amor Reza baixinho sua enorme dor Ouve “A Portuguesa”, pela televisão, Lágrimas, tristeza são de coração... São os emigrantes, são nossa raiz A viver tão longe do nosso país. O saco às costas, vão pela madrugada Governar a vida aqui não tem nada Finda a noite, nasce de novo a vida Mais um Português que está de partida. Fernando Silva

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Despida pelo vento. Há uma árvore despida... no meio da rua! E uma alma perdida vestida... tão nua! Nos lençóis do passado foi pura magia Nascida da esperança vive a nostalgia As folhas desprendem-se do lençol da esperança caídas no chão vivem de amarguras Levadas pelo vento terminam a abastança Deixaram de ter a doce ternura Pelos montes e vales há sangue derramado saído das folhas que agora falecem Há sinais de vida no vermelho dourado Deixado nos campos, há outras folhas que nascem. A árvore despida já recebeu a herança Crescem pelos ramos as folhas de pranto Nascidas na vida da cor da esperança É a natureza no mais sublime encanto As ruas desertas já não têm vida A nudez da rua é mais cansativa E alma perdida por quem foi vestida? Pelas flores do campo ou pelas folhas sem vida? Há vida lá fora e a alma perdida Vestida de esperança de esperança despida Nasce na caruma da raiz do tempo Vive num pranto, vestida pelo vento... Fernando Silva

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Perfeita harmonia. É noite e à luz da vela... Torna-se dia! Na noite o pensamento é sublime e luzente. Há uma paz em perfeita harmonia Trazida na luz, vestida de vida fulgente... Chove lá fora e na luz mais desperta... O amor que ali mora tem a porta aberta Num sinal de vida voando no espaço Numa paz refletida num enorme abraço Há chuva de estrelas que brilham na luz Há beijos melosos em lábios dourados A paz e o amor que no mundo conduz Os crentes na vida são abençoados Cresce na noite a vontade e o querer Trazida do dia onde a noite se abraça A luz da vida é o nosso maior poder Refletida em momentos que a luz enlaça Arde a fogueira e num brilhar intenso Luzem no céu estrelas fulgentes Dão as boas vindas ao amor imenso Que a luz ilumina almas cintilantes Fernando Silva