quinta-feira, 7 de junho de 2012

Dia do Corpo de Deus.

Tradições... 

Pelas ruas de Vila Flor
As passadeiras davam cor
De aroma natural
Flores ornamentadas
Por flores requintadas
De valor sentimental

Orgulhosos dos seus feitos
Ficam de corações desfeitos
Já não há essa alegria
As passadeiras eram cor
Nas ruas de Vila Flor
Transmitiam paz e harmonia

O tempo passa a correr
Não é possível voltar a ter
Imagens dessas rotinas
Lembram flores ditosas
Regadas com águas briosas
Um encanto de meninas

Na Rapadoura eram brio
Até o próprio Rossio
Davam muito que falar
Não me saem da memória
Fazem parte da história
Desta terra de toucar

Eram maias outras flores
Colhidas pelos amores
À cultura desta terra,
Cedro, caruma de pinheiro,
Faziam seu galanteio
O tempo não encerra


Culturas destas civilizações
Que nos trazem recordações
Uniam todas as ruas
Tradições na minha idealidade
Que me trazem a saudade
Só vejo avenidas nuas

Eram ruas de toga a gente
Num gostar tão diferente
Onde havia cooperação
Que o passado uniu
E no presente não se viu
Passadeiras de coração

Desconheço porque razão
As ruas da minha afeição
Não possuem tais passeios
Convites para quem passa
Pelas ruas ou na Praça
Emergiam galanteios

São tradições perdidas
Que não saram tais feridas
E essa “rua” cintila
Promovam a minha amada
Porque essas ruas sem nada
Não erguem a nossa Vila

Autor: Fernando Silva


2 comentários:

  1. Tenho saudades do tempo em que as ruas de Vila Flor ficavam todas enfeitadas para passar a procissão do Corpo de Deus!!! Hoje estão esventradas e sem graça por causa da introdução de novas tecnologias...

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  2. Outros tempos Senhora Professora Anita. Sinto infindas saudades, da tarefa, da cooperação e da vizinhança dessa época, tudo trabalhava em prol da sua rua, havia bairrismo saudável, muita fé. Tudo se perde... porém, "Deus tudo perdoa".

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