segunda-feira, 16 de março de 2015

Observo deste penhasco de musgo vestido, as cores garridas… característica destes montes, cujo espelho de água em ti se reflecte!
Baluarte de outrora que a história nos deixou, pintado de vida em seu redor e esse pinheiro manso que já não vejo faz tempo…
Lembro… o caminho sinuoso que percorre a distância, entre o viver da montanha, de liberdade tamanha, onde os “Gaios” resistiam às adversidades do tempo. Das giestas em flor, num quadro pintado pela natureza, num amanhecer bucólico onde o sol não se olvida de aparecer.
Tempos de criança que me levam ao balouço da vida, auxiliado pelos braços de quem me ama.   
Recordo-me… tanto momento vivido na doce paixão de vos amar! Que a nostalgia me traz de forma carinhosa e o cheiro dessa rosa que despontava para a realidade…com os espinhos da vida. As pétalas foram caindo e fertilizando a terra.
Subo à Lapa, daqui, vejo-te imponente, vestida de luz, transparência e progressividade. Tornaste-te outra… e de cara lavada mostras ao mundo as diversidades de escolhas. Daqui, contemplo-te e no meu horizonte retenho a vontade de em ti permanecer! O meu olhar segue pelos caminhos feitos em prole das acessibilidades… é o progresso de uma zona tantas vezes esquecida, por quem tem a responsabilidade de te proteger. No lazer do meu olhar detenho os cursos hídricos que me levam ao nascente, onde mergulho de paixão e orgulho, enquanto as braçadas se dilaceram deliciosamente no meu mais ente, e, nesta corrente, deslumbro-me na afectividade com que recebes quem te visita. Os teus braços abertos para quem chega são o postal ilustrado, complementado com a estátua imponente de D. Dinis, Rei, Poeta e Lavrador, que te deu o nome de Flor, enquanto, no jardim onde as flores são mais viçosas, a Rainha Santa, esmera a paixão e se entrega de coração a esse amor.



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