segunda-feira, 3 de agosto de 2015

As primeiras palavras desse livro foram escritas por ti, recordas-te? Perguntava-te julgando que me ouvias… mas não, não era assim, com muita mágoa minha. A água corria lentamente da Fonte, esta, deixava transparecer cumplicidade, a calmaria das águas e a nobreza da floresta ofertavam o maior sossego, num cenário sublime. O canto das aves era a melodia mais desejada para o momento.
Fechei os olhos e foste minha, entrei no sonho que ambos sonhando acariciávamos a vida com a p
onta dos dedos, sem receios sem medos, capazes de devorar o mundo! Fortes como a rocha, determinados como o mar, calmos como as aves que sobrevoam o espaço onde habitamos.
Comovidos pelo acontecer, deixamos cair uma lágrima na chagada, que era tudo e nos alimentava como água da sede de quem se beija, como a carne que se deseja e ali ficamos agarrados à vida e à forma abrasadora com que nos acariciávamos.
Era noite, colorida a vida, pelos sabores mais requintados, apaladados na paixão arrebatadora de quem ama, e, que nos une na paixão dos amantes, desavindos pela distância que gostaríamos de ver diminuída, mas que o tempo não apaga e anseio que o amor nos traga. Da varanda do telheiro espreito o teu sorriso, trazido na foto que observo apaixonadamente-apaixonado do teu rosto, ali continuo olhando cada traço teu, quis olhar-te nos olhos. Coloquei a minha mão sobre o teu rosto e acariciei-o perdidamente, o teu olhar meigo e ternurento queriam contar-me algo, fui incapaz de deter as minhas lágrimas, que escorriam pela minha fase, queria tanto te poder beijar nesse momento...ondes estás? Talvez perdida na paixão dos amantes, ouvindo a sinfonia das aves que em nossos sonhos se deliciam...

Fernando Silva


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