segunda-feira, 25 de janeiro de 2016



No leito do rio…

Mostra-me o leito do rio
Que vem da tua nascente
Minha dor é um navio
Flutua contra a corrente

Saboreio as palavras
Que o fogo do amor ditou
E nas frases mais sábias
Onde minha dor se deitou

Subo as margens do rio
Desço degraus de ansiedade
Pressinto neste vazio
O quanto custa a saudade

As saudades são amarras
Sentidas nesta ansiedade
No leito onde me agarras
Choro lágrimas de verdade

Caem livres, livremente!
Lágrimas nesse navio
Minha dor contra a corrente
Sobe as margens do rio…

Fernando Silva






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