quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Mais do Meu Fado

Proibido Amor

Dou passos no teu caminho
Que me levam ao destino,
Do teu radiante olhar,
São desejos proibidos,
De dois corações partidos
Que não deixaram de amar

São memórias requintadas
De duas almas amadas,
Que sofrem no seu viver,
São pesadelos constantes
Em dois corações amantes
Que não param de bater

Madrugadas padecidas,
Em nossas almas sentidas
Que o tempo não dilacera,
Lembranças de um grande amor
Que exalta enorme dor
Nascida da Primavera

Pedaços da nossa história,
Continuam na memória,
De quem ama docemente,
Nossos corações sofridos,
Apesar de proibidos
Vão amar-se eternamente
                                            Autor: Fernando Silva

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Paz à sua alma.

A noite surgiu mais cedo e por entre o medo
da dispersada solidão, levou deste lugar
enorme figura, que deu à vida outra paixão.
Numa mescla de ternura, lirismo e grande amor,
amou a vida, a pátria querida, foi trovador.
Entrega agora, ao criador vindo do céu,
a sua vida... como despedida de quem viveu.
Na imensa claridade sente-se saudade, silêncio o poeta morreu…

 Fernando Silva

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Só, pensando em ti...

Sem ti… nada existe

Na negrura melancolia
Serpenteando o teu corpo,
No desejo de um beijo
Que me trouxesse alegria,
Paz e conforto,
Matava meu desejo.
Espreito através da janela
Acompanho os movimentos sentidos
Dos teus prantos sofridos,
A lonjura do teu reaparecer
Soa alto na madrugada,
Quando saída do nada,
Uma luz emerge trazendo vida
Feita aparição, conseguida
Pelos caminhos da consolação,
Formado por enorme clarão,
Que, faz com que a candeia já morta
Tenha luz e vislumbre essa porta,
Que se abre de par em par
Para a ternura do afeto,
Que jamais deixe de encantar  
Na paixão deste infinito coração,
Que ama perdidamente.
Peço à luz que docemente
Entre pelas fissuras da porta
Desse grandíssimo coração
E ilumine essa dor, de amor
E termine minha solidão
                                             Autor Fernando Silva

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Carnaval







Carnaval de Samora, Marinhais e Santo Estevão / 2012
Folia Ribatejana
Sem piegas à mistura.

Venham ao Carnaval de Samora
Para ver a nossa folia
A tradição é aqui que mora
Venha em paz e harmonia

Participe na brincadeira
Dê asas à imaginação
A Marinhais leve a bandeira
Carregada de emoção

Carnaval de tradições
Neste ribatejo afamado
Santo Estevão de paixões
De campinos e de fado

Com piegas ou sem elas
Nas ruas ou nas varandas
Abrimos a nossas janelas
Com frases satíricas e malandras

Nem as grilhetas da governação
Destroçam as nossas garras
O povo vive a tradição
Soltem nossas amarras

Mascarei-me de coelho branco
Não dei tolerância ao povo
E os passos do meu pranto
Castigaram-me de novo

Respeitar este cortejo
Samorenses foleões
Viva o nosso Ribatejo
De culturas e tradições

Nesta terra de história
Marinhais em liberdade
Não nos talhem a memória
O povo fala vedade

Vem gente de todo o lado
Porque Samora merece
O Carnaval afamado
É aqui que acontece

Com paixão e com amor
Levam o Carnaval a sorrir
São  “Arcas” de tanto lavor
Para emoções repartir

Personagens diversas
Caras que não são estranhas
Provocam tantas conversas
De sátiras tamanhas

Pela Lezíria espalhado
Em Samora e Marinhais
O Carnaval é celebrado
Em trajes tradicionais

Santo Estevão juntou-se à brincadeira
Saíu à rua para festejar
Fê-lo da melhor maneira
Pôs toda a gente a celebrar

Desapontados com a austeridade
Ditada pelos seus passos
Mas na hora da verdade
Os laços ficaram lassos.

Autor Fernando Silva

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ao Amor

Enamorados
Aqui, eu assimilei
Quão amor
Nós temos para dar,
Aqui, perdurarei
A esta dor
Que se sente sem parar

Sou sonhador
E a ti dirijo o meu amor,
São baladas,
Amadas na paixão,
Deste enorme
E amado coração.
  
