quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Felizes daqueles que têm Natal.


Prenda de Natal

Desço a rua,
Ao virar da esquina
Encontro uma menina,
Indefesa…
Detém um olhar de ternura,
Repara nos embrulhos 
E em quem passa,
Espreitou através da vidraça
Por baixo dos seus murmúrios, 
E viu outras crianças contentes
Porque lhe ofereceram presentes.
Mas, essa criança... amargurada, 
Não desejava,
Uma lembrança... embrulhada,
Bastava-lhe uma fatia... de pão,
Um sorriso franco… doce,
Procurava um coração
Que ao seu encontro fosse,
Ex-que um bom senhor aparece
E àquela criança oferece
Um presente de natal,
A criança... agradecida,
Disse, não quero ser mal entendida,
Mas não me leve a mal
Não me dê essa oferenda
Desejava outra prenda
Essa sim de enorme valor.
Queria que todas as crianças
Tivessem simplesmente…amor.
O senhor… desatou a chorar
E as prendas que ia comprar
Ficaram para outra altura,
Agarrou-se na ternura
De uma criança …indefesa
Que não pedia para ela
Mas…que acabasse a pobreza.

     O Autor:  Fernando Silva

1 comentário:

  1. Lindo poema que se enquadro perfeitamenta nesta quadra Natalícia e no momento difícil que o nosso país esta a viver.
    Mas ao contrário do que pede esta criança, acabar com a pobreza, os nossos governantes estão a fomentar cada vez mais pobreza para a maioria dos portugueses e a distribuir riqueza por meia duzia de amigos.
    Onde irá parar este país?

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