sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
As amendoeiras em flor são por excelência um acontecimento digno de se ver. Nesta época, em Trás-os-Montes, produzem uma beleza impar no que concerne à natureza. As amendoeiras em flor ficam na retina dos visitantes que emergem a estes lugares, fazendo com que as gentes transmontanas se apeguem na demonstração dos vários produtos regionais. Desde logo o Azeite, bem como o vinho, o mel, os produtos hortícolas, os enchidos, produtos de artesanato, são fonte de rendimento por aquelas paragens e fazem as delícias de quem procura tais produtos. A sua beleza, os seus monumentos, a sua gente e como não podia deixar de ser a sua grande variedade gastronómica e paisagística, fazem de Vila Flor um jardim digno de ser visto. Visite Vila Flor e prove do melhor que as suas gentes preparam para quem os visita.
Fernando Silva
Cegamente… Descuidado!
Já não ouço a tua voz
Vinda da noite mais fria
As ondas falam de nós
Em perfeita harmonia
Ouço em mim um tal bramido
É sofrimento e agonia
As ondas fazem gemido
Na tua voz melodia
Cegamente descuidado
A areia toca meus pés
Tu estavas a meu lado
No desfazer das marés
O turbilhão vindo do mar
Oscila nosso navio
Um abraço de embalar
Perdeu-se nesse vazio
O sonho comanda a vida
Amor é fogo que arde
Nesta paixão concebida
Que a chama não se apague
Fernando Silva
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Horas nefastas
Minha Ribeira "vazia"
há quanto tempo não via
a razão desse teu pranto
Choraste lágrimas a fio
ficaste nesse vazio
perdeste todo o encanto
Hoje choras as saudades
todas as adversidades
que encontraste no caminho
não vejo a força da vida
que tinhas em ti contida
roubaram-te todo o carinho
Choram as pedras já gastas
lembram as horas nefastas
nesse caminho perdido
deste vida sem retorno
ficaste ao abandono
nesse porto tão sentido
Foste espelho de água
possuis em ti a mágoa
de trilhos mal escolhidos
quero ser o teu nascente
a tua água corrente
em todos os sentidos
Fernando Silva
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Minha Terra... Minha gente!
Hoje o mundo de olhos em ti
passa pela T.V.I.
a beleza em ti concebida
há sorrisos nesta hora
e por esse mundo fora
a saudade é tão sentida
Minha terra postal ilustrado
o teu ser idolatrado
por teus filhos radiantes
hoje a flor da amendoeira
amanhã de outra maneira
tens momentos hilariantes
Vais mostrar a todo o mundo
um sentimento profundo
que dá vida à própria vida
nos farrapos da memória
é tão linda a tua história
Rainha,paixão tão querida
Tuas ruas possuem beleza
A Vila tão Portuguesa
No reino maravilhoso
há canteiros de flores
teus verdadeiros amores
nesse recanto ditoso
Olho agora com saudade
os ramos em liberdade...
que florescem, terra ardente!
Aos meus olhos és amor
da mais sentida dor
minha terra... minha gente!
Fernando Silva
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Campos floridos de esperança... talhados de luz e cor, num manto branco pintado salpicado de rosa-cor em cada flor. Nascidas da ternura em que a natureza produz requintes de sublimidade e se espelham por esses campos floridos. O olhar leva-me à serra onde a beleza impera dum branco sarapintado...num contraste... quase perfeito! Há como um xadrez montado nos valados da ternura que nossas retinas memorizam como postal de enorme beleza. Aromatizam os campos esses regatos de encanto, onde a beleza é mais bela, são retratos pintados na mais fascinante aguarela. São flores, vidas da serra, trazidas pela mão do vento, caem na ruas da terra e completam a mais preenchida carpete, com enfeites naturais é imagem que jamais sai do nosso olhar, visto desta janela chamada Flor. Estendo o olhar e no mais bonito acordar vejo o branco desta candura, entre as oliveiras e a verdura. O perfume enche os campos, emerge a beleza nas terras abastecidas e salutares, mais parecem altares de formosura campestre, onde no acordar das manhãs a vida se enche de cor, trazida de linda flor, nascida da amendoeira. São ramos cobertos de flores, regados pelos raios de sol, onde a vida se espelha e connosco partilha imagens únicas.
