sábado, 10 de março de 2012

Ponto de vista.

A satisfação em executar, a carolice em manter a tradição, leva a que estas pessoas se disponibilizem para que Vila-florenses e visitantes possam jubilar com estas atuações. O tempo não apaga da memória daqueles que se regozijam e aplaudem iniciativas deste fascínio. O povo mantém viva a chama da cultura e promove desta forma uma tradição que se iniciou aquando da inauguração do Hospital de Vila Flor, uma mais-valia para o concelho e não só. Denominada de “Contradança”, depressa se enraizou nesta terra, trazida pelas mãos e pela humildade de alguém que já não se encontra junto de nós, refiro-me ao “Tio António”, que colocou os jovens plebeus a cantar e a dançar, para assim receberem a visita do Sr.º. Ministro do Interior. A poesia alusiva ao acontecimento, deu o mote a canções que ainda hoje andam de boca em boca, ensinada pelos mais idosos e aqui; “modéstia à parte”, tenho que incluir os meus pais, também eles, marchantes daquela época e profundos conhecedores da matéria. Pelo tempo fora outros poemas foram criados, mantendo assim a tradição e a cultura de um povo. Ano após ano, mais pelo Carnaval, toda a gente emergia para os locais de atuação do grupo da contradança. Para não deixar morrer esta tradição tão desejada pela população em geral, este Grupo colocou mãos à obra e vai levando a água ao seu moinho. As dificuldades são por demais evidentes. É imperativo que se faça alguma coisa em prol deste grupo e de outros que possa haver nas mesmas condições, para que a tradição se mantenha.

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