quarta-feira, 30 de novembro de 2011

VIDA...

Flor…Vida

Flor da minha vida
Imensamente desejada,
Há quanto tempo ansiada,
Dar vida a essa flor é cultivar amor,  
Anseio de cândida aceitação
Já ouço o bater do teu coração,
Como é lindo… o seu bater.
Transporto-te sem te conhecer
Porém, faz tempo que te conheço,
És a vida apetecida
No meu ventre concebida
És a vida que eu mereço.
Ter uma flor a florescer
Ansiosa por viver
E neste meu desejo,
Protejo-te com enorme beijo
Que acarinha e glorifica,
Que tanto dignifica,
O amor, é laço apertado,
É flor…vida,
Neste afecto desejado
Que tanto me fascina,
E quando abrires a janela
Vais sorrir através dela
Com enorme alegria
E a partir desse dia
Teres outros que te aguardam
Amorosamente amorosos,
Esses teus protectores apaixonados
Excitados
Com a tua chegada emotiva
A vida que te dei e para sempre amarei
Por seres vida da minha vida
Que anseio defender
Até não mais poder
Nesta união tão repartida.

Autor Fernando Silva

"Tributo... mãe."

Súplica

Reconhecimento



Atendeste as minhas preces Senhor,
Eu te reconheço,
Este pedaço de vida que é teu…
É meu e de todos nós…
A fé trouxe-me a verdade
Oh meu Redentor
Tu és autenticidade
És o nosso amor.
Na raiz da minha vida
Outra vida acontece
E nessa prece pedida
A Vida aparece.
Acudiste as minhas preces Senhor,
Da Sublimidade do Poder Divino
Encaminhaste a vida
Eu te agradeço.


Autor Fernando Silva
Riqueza
Raia o Sol na minha terra
Vindo  desse horizonte
É chegada a "Primavera"
O nascer de tanta fonte

Esguicha água, riqueza pura
Nas fontes da minha vida
São seus laços de ternura
Fertilidade adquirida

Cresce o rosmaninho no monte
Florescem jardins agradáveis
Vila Flor possui a Fonte
A todos os níveis admiráveis

Que o Sol contempla a rigor
E a vida confere produtividade
Nesta terra de tanto amor
Neste pedaço de verdade

Campos férteis, terra sagrada
Pedaços de enorme quimera
Na minha terra tão amada
Todos os dias é “Primavera”

Exuberam flores suculentas
Com afecto e grandiosidade
São flores viçosas e opulentas
Nascidas nesta terra de saudade

Em ti o Sol faz maravilhas
Tanta história depositada
Na "Praça" que tanto brilhas
És a flor mais afamada

Autor Fernando Silva

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sentimento

Dor


Não consinto esta aflição
Não sossego o suficiente              
Esta dor no coração
Que mata que me mente

Que me traz torturado
Que dá tanta solidão                                     
Todos os dias amedrontado
Tanta dor, tanta matação

Não alcanço desvendar
Se será do coração
Ou do empenho de te amar

Suplico-lhe com devoção
Desta dor, do meu penar
Mas a dor volta a atacar.

 Autor Fernando Silva

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

MAIS DO MEU FADO

Essência

 Ao fundo há claridade
Luz que inspira confiança
É a vida de verdade
Raios de luminosidade
Nesta vida de esperança

Correm as águas nas fontes
Neste regato há vitalidade
São castelos feitos montes
Que me trazem horizontes
Para atingir a sumidade

Retrato da Natureza
Caminhos da nostalgia
Locais de pura beleza
Que possuem a certeza
Genuína melancolia

Cessem com a dolência
Dos ramos da claridade
Haja maior apetência
O homem tem inteligência
Para a acabar com a maldade


Autor Fernando Silva

Ribeiros da Serra

Água das Fontes


Águas que nascem nas fontes
Da minha idealidade
Nascem em Trás-os-Montes
Que recordo com saudade                              

Corres leve, leve e pura
Vinda da Fonte do teu ser
Possuis enorme ternura
Nesse teu percorrer

És como o fado da vida
Que minha alma conduz
És minha fonte rendida
Ao rio da minha Luz

Onde as luzes da ribalta
Incidem no teu caminho
Em ti a luz não falta
Neste rio de carinho

Matas a sede a quem passa
Que corre em cavalgada
Detêm a vida tão laça
A pressa não serve para nada

Sobes a desmedida ladeira
Voltas à beira do rio
Nesta colossal canseira
És Fonte do meu “Navio”

