sexta-feira, 10 de março de 2017



Que bom é amar...

Uma rosa e um beijo aguçam o desejo
sentido pelos dois!
Na água salgada a tua boca molhada,
o prazer depois!

Na cama de areia o teu corpo se enleia
nesta realidade!
As ondas que tapam, são as que destapam
a felicidade!

E a maresia...trazia harmonia
de quem se quer tanto,
A água do mar o sol a brilhar
neste doce encanto!

A noite a chegar a lua, a brilhar
na água salgada!
E em cada beijo saciar o desejo
sobre areia molhada!

E assim nasceu...o amor cresceu
à beira do mar!
E cada onda que o amor responda...
"Que bom é amar".

(...)

Fernando Silva



quarta-feira, 8 de março de 2017



Uma flor que cresce do amor…Num campo qualquer!
Acorda do lindo sonho e amanhece…nesse corpo de mulher.
É uma “flor-mulher” que o tempo delicia, que a primavera num dia, me “deu” ao alvorecer…
Uma flor regada, uma flor amada, um corpo florido…que ao adormecer comigo, trouxe o acontecer neste paraíso.
Uma flor florida…fonte de vida, num jardim a crescer,
Este doce encanto que eu nem sei o quanto…tu és Mulher.
(…)

Fernando Silva  


quinta-feira, 2 de março de 2017



Fragas...

O que nos dizem as fragas…que embelezam a natureza! Cobertas de musgo ou de sargaço viçoso. Que nos abrigam do frio…do sol, da chuva e sempre que procuramos um abrigo é na fraga que nos resguardamos. São salas sem mesa… sem era. Cultos sagrados, de recôndito sentido, onde a fé se propaga, e a dor se apaga, nesta pedra de “ouro-gemido”. Que suportam o pranto e ouvem a dor…são locais de encanto são refúgios de amor. São casas naturais sem portas nem trancas… são intemporais são memórias, lembranças. Profícuo acreditar na memória humana…são pedestais, abrigos dos animais, são amor e uma cabana. São protecção sentida de aconchego e sedução, são pedras da vida…que no maior sossego, são amor e perdição. São resguardos de ansiedade…que a própria sociedade demora em aceitar. São jóias de riqueza aberta… é a dor inquieta para o nosso abrigar! São castelos no horizonte onde se iniciam as fontes que saciam a nossa sede, são chão, são parede, onde nos abrigamos do frio. São locais de fé. Que preenchem o vazio de quem sofre e ali superam as vicissitudes da vida, quantas vezes indefinida, que nos trazem à lembrança outros tempos, “nós crianças” sem medos trepávamos os rochedos, onde os pássaros gritam e são felizes. Esvoaçam nos montes e se avistam de longe, em ecos que flamejam, onde os casais se beijam e se entregam…   
 

      
Fernando Silva 

Nota: A foto é do Jorge Delfim e foi retirada do google.