sábado, 28 de dezembro de 2013

Desejo... Esperança! Arrefeceu... Fez-se noite! Mais um dia que termina, Fiz pedido muito afoite à Lua que me fascina Num sorriso inocente pensei pedir-lhe abrigo Aconteceu de repente e a Lua fez-me um pedido Num silêncio que brotava dos raios da claridade A Lua para mim olhava acontecia verdade Fez-se luz em todo o mundo, num brilhar que tudo abraça, E num grito tão profundo a Lua em mim se enlaça Era noite fim-de- ano palpitavam corações... Pensei que era engano ou até alucinações! Ho Lua que tanto brilhas concede-me este desejo Leva a todos, maravilhas... um sorriso neste teu beijo Que haja paz nos corações, felicidades desmedidas... E que em todos os pregões se exalte às próprias vidas Que nunca nos falte o pão e o sorrir de uma criança A vida só tem razão, viver de amor, viver de esperança... Fernando Silva Um feliz 2014.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Chuva...desejos.

Enquanto a chuva cai... Eu não sei se vai Enquanto a chuva cai Se lembrar de mim Das pétalas, das flores, Dos nossos amores... Em nosso jardim! Recordo um desejo Espantoso beijo Vem-me à lembrança Fico no terraço Penso nesse abraço De enorme abastança Quero todo dia Sua companhia Que nunca termine Meu amor eu juro Nosso amor é puro Isso nos define Quando a chuva passar Fica para lembrar Um amor ardente De lábios molhados Corações cruzados Um amor pra sempre... Fernando Silva

Solidão

Lençóis de Vento. Coberto por lençóis de rude vento Estava um pobre homem abandonado Tapava o mais sofrido dos sofrimentos Num vão-de-escada ali deitado A noite é cobertor feito de estrelas A cama feita à pressa de pedras gastas Pelas saudades... Tenta esquece-las Nas tristes lembranças tão nefastas Inóspita solidão... dorme a seu lado, Degraus são almofada em sua cama Não conhece outra vida e passa ao lado Apenas a solidão que por si chama Dorme debruçado com a vida triste Adormece na paixão de frio intenso Não sabe quem é...ou se ainda existe No mar de solidão enormemente imenso Acorda de uma noite mal repousada O vento já levou suas hospitalidades No sonho da vida já passada Fixou-se nas lembranças das saudades Fernando Silva

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

No teu sentido...

Poema inacabado Ai quanto dói uma saudade... quanto vale uma amizade? neste mundo deprimido! Ai, a distância tanto dói, desde que você se foi meu amor ficou ferido. Procuro na essência dos teus sonhos os momentos mais risonhos da vida em ti vivida... Encontro com o tocar dos meus dedos a ternura dos segredos e dos momentos da partida Onde vais? Eu choro a tua ausência! e na mais pura inocência sou poema inacabado... Sigo as pegadas do destino e desde muito menino sou segredo a teu lado. Há um sentimento à solta e a saudade quando volta traz lágrimas sentidas... pôr fim a esta distância ter amor como opulência pra duas almas unidas Fernando Silva

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Natal

Desejo...Natal. Um sorriso... de criança! leva amor a todo o lado, não me saem da lembrança sorrisos de esperança pelo Natal ter chegado Há sorrisos pelas ruas, onde mora a felicidade essas crianças tão puras não passam por amarguras vivem na prosperidade Sobe a rua de mansinho de semblante carregado a criança sem carinho... vai murmurando baixinho! se o Natal terá chegado? Um pinheiro à janela trazido pela lembrança a vida é uma aguarela a felicidade tão bela num sorriso de criança Quem dera fosse Natal Com paz na humanidade Houvesse sorrisos afinal E que o maior capital Se chamasse humildade Houvesse em cada mesa Um sorriso de criança E que a maior riqueza Neste altar de beleza Fosse o Natal da esperança... Fernando Silva

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Dor… de mãe. Um grito de triunfo lá do fundo Trouxe à tona a clara realidade Nessa dor…a maior do mundo Sentida pela distância na saudade Um grito de revolta no afastamento Na triste madrugada adormecida Eram marés de sofrimento Na dor, na distância da partida Uma onda que se agita bate na proa Alguém gritou amargurado Aqui, a tempestade não perdoa Reza, por teu filho tão amado De mãos dirigidas ao Redentor Pela fé de quem ama perdidamente Ouviram-se gritos de louvor Acabava a tempestade finalmente Meu Deus é tão grande a gratidão Por Vós, por meu filho e teu também… Sofre bruscamente o coração Na dor, no amor de uma mãe… Fernando Silva

