quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Procuro… na noite!

Ando na noite, sozinho…
À procura de carinho!
Num abraço apertado,
A noite gelada e fria,
Não boa companhia
Pra quem vive apaixonado

Passa a saudade sentida!
Nas veias da minha vida,
Fervilha muita emoção
Pelas ruas tão vazias…
As almas andam mais frias
Vá lá saber-se a razão

Na noite a saudade vem…
Ando à procuro alguém!
Que termine… minha agonia,
Afague as minhas dores
Que possa morrer de amores,
Nesta noite tão vazia…

Há uma sombra que passa!
E alguém que me abraça…
Na esquina da liberdade,
Estremece meu coração
E com enorme emoção
Voltei à felicidade.

Fernando Silva

Mais do meu fado.


                      Serenata… à neve.

Cai neve no meu jardim…
Cai neve que eu bem vejo!
Cai neve longe de mim,
Cai neve… no meu desejo.

E numa rua estreitinha
Caem farrapos de vida
Essa rua é toda minha
A rua… da minha vida!

Lágrimas vindas do céu
Trazem a cor da ternura
Nesse cantinho que é meu!
Há um jardim de brancura

Uma criança a brincar…
Enquadra a “despedida”
E uma guitarra a trinar!
Nos jardins da minha vida.

Onde a neve cai tão pura
Nos braços da madrugada,
Jardins da minha procura,
Cantinho… da minha amada!


Fernando Silva

Vida...

Desejos sentidos…

Não abras mão dos desejos
Olha o céu que alto mora…
Aquece um coração com beijos
E contempla outro que chora!

Há sorrisos de mãos dadas
A Caminho desse céu
Há tantas almas sagradas
Nesse céu… que é o seu!

Moram em nosso alento
No caminho da ternura
Sofrem desse sofrimento
Moram no céu da aventura

Pernoitam na passividade
Da vida gelada, fria…
Desfrutam da liberdade
Mas vivem nessa agonia

Nos caminhos onde passam
Há jardins a florir…
E as flores que os abraçam
Passam o dia a sorrir

Fernando Silva

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Recordar...

Recordações

Ouço a tua voz!
E, na doçura desse canto
Recordo os momentos vividos a sós…
Era fascino e encanto…
Nascido da mais bela melodia
Trazida no sabor dos teus lábios.
Saudade! Ou nostalgia! Nem sei…
Mas, vivo esses momentos ávidos de vida
Que ambos encontramos,
Num beijo de um “mel-meloso”
Desse amor tão delicioso…
Que nos acompanha pelos caminhos da vida
 Onde adoramos viver.

  Fernando Silva

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Moira

Moura…Encantada

Há um frio que nos corta na palma da vida
Uma noite que estimula o mais sentido alento
E na descampada Fonte duplamente sentida
Há algo que nos arrepia e faz sofrer o momento

Sinto a noite despida de uma certa superstição
Há uma fortaleza perdida, por nós sufocada
E uma moura encantada em meu coração
Que encontro no azul da vida, nesta madrugada

Aparece na vida trajada das mais lindas cores
Por esses suaves caminhos que a deslaça
Ficou sem os perfumes das mais lindas flores
Colocaram-lhe uma saga para sua desgraça

Há um secretismo que nos seduz e entrelaça
Uma janela aberta virada à secreta vida
Feita de grades dessa fonte que nos abraça
É um “passado-presente” que nos convida

É nos caminhos da fonte que eu a encontro
De cabelos de ouro à Lua tão brilhantes
De olhos suavizados neste reencontro
E um poder astuto para dois amantes


Fernando Silva

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Vida...

Mão cheias do nada.

Há uma criança que chora nesta correnteza
E um adulto que mendiga até de madrugada
As lágrimas sentidas têm sal de pobreza
E as pedras gastas de tanta caminhada

Choram a dor que a própria vida lhes deu
E as injustiças de uma sociedade agreste
Esta criança não tem culpa porque nasceu
É filha da vida, onde há “pão” que preste

Um cibo de pão abafado na dor
É alimento despido de quem nada tem
Se nas ruas onde pede não há amor
Como pode a criança? Crescer sem alguém!

Dorme ao relento em paredes de papelão
Numa caixa vazia de carinho e amor
Apanha o frio que lhe corta o coração
Tem por agasalho um simples coberto

É um estorvo ao governo neste apodrecer
Empecilho nas imagens de um País aldrabado
Com bancos de jardim ignorados pelo poder
Há tanta criança com fome neste Portugal ceifado


Fernando Silva


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013


Povo de Abril.

Foste… flor em Abril por desabrochar!
Um cravo vermelho que ficou sem cor,
Na Democracia onde o povo não pode mandar?
Porque o capital nos derruba sem dor…

Vem, vem para rua Meu povo lutar,
Esta guerra é tua Não te deixes derrubar,
Contra a miséria imposta Tens que dizer não!
Esta é a resposta Da revolução

Exige a morte a quem te matou
Para pouca sorte basta o que já passou
Com leveza de quem governa neste turbilhão
Passaram-te a perna, não têm perdão

Há neste País de Abril tanta Catarina
Canções da revolução que não foram cantadas
Há um Sol que nasce de uma grande rabina
E as feridas do povo que não foram saradas

Há lugares ao Sol por intimidade
E um vil poder que tanto nos destrói
Há uma obstrução à nossa Liberdade
E a conspiração que tanto corrói

Age porque o capital quer ver-te prostrado
E a Liberdade onde é que ela mora?
O povo unido não será menosprezado
 Abaixo o poder que tanto nos explora

 Todos os dias somos saqueados
Pelas mãos sujas da corrupção
Pelos abafadores autorizados
Força meu povo faz a revolução
  
FernandoSilva




quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Passado…presente.