A harmonia
Que trazes nos teus olhos
De afabilidade,
Recordo-a no dia-a-dia
Faz parte dos meus escolhos
Nesta imensa afectuosidade

Enamorados
Pelos laços da vida
Nesta conjugação repartida
Somos perpétuos namorados
Somos amor força da vida
Desta alegria sentida

 Permanecer
Convictos deste amor
Que nos enlaça
Reconhecer
Esta dor
Que nos abraça
Atear a chama
Deste amor que tanto ama.

Autor Fernando Silva

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Mais do Meu Fado

Àgua Vida

Corre do nascente da Serra
Por caminhos que conhece
Leva vida a todo lado
Ao chegar à minha Terra
Da vida nunca se esquece
Do seu verdadeiro fado

Corre corre água na Fonte
Rega os campos de saudade
Que trazes nos teus desejos
Tens a Terra no horizonte
E dessa tua idealidade
Regas os lábios com beijos

Beija depois a Ribeira
Regas campos floridos
Matas a sede ao meu amor
E apesar dessa canseira
São intentos conseguidos
Dá vida a Vila Flor

Autor  Fernando Silva    

Um poema dedicado a Vila Flor, ao qual anexo uma foto tirada pelo Professor Aníbal Gonçalves a quem aproveito para dar os parabéns pelo excelente trabalho que tem efectuado em prole de Trás-os-Montes, mas, sobretudo da minha, vossa e nossa VILA FLOR. Um abraço.            
                                                                                                            

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Mais do Meu Fado


Frio agreste

Caem farrapos de neve
Vindos do frio da vida
Aparecem ao de leve
Tanto frio me persegue
Nesta vida desprovida

Acolhidos do frio norte
Nas arcadas fazem vida
Nos agasalhos da sorte
Que lhes protela a morte
Nestes guetos sem vida

Branca neve, és tão fria,
Que no meu abrigo passa
Na minha vida vazia
Só me resta a nostalgia
Nos caminhos da desgraça

Nesta humilde indulgência
Num gesto de carinho
Na minha sobrevivência
Preciso dessa clemência
Não passo a vida, sozinho.
                                        Autor Fernando Silva

Lisboa

Vielas do Fado

Na imensidão do mar
Lisboa tem mais encanto
Num aprazível acordar
Nos lençóis do seu pranto

Do rio faz sua cama
Dos navios colchas de linho
Do amor da sua chama
Faz verdadeiro carinho

Madragoa sempre atenta
Bairro Alto acordado
A sua beleza aumenta
Pelas vielas do Fado

Gargantas da Mouraria
Vozes fiéis em Alfama
Em perfeita harmonia
São lençóis da mesma cama

No coração da cidade
Passam veias de guitarras
Lisboa tanta saudade
Afasta tuas amarras
Autor Fernando Silva

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Sonhos

Sonhos de Criança

Retratos de história
O Sol vem-me buscar
Sentidos na memória
Faz meu coração palpitar

Fotos de existência
Sonhos vividos
No amor a essência
São sonhos repartidos

Ainda agora
Trouxe à lembrança
 E pela vida fora
Quero o amor de criança

Quero viver
Apaixonado
Poder dizer
Como é bom estar ao teu lado

A naturalidade
Como tudo acontece
É a realidade
Para quem o amor merece

Caminhos de flores
Na nossa madrugada
São como os amores
Na noite mais amada

Sonhos de criança
Não quero perder
Neles tenho a esperança
De um dia acontecer

Autor Fernando Silva


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Mais do Meu Fado

Coração Sedento

Recordar-te faz-me bem
E muitas vezes estou além
Sopra meu coração sequioso
Neste matagal de ilusões
Parto cheio de emoções
Do teu corpo desejoso

Neste planeta giratório
Seria para nós meritório
Juntar as nossas almas
Tactear os teus sentidos
Recordar tempos vividos
 Afastar certos fantasmas

Segurar tuas pretensões
Juntar nossos corações
Levar teu desejo ao céu
Respirar a mesma aragem
Juntar a nossa bafagem
Sem saber qual deles é o meu

Ter essa bonita moldura
Neste vulcão de ternura
Nossos corpos incendiar
Vivermos em felicidade
Para nossa eternidade
E contigo poder acordar

Autor Fernando Silva