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Apenas de nós... Não sei se posso...se devo? que tudo quanto te escrevo vai em tua direção! Se os rios correm pró mar eu vivo para te amar só tu és minha razão... Toco na vida, na esperança. chamo à saudade lembrança chamo o teu nome sentido, num brado chamo pela vida em nossa alma sentida em nosso corpo gemido Preciso de um abraço segurar no teu amaço ter o pulsar do teu peito esquecer a minha dor viver no teu amor agradecer o que tens feito Este amor que se agita neste silêncio que grita e fala a uma só voz... é o maior amor do mundo num sentimento profundo que fala apenas de nós... Fernando Silva
Obrigado minha mãe... Minha mãe hoje é natal... vejo luzes a brilhar nas janelas dos vizinhos, Uma estrela a cintilar para a rua iluminar os braços dos meus caminhos Minha mãe não levo a mal que não tenha no natal prendinhas no sapatinho tenho o teu amor amigo que sempre fica comigo e me dá tanto carinho Minha mãe, não chores mais por causa daquele brinquedo tu não o podes comprar vou-te contar um segredo da vida não tenho medo eu não te quero ver chorar Ontem enquanto dormia no meu sonho aparecia alguém que nunca vi descalço pelos caminhos pisava esses espinhos e no final eu sorri... Disse-me em tom baixinho que em todo o meu caminho tinha que saber contornar as dificuldades da vida a adversidade contida mas que havia de chegar O dia em que era natal mesmo sem prendas... afinal! só preciso do teu amar... receber teus beijos de ouro são o meu maior tesouro não te quero ver chorar Fernando Silva

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Recordo-me de ti... Dias de Outono No espelho em que revejo Ao abandono! Um rio em seu ensejo A vida traz a tua realidade O vento leva as folhas... caducidade! Agora neste meu sentimento Há ternura desse outono Há lágrimas de sofrimento... Fecho os olhos... a paisagem escurece! E o rio quando amanhece Traz sublime da vida... E à noite quando escurece Outra beleza aparece Anoitece...em seguida! Recordo-me de ti...do teu nascer! Lembro-me de ti... do teu correr, Saudades de ti... quando amanhece! A nostalgia acontece Reflexos de ti... Olho em teu redor com todo amor Em ti cultivado E oque comboio não passa O que se terá passado? Passou pra outro lado É pobre a realidade Meu Tua abandonado És natureza...verdade. Detenho em meu olhar A forma do teu brilhar Que ninguém te vai roubar Só feito a sonhar... Fernando Silva

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Fonte... Esperança Havia no meu tempo... de criança! Uma Fonte tão velhinha abandonada Quiseram pinta-la da cor da esperança, A Fonte nunca mais foi reparada... Agora pra quem passa... é tão triste! O estado da Fonte da Lembrança Que no pensamento ainda existe Com água a correr pela mudança No cimo uma pomba... branca e leve! De bico afiado pelo tempo... Por vezes pintada da branca neve Martírio pesado... Sofrimento! Havia uma porta.... que se abria! Na aurora mais lesta perfumada A água corria noite e dia Na Fonte tão velhinha abandonada Um dia um trovador... já cansado! Bebeu na Fonte da Lembrança Deixou um poema ali cantado Que traz o meu tempo de criança... Fernando Silva

domingo, 17 de novembro de 2013

Na tua sede... A tua sede é um rio... onde bebes do meu pranto! A tua vida um navio... no cais do meu encanto! Nas ondas do teu cabelo meus dedos são pentes de ouro Lembram-me barcos rabelos apaixonados pelo Douro Ao pentear a saudade Toquei no mar dos teus sonhos Fui rio na realidade nos teus lábios tão risonhos Fui beber da tua boca Na noite de lua cheia na madrugada mais louca que o amor em ti semeia Juntos somos esse Rio da água mais cristalina A nossa vida é o navio a saudade a nossa sina... Fernando Silva

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Espelho de Alma Mergulho meu olhar doce e sentido Neste pedaço vivido… Entre a mágoa e a saudade! Meu espelho de alma, tesouro, Visto deste miradouro De vida em puridade Há nos céus… deste destino! Um olhar desde menino, Este “cabeço” me chama Há esse sinal de luz Que na vida nos conduz E nosso amor proclama A água toca… nos céus! Neste lugar onde Deus Vive e deixa semente… Na Senhora da Assunção Este lugar de eleição Vive-se alegremente Meu altar livre… delicioso! Deste reino maravilho De Torga e toda a gente Trás-os-Montes cativante Nesta paisagem brilhante No meu olhar… docemente ! Fernando Silva

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Emigrar...porquê?

