quinta-feira, 25 de outubro de 2012

História

Terra…Mãe…Flor.

Perduras no pensamento
de quem te sente!
Não sais da memória,
daqueles que tanto… te amam,
numa paixão  inigualável de amar!
e, no mais aprazível admirar,
Terra… és história.
És preciosidade dos que te proclamam,
de socalcos de abundância,
de elevada procura,
tens sorriso de criança
em momentos de ternura.
Mãe..
Transluz soberba paisagem
que meu olhar contempla,
vindo de esbelta aragem
que meu afecto complementa,
és contágio maternal…
De olhar profundo tão abissal,
as pedras e pinhais que te rodeiam
adornam a natureza que te criou,
Divina…e, nesse olhar de menina,
há paixão, esplendor, neste profícuo amor,
És Flor…
Vila de aromas fartos e miradouros altaneiros,
onde contemplas a vida…
Nesta paixão desmedida… recordo-te desde criança,
desde então, meu coração, por ti chama!
Imagino-te! E, num mar de saudade…,
apego-me na tua riquíssima história,
Terra…mãe…flor.
Não sais da minha memória.

Autor: Fernando Silva

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Natureza...

Cachos



Cachos dependurados na vida
Que granjeia, na alma e nos sabores,
De um néctar puro, aprazível,
Espalha-se por vales e encostas,
Neste contraste de cores
Que nos enchem de brio,
No atavio, pelo trabalho final atingido,
A paisagem ganha outro vislumbramento
Nos sinais deste tempo,
Proporcionado por um Outono sem abandono,
Peculiar nos adornos, no enfeitar de cachos dourados
Pela mão do homem trabalhados, adocicados por mãos sábias,
Regados por “lágrimas” que as nuvens jorram,
Abençoados pelo Sol, de um poder Divino,
 Tendo como destino a vida.

Autor: FernandoSilva

domingo, 14 de outubro de 2012

Flores no Céu...

Céu…Divino.

Neste pedaço de céu,
Existe algo de meu…
Que não me tira a saudade,
Existe um lugar Divino!
Que amo desde menino,
De tanta… felicidade!

É um céu tão diferente?
Amado por tanta gente…
Que a Deus tudo venera,
Gente humilde, radiante,
Que este céu tão cativante
Oferece a “Primavera”

Anda… o Sol atrás Lua,
Nesta terra minha e tua
Neste céu de veludo!
Onde o amor e o calor,
Fortificam essa “Flor”
 Que para nós é tudo

São imagens deslumbrantes,
Nos corações palpitantes,
De um céu… acolhedor!
Caem… lágrimas de saudade!
Da minha idealidade,
Vindas de Vila Flor

Autor: FernandoSilva

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Saudade…coração.
É segredo…solidão!
Faz bater um coração
 Desalento imutável,
Este poema… oculto?
Que se reveste de luto!
Não seria apetecível.

Desalento…minha alma!
Meu coração não acalma…
Sofre desenfreadamente,
Esconde-se nesta tristeza!
Possui sinais de estranheza
Vai batendo… lentamente.

Anda ao longe… solidão!
Vem ouvir… um coração?
Se pretende um dia parar…
Pode até rogar a morte!
Porque quem nasce sem sorte
Tarde irá melhorar

Fortifica esta agonia…
Desejar um novo dia
Que nos traga felicidade,
Vou deixar a solidão
Ouvir bater o coração
Disso... já tenho saudade.

Autor: Fernando Silva

domingo, 7 de outubro de 2012

Cestos Rasos









Vindimas de Ontem

Raios de sol emergem no teu delinear
Que reflectem miraculosamente atraente,
Nestes valados... onde se deliciam do néctar!
Fazem retroceder ao passado – presente

Recordas-me o trabalho paupérrimo e ardo,
Com que os plebeus se aprontavam a fazer,
Enquanto a fidalguia avaliava do adro,
Executando diálogos a seu belo prazer

Cestos rasos, provocavam fortes gemidos,
Já torta! a coluna do peso do obedecer,
Restava-lhes apenas bagos perdidos,
Com cibos! de pão...o que possuíam para comer

Já noite a tarde cai, envolta em escuridão,
A esperança da revolta morre á nascença,
Porque para todo o sempre! não há patrão,
Que destitua a mão-de-obra da sua apetência

Valados vindimados, noites dentro passadas,
Nos lagares... onde desprovidos do descanso,
Pisavam uvas e em áreas bem afinadas,
Procuravam deliciar-se em uníssono pranto

Gente que trabalha e amanha a terra,
Sustento! de outros incrementos tais
Que acredita no nascer da Primavera
Para sorrir... sem olhar aos ais!

F.S.













































































A noite tinha um simbolismo extra. Seis de Outubro, uma data que ficará para sempre ligada ao Fado. O Grupo de Fado Solar do Meireles associou-se ao Rancho Folclórico Flores da Beira, no Casal da Choca, Porto - Salvo, Oeiras, que tinha como finalidade a angariação de verbas para o lançamento de um livro dedicado aos 25 anos da existência deste grupo. O salão encheu. Foi bonito de ver o voluntariado exercido por pessoas anónimas que também elas se associaram a este invento, é assim que a sociedade se deseja, pena é, que acontecimentos destes, dependam cada dia mais da cooperação, da cidadania de uma população não obstante fragilizada pelas adversidades, ainda possui coragem de remar contra a maré. Com Victor Lopes na Guitarra Portuguesa, Ribeiro Cardoso e Mário nas Violas de Fado, proporcionaram uma noite maravilhosa de Fado, acompanharam os Fadistas: José Meireles, Conceição Costa, Fernando Silva, Clara e Soraia. O público aplaudiu entusiasticamente a actuação dos músicos e fadistas que ofereceram uma noite bem passada e que se deseja ver repetida. Bem hajam pelo carinho.
Há dias que marcam determinadamente a vida e consequentemente a alma de qualquer humano. Há dias em que por cada lágrima de tristeza caída… temos o direito de usufruir de uma lágrima de alegria. Vós que chorais! Um dia haveis de rir. O sentimento que nos toca a alma cobre-nos o corpo e provoca arrepios… pelo carinho, pela gratidão e pela amizade. Há momentos em que as portas do caminho da felicidade se fecham, porém, existe sempre em nossas vidas uma janela que se abre e nos proporciona a viragem na vida, onde os afectos falam mais alto. Hoje, mais que nunca, é tão importante ter amigos…sim amigos, amigos daqueles que choram a nosso lado que riem com as nossas alegrias, que têm sempre uma palavra de conforto e nos adorna a alma, esses ficarão para todo o sempre em nossos corações.
F.S.