Frio agreste
Caem farrapos de neve
Vindos do frio da vida
Aparecem ao de leve
Tanto frio me persegue
Nesta vida desprovida
Acolhidos do frio norte
Nas arcadas fazem vida
Nos agasalhos da sorte
Que lhes protela a morte
Nestes guetos sem vida
Branca neve, és tão fria,
Que no meu abrigo passa
Na minha vida vazia
Só me resta a nostalgia
Nos caminhos da desgraça
Nesta humilde indulgência
Num gesto de carinho
Na minha sobrevivência
Preciso dessa clemência
Não passo a vida, sozinho.
Autor Fernando Silva
Primo tá lindo esse poema
ResponderEliminarComo sempre "Espectáculo!!!"
ResponderEliminarEste poema foi idealizado tendo como finalidade cantá-lo num fado chamado "Tamanquinhas", foi notabilizado pela Senhora Dona Amália Rodrigues. Embora tivesse feito outro do mesmo género que dediquei a Vila Flor. Um abraço para vocês e obrigado por gostarem da minha poesia.
ResponderEliminarParabéns! Está um lindo poema!
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