quinta-feira, 29 de agosto de 2013


Fogos...

 

Arde lá fora,

 Na floresta conseguida

O fogo que tanto devora

O trabalho de uma vida

Abrasador, tormento

Arrasador sofrimento,

Medo, revolta, aflição.

Fogo  sem rosto! Posto?

Tem mão desonesta, fazendo arder a floresta...

Terras sem nada negras incendiadas.

Giestas  demolidas, Oliveiras ardidas,

Pinhais desfraldados soutos arrasados

Corpos desolados e almas despidas

No perder de vidas que o fogo “matou”!

 Em nossas mentes ficou a repugna.

Terra de pão, terra razão,

Terra de vida terra de paixão,

 De lágrimas choradas

Dias, noites e madrugadas.

Que o fogo devora e meu povo chora

Os filhos desaparecidos no combate feroz

De barulho profundo que arrepia o mundo...

Mas não tem voz!

 

 Fernando Silva

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