Flagelos de uma vida
Por entre os dedos da revolta
Passam cavalos à solta
Tanto doe mas não se sente
Que embarga a própria vida
Num gesto tão deprimente
Há tanta vida ceifada
Sumida e desgraçada
Com chicotes de revolta
Pedaços de vida perdida
Os jovens perdem a vida
Com tanto cavalo à solta
São braços de desprezo
Provoca horror e medo
Neste mundo horroroso
Há tanta vida cortada
Nos atalhos da calçada
Neste trejeito escabroso
Não se conhece ninguém
Todos vivem com desdém
Abafa-se nessa ansiedade
São recônditos segredos
Escondem para lá dos medos
Afastam-se da sociedade
Autor: Fernando Silva
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