quinta-feira, 11 de julho de 2013

Aldeias de Vila Flor.


Desta Trincheira

Daqui 

enxergo a vida... 

Desta aldeia tão querida

Não me sai do pensamento!

Vejo do alto da trincheira

A riqueza da ribeira

E todo o seu  valimento .

 

Nasce o dia... abrasador!

Nesta aldeia de lavor

 os frutos crescem aos molhos,

neste presépio montado

há amor por todo o lado

que faz chorar os meus olhos

 

Pelas lembranças de petiz

nas brincadeiras que fiz

Há melancolia e acalanto

Minha aldeia meu pulmão

Minha terra e meu pão

Meu pedaço de pranto

 

Do cruzeiro avisto horizontes

Desta ribeira de fontes

De vida tão favorável

Local de enormes encantos

De brincadeiras de cantos

De gente tão adorável

 

Oh minha terra

Minha flor

És primavera

És meu amor...

Quando se canta

O amor que te fascina!

Tua beleza  encanta

O teu cheiro me domina...

 

Fernando Silva

 

 

3 comentários:

  1. Era até aí, que trazias ás costas, o saco do rebusco da azeitona que apanhavas nos olivais da Vilariça.
    Só aí, é que conseguias subir para camioneta que trazia a azeitona do patrão do teu avô.

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  2. Quando se escreve com o sentimento à flor da pele o resultado é o que está à vista.
    E que bonita homenagem às aldeias do concelho. Do nosso concelho.
    Um abraço
    José Carlos

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  3. Olha Zé, apetece-me dizer tanta coisa… que um simples comentário é insuficiente para tanto sentimento. Recordar a Trincheira do Nabo, o cruzeiro e como não podia deixar de o fazer por várias razões! A própria aldeia do Nabo, possuem conteúdo suficiente para que eu fizesse este alusivo poema. Um abraço.
    Zé Carlos, vou colocar neste blogue poemas dedicados a todas as aldeias de concelho de Vila Flor, que fiz quando compus uma peça de Teatro que entreguei à Câmara Municipal de Vila Flor, e, que até hoje, não foi a cena, por razões que desconheço…
    Abraço
    Fernando Silva

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