domingo, 12 de agosto de 2012



Sonho 


Num ápice fez-se noite,
trazida pela bruma dos meus sentidos,
fechei os olhos e a noite ficou mais noite.
A brisa do mar sossegava meus pedidos,
não fosse a frescura finar.
De onda em onda, o mar chegava a meus pés
na mais deliciosa das marés, 
foi ali que vi a tua imagem vítrea, adorada, 
tão querida e desejada. 
Nos meus aposentos, repousavas doce, 
pura e bela, à minha espera. 
A noite entrava pela janela,
cega... como quem ama, e nesse amar,
a ternura e a paz vindas do mar
ficam pregadas, feitas luz do nosso amar.
O bramindo das ondas ecoa docemente,
tal como o gemido de gaivotas
que voavam livremente, 
enquanto beijava teu corpo
que tanto desejei nessa noite,
mas, sozinho... acordei. 


Autor: Fernando Silva

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