Mala de esperança! Descendo a rua Vai de mansinho, A noite é escura! Na vida procura, Outro… caminho. Leva a cidade… Parte à aventura, Na sua idade Da felicidade Vai à procura. Caminhos, tantos caminhos! Por percorrer … Sai do País Quer ser feliz Tem que sofrer De quem é a culpa Da situação? Morreu solteira Desta maneira Não tem perdão Tantos culpados… Qual a razão? Não são julgados! São ilibados? Têm perdão!!! Português triste Tudo… suporta, Mas não desiste E a vida triste, Bateu-lhe à porta Fernando Silva

terça-feira, 12 de novembro de 2013

A tua alva brancura. Nascer… neste lugar! No mais sublime acordar Abrir os olhos e florir… Nascer em ti é paixão Desse enorme coração Bate por nós a sorrir. A saudade… nos encanta! Neste pedaço onde canta Os destinos nossa sina… Sobre as pedras da calçada Há dias na madrugada Em que a vida nos fascina Trago a vida a ti ligada E a pureza demonstrada Sou feliz nesse desejo A tua alva brancura É pedaço de ternura É flor em mais um beijo Que o Rossio acautelou E entre nós dois ficou Recôndito em nossas flores Neste lugar de eleição Mais parece um coração A sofrer por seus amores Fernando Silva

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Madrugar… no rio! Serenidade deste rio Fica enorme vazio A noite pula e avança Nestas águas tão serenas As vagas são mais pequenas Há sorrisos de crianças A brincar na madrugada Na noite mais sossegada Que este meu rio navega Andam pescadores “vadios” Navegam nestes navios Que este rio carrega A noite está tão serena E a água mais amena A luz é convidativa… A maresia a passar Cheira a perfume do mar A água é nossa vida Sereno este meu rio… Aperta mais neste frio Já me lembra o Natal O sol parece um morango Na beira do rio rezando Acabou-se o vendaval Amanhece…e o dia dorme Este rio que nos consome Leva-me de braços ao mar Da Ponte deste meu rio Navego neste navio Que se chama madrugar… Fernando Silva

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Verdade no anoitecer... Levo a noite... nos meus dedos! Nos meus braços, levo o dia. Os mais recônditos segredos Vão na tua companhia... Sou pássaro... na madrugada, Em que a vida se cultiva! Tu és vida em mim regada Nos passos da minha vida. À noite nasce a verdade! A madrugada se aleita... Nos valados da saudade Onde a vontade se deita. Noite é... Pássaro verde! No alto da madrugada, Nos lábios da tua sede Na noite mais adorada. Farrapos da nossa história São marcos da nossa vida... Que não saem da memória Em nossos laços... Contida! Fernando Silva

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Viajo na noite... Grande é a noite em que a vida... Em nossas mãos contida Arde de amor e paixão! Grande é noite... Concebida! Nesse momento em que a vida É amor e sedução... À tona da água desse rio Navega esse navio Que a vida te deixou... Há cantares na madrugada Vindos da noite, do nada Onde a vida navegou... Trazida em momentos de poesia Onde a noite desse dia Todo o amor ofereceu O poeta era esse navio Descrevendo esse rio E o navegar é só teu Onde descobres teus encantos Nos mais bonitos recantos Escritos por nossos dedos Linda é a noite mais fria E na tua companhia Perco todos os meus medos... Fernando Silva

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

No teu... Brilhar. Há uma dor que me impele Que se atravessa no meu caminho Provoca na minha pele Enorme arrepio desse carinho Brotam dos olhos teus Sinais de luz Na escuridão... E o brilho dos olhos meus Que me conduz Ao teu coração! Sigo as pegadas do amor E nesse calor... Aqueço a vida! Nos raios do teu brilhar Quero ficar Prá toda a vida... Nos momentos mais gritantes Nós dois amantes Pela vida fora No brilho do teu olhar Quero fitar Aqui e agora Fernando Silva

