terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Nevoeiro

Denso Nevoeiro

Teimosamente o sol apareceu
Brilhou na cidade que quase… adormeceu
E se escondeu no opaco nevoeiro,
Denso, encoberto,
Mais parecia um inóspito deserto,
Onde a intensidade dessa obscuridade
Trazia medos, escondidos nos segredos
Da densidade, qual rio misterioso
Que só um sol teimoso
Conseguiu penetrar, dando outro ar à cidade
Colocando os raios solares vivos e confortantes
Tornado o ruas brilhantes
Assim, voltou a normalidade
Através de um sol que brilhou.
Abriram-se alas para a sua recepção
Fez-se calor no coração
De uma cidade escondida
Quase perdida, neste carregado nevoeiro
De ar frio, que não trazia brio
E desapareceu mar dentro
Para maior alento de uma cidade
Que se quer a sorrir
O dizer Liberdade, Liberdade
Que nos possa atrair.

Autor Fernando Silva

2 comentários:

  1. O poeta já se esqueceu das "novenas" de nevoeiro, na terra que o viu nascer?! Aqui, sim, é que é nevoeiro dias e semanas seguidas, tornando mais tristes os rostos dos transmontanos, tão martirizados pelos extremos do tempo: "Nove meses de inverno e três de Inferno!!!"

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  2. Olá Senhora professora Anita, ainda bem que conseguiu fazer os seus comentários, dos quais retiro aprendizagem, muita admiração, estima e me dão enorme alento para continuar. Como posso eu esquecer o meu cantinho?! A minha terra amada, a minha musa inspiradora, o meu lugar de eleição. A terra pela qual detenho amor, grande afecto, carinho e tanta...tanta saudade. Como posso eu, esquecer as novenas vividas intensamente pelas agressividades climatéricas, que esses rostos conseguiram e conseguem superar pela força, pela determinação e pelo querer. Um abraço amigo.

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