Amendoeira em “Flor”
Fui semente neste campo,
Cresci na pura natureza,
Nascida de grande encanto
Sou postal nesta pureza.
Cresci nos valados da vida,
Alimentei-me de amor,
A árvore em mim concebida
É a mais linda “flor”.
Há perfume nos recantos
Desta terra protegida
Pelas flores do meu encanto
Nesta árvore em ti erguida
Bebi da água do céu
Alimentei os meus braços
Cada dia sou mais eu
Feita de carinhos e abraços
Perfumo estes campos viçosos
De branco e rosa pintados
Fortificados e preciosos
Nestes chãos… estimados
Uma flor ao vento nascida
Regada pelas lágrimas de nostalgia
Aromatiza os campos desta vida
Que Deus criou em harmonia
Sou um postal ilustrado
“Sou Amendoeira em flor”
Neste canto jubilado
Pelos campos de Vila Flor
O fruto em mim nascido
Alimenta e cuida a fantasia,
Por estes campos colhido
A minha chama alumia…
Fernando Silva
No teu sorriso…
No sorrir do meu sorriso,
Um sentimento preciso
Faz sorrir seu coração,
Neste tempo que demora
Não quero que vá embora
Fica amor… minha paixão!
Vou sorrir aos quatro ventos
Unidos nos sentimentos
Que movem esta emoção
Quero ver você sorrir
Para nunca mais partir
Deste pobre coração
Esse sorriso tão lindo
Parece que está ouvindo
Palavras de aconchego
Quero ter o teu sorrir
E o teu corpo sentir
No mais puro chamego
Meu sorriso é seu abraço
Forte neste nosso amasso
Quero teus lábios sentir
No mais puro sorriso
Porque também eu preciso
Ver teus lábios a sorrir
Fernando Silva
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Gritos do mar.
Trago a noite nos meus dedos
O teu nome nos sentidos...
Trago em mim os teus segredos
Em mim trago teus gemidos
Ouço a voz vinda do mar
No carinho dos teus braços
Sigo neste navegar
Contigo nos teus abraços
Não sei.... se noite se dia?
O tempo corre lá fora
Sem a tua companhia
O tempo sem ti demora
Dá-me apenas um sorriso
Nem que seja ao de leve
Meu amor... o teu preciso!
O teu amor me persegue
Juntos neste navegar...
O mundo fica lá fora
Ouço os gritos do mar
Meu amor... não vás embora!
Entre ventos e marés,
Ouço o som dos teus beijos
Tenho o mar a meus pés
Teus lábios em meus desejos...
Fernando Silva
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
No seu sorriso...
Cabelos ao vento
paro um momento
que lindo sorriso...
mulher mais bonita
no amor acredita
tudo isto é preciso!
Seu olhar tão doce...
quem dera que fosse
em minha direção,
sabes meu caminho
sigo aqui sozinho
vivo de ilusão!
Não quero saber,
o que já passou
nem do seu passado
você é a razão
porque o coração
bate apaixonado
Olha seu caminho
com esse jeitinho
de mulher formosa
quero esse abraço
neste forte amasso
você é apetitosa...
Fernando Silva
Já nem sei como és! Mulher apaixonada nas marés da nossa fantasia...meu alimento, meu dia, o pedaço de vida que em minha vida entrou, o sonho sonhado que o amor sonhou...Pedaço de mau caminho...És tudo que eu preciso. Preciso ver você, pergunto quando a gente se vê?, Para amar não há barreiras. Quero ser o sonho mais bonito em sua vida e não momento medonho sentido, que arrepia nesta minha forma de estar. Se sou luz dos teus sonhos... tu és água onde meus lábios humedecidos saciam a sede de quem te quer amar. Já não sei quem sou...onde estou! Para onde vou? Quero o calor dos seus braços e te poder beijar com fortes abraços, no calor da paixão e te entregar meu coração.
Fernando Silva
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Janela para o Tejo.
Daqui desta Lisboa,
do bairro da Madragoa
vejo o Tejo a namorar,
dá beijos nesta cidade
lembra-lhe a mocidade
na Avenida a passear
Vejo os barcos no Tejo
e no sorrir de um desejo
peço ao sol que tanto brilha
reflete nas sete colinas
e no cantar das varinas
Lisboa és maravilha
És cidade encantadora
linda e acolhedora
à beira do Tejo erguida
vestes a saia de chita
cada dia mais bonita
cidade da minha vida...