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Refúgios... Ditosos! Refúgios da minha alma Que o amor acalma Na tarde mais fria Há valados sombrios Por entre os rios Dessa magia Traz-me nem que seja uma flor Do meu amor que me chamou Quero beijar sua boca que ficou louca Quando ali passou Nos lençóis desta paixão Há mais razão Pra me prender Traz nem que seja uma flor Que o meu amor Pode morrer! Alimenta a fantasia na terra por mim amada Dá um beijo nessa flor que é meu amor Por mim regada Pelas ruas há paixão e um coração Que bate mais forte Procura esses horizontes em Trás-os-Montes Terás mais sorte... Fernando Silva
Mar de calafrios Traz ventos de marés no seu caminho Gaivotas batem asas ao nascer Desfrutam dia-a-dia com carinho A vida que lhe dá maior prazer Há ondas no mar alto sem ter fundo Paixões que nos trazem a saudade E esse amor o maior do mundo Passa pelo tempo em liberdade Faroleiro e farol ficam sozinhos Um barco que navega à deriva No mar que possui outros caminhos Há dores e sinais que não têm vida Uma criança brinca junto ao cais E aguarda a chegada do navio No mar onde navegamos os seus pais Há sinais de luz e calafrio... De pronto junto ao leme se abeirou Aquela mãe sentida, aguerrida... E quando a criança se afastou Gritou filho meu... Eu sou a vida. Fernando Silva

sábado, 26 de outubro de 2013

Neste lugar... Eu conheço...este lugar! onde um dia ao caminhar... vi a mulher mais querida era o amor a passar nessa calçada a brilhar aquele pedaço de vida Foi então... que reparei! nesse amor que tanto amei que a vida tinha sentido... seu olhar disse que sim depois sorriu para mim e fiz-lhe esse pedido Na vida... vivo sozinho! quero-te no meu caminho subir contigo a "ladeira" e num laço apertado quero ser teu namorado amar-te prá vida inteira... Ela disse-me... baixinho! e num gesto de carinho, fitou-me com seu olhar. Esse amar é de paixão E nesse teu coração quero contigo morar... Fernando Silva

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Folhas no chão…despido! Nasce verde… da esperança! Mas recebeu por herança… Traços de algum abandono, Vai perdendo a confiança E não lhe sai da lembrança, Os dias rudes de outono. Cresce ao vento, passa frio… Passa por tanto martírio O sol é o seu ardor… Acabou de nascer Chora no seu crescer Brota lágrimas de amor É sombra… tranquilidade! Cresce em Liberdade? É repouso relaxante … Tomba com a idade, Tem horas de felicidade Jaz no chão verdejante… Derrama… o sangue da vida! Pelos valados, despida! Deixa a sua beleza Há tanta folha caída Tanto pedaço de vida Neste gesto de nobreza Fernando Silva

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Beirais de vida… Carrega o seu lamento Cruza as sombras da vida O sol traz-lhe o sossego O trovão provoca medo Anda às voltas, perdida! Se chove fica tão triste E se o amor ainda existe Leva-o consigo na asa A neve bate-lhe à porta De mansinho pouco importa A rua é sua casa Constrói com todo o rigor A sua casa de amor Doce lar para seus filhos É o beiral do telhado O sítio mais resguardado Onde entrega seus peguilhos Volta pela primavera Ao beiral que ontem era Rampa de lançamento Alimenta a tradição Neste lugar de eleição Esquece o seu sofrimento Fernando Silva

segunda-feira, 14 de outubro de 2013


Lisboa, deste meu jeito...

                

Luzes na noite… ternura que ilumina!

Esta cidade... Encantada que me fascina...

Brilha a aventura neste retrato colorido

Possuis enorme ternura neste espelho sentido.

 

Sigo na noite, a alvorada me chama!

Onde há gritos de revolta no lume da tua chama.

Nesta cidade, onde as luzes da paixão.

Iluminam a sociedade de espelhos pelo chão.

 

Da Senhora do Monte, Lisboa é meigo olhar...

Há no teu horizonte, delícias no teu brilhar...

 Trazido no brilho das luzes, no silêncio do meu peito.

Neste olhar que conduzes Lisboa deste meu jeito.

 

Assisto aos reflexos no Tejo, é a felicidade a passar!

E no sabor de um beijo há tanta luz a brilhar...

 Contemplo desta janela...os momentos a saudade

Luzes da noite bela...neste olhar pela cidade.

 

Lisboa respira beleza, pelas ruas do seu corpo...

De alma pura portuguesa as luzes dão-lhe conforto

 Da Senhora do Monte, vejo o Tejo a namorar

Lisboa bebe na fonte, com as luzes no brilhar.