Autor Fernando Silva


INDIGNAÇÃO

Implorar Liberdade

Sobe meu “balão doirado”
Perduraremos lado a lado
Liberta tuas correntes
Amarrados na ternura
Nesta vida de amargura
De duas almas carentes

Que o mundo aqui deixou
Só a amizade ficou
E dela tenho saudade
Num momento de agitação
Sobe, sobe meu balão
Vamos implorar liberdade

Voar na tua companhia
Arejar minha alegria
Quero asas para o fazer
Ser pássaro na alvorada
Voar pela madrugada
Ter espírito de vencer

Neste Mundo imaginário
Há quem veja ao contrário
O Mundo anda às avessas
Destituir quem nos "mata"
Desta podridão já basta
Chega de fúteis conversas

Autor Fernando Silva

MAIS DO MEU FADO

DESERTIFICAÇÃO

Percorro as ruas velhinhas
Da terra que me viu nascer
Todas são saudades minhas
Todas me viram crescer

Choram pela degradação
Que lhes provoca a morte
Dói-me até o coração
Com o destino desta sorte

Sinais puros de afastamento
Desertificação a avançar
Para a terra é sofrimento
Que não pára de chorar

Tanta beleza emotiva
Arquitecturas gravadas
Nesta razão afectiva
Choram almas sagradas

Minha terra meu desejo
Amores que aí amei
Quero ter-te num beijo
Cantinho que ai deixei


Autor Fernando Silva

domingo, 27 de novembro de 2011

MAIS DO MEU FADO

A vida de uma Peixeira

Entre caixas de sardinha
Distribuía a Velhinha
Sorrisos a toda a gente
Dali ganhava o seu pão
No seu viver de razão
E de uma forma diferente                      

Foi à porta da Severa
Que disse quem ela era
Contou a história sentida
Entre o pregão e a chalaça
Disse qual a sua graça
Cantou a história da vida

Foi a vender o pescado
Que conheceu o seu Fado
A sina de uma Peixeira
Agora na rua onde mora
Já não canta apenas chora
Essa mulher da Ribeira 

São momentos de saudade
Vividos na intimidade
Pela Maria Peixeira
Na nostalgia do Fado
Ficou o nome gravado
Dessa mulher da Ribeira

Autor Fernando Silva







O Fado é o grito de um povo, um sentimento sentido, sublime e carinhoso ,quantas vezes impetusoso pela forma de expressar, que nos encanta pela raça, que possui a sua própria graça e nos alimenta o coração.
"Fernando Silva"

No dia em que o Fado foi distinguido como Património Cultural Imaterial da Humanidade, deixo este meu poema dedicado a todas as mulheres e homens que vivem da faina do mar. “A vida de uma Peixeira”é um tributo às peixeiras que na cidade de Lisboa, vendiam e apregoavam o seu peixe, sem nunca se esquecerem do Fado. Em 1983, quando pela primeira vez vi e ouvi os pregões daquelas mulheres, ficou-me na retina a azáfama e a labuta de tantas mulheres e homens espalhados por este País à beira-mar erguido, que faziam desta vida o seu viver, a sua forma de estar. Maria é o nome de uma dessas peixeiras que canta o fado enquanto vende o pescado e entoa os mais bonitos pregões. Momentos de intimidade e de saudade que quis repartir com todos aqueles que visitam este “meu” espaço. Hoje num dia tão especial para o Fado, devemo-nos sentir orgulhosos por tudo quanto nos foi deixado por homens e mulheres, que se dedicaram entusiasticamente ao Fado, dos quais jamais devemos esquecer a grande diva “Amália Rodrigues”.

sábado, 26 de novembro de 2011

MAIS DO MEU FADO

Azenha Velhinha

A minha Azenha velhinha
Ficou mais pobrezinha
Desde o derrame do rio
Não tem água para viver
Apronta-se para morrer
Neste inóspito vazio

Olhem a sua tristeza
Retiraram-lhe a beleza
Não tem água a correr
Fizeram esta maldade
Desvirtuaram a verdade
Como pode ela viver

A paisagem ficou despida
A velha Azenha sem vida
De tamanha crueldade
Agora à sua porta
Passa a natureza morta
Cortaram-lhe a liberdade

Reparem nestas feições
Que desprega corações
De quem gosta da beleza
Deixem a Azenha Viver
Quero voltar a ter
O florir da Natureza

Era um postal ilustrado
Neste pedaço honrado
Que faz parte da história
Chora lágrimas de verdade
Da Azenha tenho saudade
Que não me sai da memória

Autor Fernando Silva