Se te pudesse segredar
no mais sentido morar
na rua dos teus abraços
pintava desta janela
a mais bela aguarela
e corria para teus braços
Lisboa,
tu és garrida
cidade da minha vida
que o Tejo quis beijar...
No Terreiro do Paço
segura num forte abraço
está Lisboa a namorar.
Fernando Silva
Percorro a noite...o que me conforta? Caminho na vida onde fui deixada, ocultaram-me o perigo dos espinhos e nesses caminhos fui abandonada.Pensava que a vida era um mar de encantos, e, hoje perdida de lágrimas e prantos, encontro na esquina que a vida me deu, o olhar cético de quem me procura e por momentos também eu sou loucura. Sou a heroína que tu consomes, o prazer da carne que tu devoras, em minha direção há um olhar desconfiado, este é meu vício e daqui me sustento,são espinhos da vida que a vida me deu,quis contorná-los mas não consegui...e daí meu lamento!
Fernando Silva
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Na noite fria gelada, o banco de jardim é a minha cama,lavada pela chuva, aquecida pelo esquecimento de quem nos (des)governa. Lá trás, mora o meu saco vazio, que não é azul...mas de outra cor, tudo depende do tempo, por vezes é amarelo como o sorriso de quem passa e me olha com desdém. Sinto que todos conhecem a minha casa, vista de fora é um livro aberto, vista deste lado é a melhor cama do mundo, onde partilho momento únicos. É assim dia após dia, o telhado é de estrelas, onde o luar brilha e me conforta. De quando em vez, namoro... a lua! O vento também faz um ar...da sua graça e quando passa barre a poeira deixada na miséria.
Fernando Silva
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Encanto Enfeitiçado
Esta paisagem me encanta!
Este perfume me fascina
Esta terra que canta…
Este lugar me domina.
No meu pensamento trago
Inalterável e afetuoso,
O teu encanto enfeitiçado
Neste ciclo tão espinhoso…
E, este meu pensamento.
No seu rigor por ti proclama
No seu melhor entendimento
Na força da sua chama.
Que o luar enobrece!
No mais bonito brilhar,
No dia quando amanhece
No mais agradável proliferar
Para os reflexos da vida
Entender melhor o mundo
Enfeitiçado fiquei
Neste encanto vagabundo
Fernando Silva
Minha terra “Deixo-te este poema”.
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Escuta...
Escuta o meu pranto
Nesta guitarra a trinar
E o teu encanto
Que toca no meu cantar
Escuta agora
A razão desta agonia
Não posso passar um dia
Sem ti, não vás embora.
Este poema é retrato marcado
Valeu a pena, teres ficado a meu lado.
A noite desperta... Depois do dia findo!
A noite certa, no teu encanto tão lindo.
A tua clemência, rima com a minha dor
Na inocência de um desejo meu amor
Escuta agora
Um poema... de ti nascido!
Nesta guitarra que chora
O amor por mim sentido
Traz meu retrato
Envolto nesta ternura
Neste nó que não desato
Nos fantasmas que procura
Respeita meu pranto
Neste poema cantado
O respeito com que te canto
Neste encanto encantado...
Fernando Silva
Encanto...encantado
Ando na noite à procura
não me importa a lonjura
sem ti não sei viver
percorro desta distância
mas regresso à infância
de ti não me vou esquecer
fixei-me na azinheira
por ser a vez primeira
que ali fui perguntar
pela lenda da serpente
e num ar comovente
alguém me queria beijar
Não sei se loira! se branca!
mas duma forma tão franca
estendeu-me a sua mão
falou-me de encanto encantado
fiquei tão emocionado
não pude dizer que não...
abriu-se a porta da mina
não sei se seria minha sina!
nem sequer o que me esperava...
entrei num túnel tão escuro
não sei se era o futuro
que a vida me reservava
ouviu-se a voz do encanto
e no mias rudimentar espanto
alguém falou a correr
a porta vai-se fechar
só quem sabe aqui chegar
poderá vir a vencer
pensei ser a própria vida
naquela mina contida
que trazia fortes laços
deu-me um beijo adocicado
ficou o encanto encantado
e eu caí para seu braços.
Fernando Silva
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