 

Contemplo desta Capela as luzes os seus segredos!

Na mais bela aguarela Lisboa e seus brinquedos

Que a luz descobre sorrindo na tua particularidade

Lisboa sei que partindo! Comigo vai a saudade...

 

Fernando Silva     

  

 

 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Ventos...

Ventos de Abril…
 
Silêncio…quero ouvir o vento norte!
Envolto em enorme tempestade…
Não matem o meu povo, já sem sorte!
Nas ruas onde se fez a Liberdade.
 
O vento de Abril foi de mansinho!
Lá dentro havia paz e harmonia…
Contemplou o amor e o carinho
Mãos dadas no conforto dia-a-dia.
 
Ouviu-se uma voz…vinda do nada!
E a chuva apareceu pela janela,
Feita na saudade… engalanada!
Pintada pelo vento nessa tela
 
Coberta pelas mantas da miséria
Prostrava-se no caminho da verdade
Abriu-se a porta à gente séria
Entoou-se o cântico da Liberdade
 
O tempo deu razão a quem trabalha
Nos campos, onde agora há ambição!!!
O vento de Abril ainda se espalha
Nas ruas onde se entoa esta canção…
 
Fernando Silva  

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Chove...lá fora!

Chove lá fora,
não vá embora
a chuva pode molhar!
Fique comigo
no meu abrigo...
a chuva não vai parar.

Bate mais forte
o vento norte...
traz esse frio no rosto!
Pegue meu agasalho
porque eu não ralho
fica a seu gosto...

Para nós é aventura
nesta fissura
a fraga suporta...
Pode chover aqui dentro
seu pensamento
só a mim importa

Há calor em minha mão
e o coração
bate mais forte!
Encoste seu corpo ao meu
você não esqueceu?
a chuva dá sorte...

Pode vir a tempestade
lá na herdade
há um casebre...
O amor aquece o peito
e desse jeito
a vida concebe

Feche os olhos e pondere
se é isto que quere
ouça a chuva cair
Abra a imaginação
e o coração
pode-se abrir...
Fernando Silva

domingo, 22 de setembro de 2013


Vendimas

 

Ontem era vide... Nua!
Naquela terra tão crua
Cresceu ao sol e ao vento
Foi a chuva que a protegeu
O fruto que em nela nasceu
Passa agora esse tratamento

 
Há folhas de várias cores
Sonhos e tantos amores
Que nascem nesta labuta
Cortam-se cachos maduros
Que garantem os futuros
Dessa gente mais astuta

 
Regam a estrada da vida
Com a pinga garantida
No trabalho habilidoso
As folhas adoçam a terra
Há mais uma primavera
Que nasce em chão ditoso

 
Esmagam os bagos... descalços!
Sem quaisquer percalços.   
Neste ritual apaixonante...
Cresce debaixo dos pés
Um suco em altivez
Num trabalho delirante

 
Entre cantigas... Piadas,
Anedotas e risadas!
Bebe-se um copo de vinho...
Enquanto a vida acontece
O copo não arrefece
Nesse enorme carinho...

 
Brinda ao fruto genuíno
Este é vinho do fino...
Tratado com muito amor!
De castas bem escolhidas
Nos socalcos...nas surribas !
De afeto e esplendor.

Fernando Silva
 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013


A dor não importa…

A noite traz a saudade
Em toda a minha vontade
Regressas ao pensamento
Livre como uma gaivota
Neste céu que tanto brota
De asas voltadas ao vento

Há um céu que não descoras
Lá na rua onde tu moras
No cantinho da saudade
Nessas vielas cantadas
Nessas ruas tão faladas
Em plena Liberdade

De dia mandas-me beijos
E à noite os teus desejos
Voam ao sabor do vento
São requintados encantos
Nas vielas, nos recantos
Nesse honroso sentimento

A vida só tem sentido
Com sentimento vivido
Coração tem essa porta
Que se abre ao amor
E nos dá enorme dor
Faz doer mas não importa…

Fernando Silva






terça-feira, 17 de setembro de 2013

Abri...os olhos!

O vento trouxe o calor dos teus beijos,
juntou-os aos meus desejos
e foram sozinhos na madrugada...
A saudade que deixou,
em nosso olhar ficou,
 e, não trouxe mais nada.
Não sei...se eram quatro?
 ou até cinco...o relógio ali parou!
Abri os olhos e ao acordar,
o vento fez-se notar...
nesse beijo que ficou,
agarrado aos lábios meus...
e contou-me esse segredo...
disse baixinho a medo...
tenho saudades de ti.
Do calor do teu olhar,
da franqueza do teu jeito...
e o vento no seu soprar...
levou esse amor-perfeito...
Fernando Silva

domingo, 15 de setembro de 2013


Sol...nascente!
 
