segunda-feira, 29 de maio de 2017



A dor que sinto.

Declama a poesia à luz que nos ilumina…
nesta dor que nos fascina e faz doer!
 Nos hábeis momentos estendíveis das palavras...
na pária mas desmesurada dor! 
Neste poema lapidado e esculpido por tuas mãos,
enquanto as aves esvoaçam sorrisos…
É noite…
Aguardo no silêncio o desnudar da vida.
Passo-a-passo…caminho pelo teu corpo,
feito poesia onde meus olhos se espelham…
Ai berço…Ai berço,
Porque me tocas?
Quantas vezes longínquo…mas sempre perto de mim!
Ai berço…Ai berço,
quanto te sinto e em mim pressinto
essa dor… feita “mar” onde navego!
(…)


Fernando Silva 

quarta-feira, 3 de maio de 2017



Em tua memória...Pai.

De olhar atento e embevecido fixava meu olhar num quadro
que ainda hoje retenho na minha memória e guardo-o
pela saudade desses tempos. Em conversa dizias-me: “Sabes
meu filho? Em casa da tua irmã Teresa e sempre que a saudade
se apodera de mim ouço-te e nem sabes o bem que me faz
ouvir-te, dava tudo para que pudesses estar mais vezes junto
de mim. Ouço a tua voz e acompanho-te nos fados que cantas
e foi assim que aprendi, “As Capelinhas da Serra”. 
Sabes pai? Não tem sido fácil a tua ausência...

Nando