terça-feira, 15 de março de 2016



Fendas do tempo…

Ecos dos silêncios…como gritam! Saídos do meu peito…que saudades. Pedaços de mar em ti se agitam, revolto gemido suavidade. Enquanto bocados de vida se amedrontam, descidos das decrepitas rochas que te enriquecem! Lá longe…bem longe onde as ondas se iniciam e as gaivotas se reencontram na liberdade porque acontece. Quando anoitece, permanecem sombras de outros tempos em teu leito, lençóis de areia onde te deitas…esvoaças pensamentos a preceito, e, ouves os gemidos dos meus passos. Lentamente adormeço em teus braços, uma estrela acompanha o sentimento, as ondas em fortes abraços… enquanto o meu olhar pinta de azul, os segredos do mar em teu regaço! Fendas que se abrem a céu aberto…reflexos de rumores deixados pelo tempo.
Fernando Silva



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