Sol nascente incandescente
Que arde neste bulcão de gente
Constantemente constante
Nesta fogueira de lavaredas
Acesas...
Neste universo aquecido,
De aromas, despido, sem preconceitos.
Sol risonho rei do sonho!
Da magia do encanto...
Nascente neste meu recanto
Onde a luz nos ilumina
E seus raios lavram a terra
Como se fosse todos os dias primavera
Em noites de outono no calor da fogueira
Na lareira ateada nos "invernos de cão"...
Na geada, num pique de Verão
Que o tórrido sol aquece e jamais arrefece
Neste Sol que traz à  vida
E com seus feixes concretiza
O apogeu do meu ser e assim irá permanecer
Que se distingue, no "aquecer" a mente 
Aquecida permanentemente....
Pelo sol que nos fortalece...a vida.
Revivescida neste Sol Ardente 
No seu nascente...
 
 Fernando Silva
 

 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013


Cachos viçosos...

 

Emergem do solo, carregadas de expectativa,

Simboliza arte, imagem de vida...

Nascidas em socalcos onde labuta a esperança

Entram no Agosto, cheias de confiança,

Para em Setembro se poder mostrar

Perante a sociedade ansiosa em provar

Do saboroso e sempre apetecível néctar

De uvas viçosas que a natureza quis ofertar

Aquecidas pelos raios vindos do sol fascinante

Tratadas com carinho das mãos humanas

Num trabalho habilidoso e gratificante

Que meus olhos observam a paisagem deslumbrante

Numa mescla de cores que me trazem sabores

Do nascer do dia, do anoitecer

E pela madrugada vai permanecer

Na mais bela estampa que o homem fez

Talhada de retoques ímpares e nunca se desfez

Deste retrato gerado e permanentemente guardado

Que Baco haveria de celebrizar

Numa paixão ardente por este néctar diferente

Que a natureza nos quis contemplar.

 

 

Fernando Silva

Ler... nos teus olhos!

 

O que dizem os teus olhos

O que sentes no seu brilhar

Se há tanto brilho ao molhos

O que tu vês nos meus olhos

Os teus não param de brilhar

 

É da luz do teu amor

Da força do teu amar

Desse sol abrasador

Que emana tanto calor

À luz do seu brilhar

 

Esses olhos são paixão

São luz no meu caminho

São olhos de coração

Fixos na gratidão

Flamejam desde menino

 

Na luz dos olhos teus

Raiam sorrisos e alegria

Dão brilho aos olhos meus

Parecem estrelas do céu

Não sei se é noite ou dia

 

Fernando Silva

quinta-feira, 29 de agosto de 2013


Quando vai parar?

 
Ardem veias do meu corpo

Valados de terra quente

Ardem vidas... Sem conforto!

Nesta sociedade premente

Neste cantinho do Mundo

Tanta maldade encomendada

Há gente que tinha tudo...

E agora ficou sem nada

Rompe quente a madrugada

O dia já foi cinzento

Há tanta chama lavrada

Na dor deste lamento

Corre  soldado da paz

Não há tempo a perder

O fogo de tudo é capaz

Aqui podes... Até morrer!

Só te reconhecem valor

Porque dás tudo que tens

Lágrimas, suor e dor.

“que grandes filhos da mãe”...

 

Fernando Silva

 

Fogos...

 

Arde lá fora,

 Na floresta conseguida

O fogo que tanto devora

O trabalho de uma vida

Abrasador, tormento

Arrasador sofrimento,

Medo, revolta, aflição.

Fogo  sem rosto! Posto?

Tem mão desonesta, fazendo arder a floresta...

Terras sem nada negras incendiadas.

Giestas  demolidas, Oliveiras ardidas,

Pinhais desfraldados soutos arrasados

Corpos desolados e almas despidas

No perder de vidas que o fogo “matou”!

 Em nossas mentes ficou a repugna.

Terra de pão, terra razão,

Terra de vida terra de paixão,

 De lágrimas choradas

Dias, noites e madrugadas.

Que o fogo devora e meu povo chora

Os filhos desaparecidos no combate feroz

De barulho profundo que arrepia o mundo...

Mas não tem voz!

 

 Fernando Silva