Fonte…Vida.
Corre lenta…lentamente, pelos valados da vida,
Vai segredando segredos, nos degraus de tantos… medos pela descida.
Passa os muros da revolta, e, em cada lágrima solta,
reflectida, percorre esses caminhos que a própria vida lhe deu…
Beija as pedras que nesse caminho tão carinhosamente desceu.
Contente! Pela existência que nos transmite e dá vida,
inebria na senda do itinerário por si quiçá? Escolhido!
Beija os lábios da gente, no mais elementar sentido,
que alimenta, sustenta e nos mantém vivos.
Passa montes e vales que alegram a natureza…
abre brechas nas robustas fragas, humildes,
pela passagem que elege como sinal de enorme riqueza.
Vai desaguar no riacho, nascido da flor das flores,
onde encontra a fertilidade dos seus soberbos amores.
Em dia de Primavera ou de Inverno tempestuoso,
num Outono tão sentido ou Inverno amoroso…
Abre os braços…à Ribeira! E depois de tanta canseira,
vai beijar as margens do rio, para se agarrar ao mar!
E com ele… namorar, num eloquente desafio.
Autor: Fernando Silva
Caro Fernando Silva (permita que o trate assim)
ResponderEliminarLi o seu livro que apresentou no Preço Certo.Gostei.
Também eu sou transmontano ou trasmontano, como queiramos. No livro identifiquei as bonitas paisagens onde decorre a ação.
Mas, deixe dar-lhe os parabéns por este texto de reflexos tão bonito. Todo ele é poesia! E da boa.
Aceite um abraço de transmontano para transmontano.
José Carlos
Em primeiro lugar deixe-me agradecer-lhe as palavras que me dedica, depois, dizer-lhe que ser Transmontano é um orgulho enorme. Quanto ao Livro "Na Sombra da Ternura" gostei e passo a citá-lo: Texto de reflexos tão bonito. É isso ai, os encantos e recantos que elevam Trás-os-Montes ao ponto mais alto da nossa imaginação. Aceite também de mim um abraço. Muito obrigado por gostarem daquilo que faço.
ResponderEliminarFernando Silva