quarta-feira, 18 de abril de 2012

Serenata ao amor

Serenata à chuva

Era noite, a água caía do céu,  
mais parecia  uma noite  invernosa.
Na escuridão da noite uma luz apareceu,
era  um sinal de paz, de sossego, de encanto,
que  queríamos  viver tanto.
Murmurei-te baixinho ao ouvido:
Deixa o temporal passar, para podermos estar
concentrados na serenata que te tinha prometido.
Pegaste na minha mão e pronunciaste
a frase mais linda que até ali tinha ouvido,
-Esta noite fica comigo,
Faz com que nesta noite a flor da vida cresça,
No leito das nossas vidas,
Quantas vezes proibidas no amor.
Pediste um favor e eu loucamente apaixonado,
Nem sequer olhei para o lado,
 e dediquei-te essa serenata à chuva,
Solicitaste em tom carinhoso,
e eu, que estava tão desejoso de começar,
A proclamar esse nosso amor,
Ofereci-te de alma e coração,
A mais bela canção de amor.
Disseste que a chuva não molhava,
apenas humedecia e enriquecia as nossas almas,
Seria bom ouvir de viva voz, o amor que entre nós
Se ergueu e cresceu num recíproco amar.
O temporal passou, a serenata não acabou,
tudo dormia,  e nós, acordados, empenhados,
pelos caminhos florescidos nas nossas paixões.
 Éramos namorados, ali agarrados a cada minuto da vida.
O silêncio da noite melancolizava
Os nossos recônditos segredos
Que ficavam na retina de quem ama delicadamente,
Depois, por de trás dos arvoredos
 A lua se escondia, e aparecia para o nascer de outro dia.
A água da Fonte ao cair na vida fazia: pim,  pim, pim
Pareciam beijos e desejos de dois corações apaixonados
Que o amor concebe, ali ficamos, assim, sim, sim,
enamorados,  molhados ,envaidecidos
com esta tocata ao amor.

Autor : Fernando Silva

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