Aquele local namorado!
Para nós lugar de carinho
Pela sua elegância…
Extremamente apaixonado
Esse mesmo cantinho!
Que amamos desde a infância



Nascem flores…nas amendoeiras
Os campos ficam produtivos
As terras perduram viçosas…
Não há ventos nem poeiras!
São valados apelativos
Aos poemas e às prosas

Corre a água do nascente!
Outra flor que desabrocha
Num beijo tão sentido…
É o amor nessa corrente
Firme como uma rocha
Nesse lugar tão querido

Ali…prolifera a vida
E os rebentos mais audazes
Dão luz à juventude
E de uma forma sentida
Hão-de um dia ser capazes
De mostrar sua virtude

E nesse lugar amado!
Onde o amor se enaltece
E a vida continua…
Fica em nosso peito guardado
Porque o amor acontece
No seio da nossa rua!

Fernando Silva

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Relíquias

Azenha…Tua.

Há uma nora antiga
Em pleno Rio Tua
Faz parte de tanta vida
Faz do rio a sua rua

Sombra da minha ternura
Este lugar portentoso
Recheado de formosura
No reino maravilhoso

Leva saudades sentidas
Recordações de criança
Tantas mágoas perdidas
Não nos saem da lembrança

Uma roda já “usada”
Açude lugar de primor
Vive com a água de mão dada
Pelo rio sente “amor”

É paixão que não tem fim
Bombeia sem nunca parar
Rega horta e o jardim
Leva água a qualquer lugar

Ex-líbris da Ribeirinha
Essa aldeia de Vila Flor
Onde a azenha velhinha
Possui lugar de valor

Enquanto a água descansa
A azenha faz vigia
Neste rio de bonança
O Tua é ontologia

FernandoSilva

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O meu poema é fado

Chora comigo… Guitarra

O meu poema é um fado!
Escrito por minha mão,
É um poema cantado
Sentido…no coração.

Há uma guitarra que trina,
Os prantos da nossa vida!
E um poema que ensina
A sorrir…na despedida!

Há flores neste caminho,
Cantadas na poesia…
Há um sorriso amarinho
Que nos segue…no dia-a-dia

Digo o que sinto… cantando!
Escrevo o meu sentimento,
Por vezes choro chorando!
Cantando o meu sofrimento

Chora! Guitarra que é hora…
Foi-se embora a "despedida",
Há um poema que chora
As dificuldades da vida

FernandoSilva

Serenata...




                                       Muralha

É noite, a saudade cai!
Há uma dor… que magoa pela lonjura.
Lá longe… há uma inspiração
que aperta em nosso coração,
e, se espelha no luar da Lua.
Embevecida pela ternura!
faz transparecer na sua humildade
 toda a sua majestade…
Há uma luz natural que ilumina este lugar,
Luz de Deus, luz dos céus, luz da vida e
incide nos degraus de uma "capela",
para depois  nos conduzir à história.
O “Rei Lavrador e Poeta” quantas vezes terá aproveitado este lugar para escrever poesia para sua estimada.
Na muralha, abrem-se as portas de par em par.
Os farrapos da história reflectem vida, luz e cor.
É mais um poema que fica guardado no livro de recordações de uma “Terra” que se orgulha do seu passado… e a ele fica eternamente ligada.
Neste recanto de vida… há tanta ternura sentida que nos conduz ao contemporâneo, e, se espelha na veracidade de um ex-líbris do qual tanto nos ensoberbecemos.

Fernando Silva

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013





Uma flor que nasce é vida, florida… na primavera nascida, pelos caminhos onde o sol aquece a terra e rejuvenesce a natureza que Deus criou e o homem mal trata.

FernandoSilva

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Humildade, não é sinónimo de inferioridade, é sentimento que engrandece os predestinados, a quem Deus concebeu tal virtude.

FernandoSilva

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Vida...

O sorriso de uma criança é o Sol no nosso dia, o luar na madrugada, a riqueza mais relevante que nos abarrota de exultação.

FernandoSilva

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Vida...




Fonte de vida...

Há um rio uma fonte que fala de nós
Um sorriso de criança que fala dos dois
Uma nuvem que passa quando estamos sós
E os pássaros que cantam versos e depois

Trago um rio despido nos meus sentimentos
Um olhar doce no amanhecer
Uma luz que ilumina os meus pensamentos
E o luar da vida no anoitecer…

Recordações, momento vivido
Dois corações num só sentido
Luar da lua no teu olhar
Na minha rua no nosso amar

 Há uma paz douradora no reino dos céus
Nesses lugares sagrados que ambos amamos
Seguindo o caminho em direcção a Deus
Unidos pelo amor que glorificamos

Há um silêncio que grita o amor de nós dois
Vindo das flores do campo onde namoramos
Trazem perfumes desses girassóis
Virados ao Sol da vida que abençoamos

 Fernando Silva