As sirenes dos bombeiros
Enquanto as senhoras punham a conversa em dia, e de quando em vez uma risada, eu estava noutra onda, na paz, no cheiro da terra. Eis senão quando comecei a ouvir a sirene dos bombeiros. Tocou que se fartou! Momentos depois os rotativos dos carros dos bombeiros viam-se ao longe. Ambulância, vários veículos passaram para a zona do barracão e pensei “será incêndio?” “Será acidente?” A vizinhança veio para a rua, tentando saber do que se tratava. Como não sabia o que poderia ser devido ao facto de não conhecer o que significam os toques da sirene, perguntei, o que poderia ser. Houve então alguém que disse:
- Pelo toque é acidente, até por que saíram duas ambulâncias e o carro da G.N.R., também segue o mesmo destino. Tocou o telefone, fiquei preocupado, quando vi que era a minha Conceição. Atendi.
- Então tudo bem? – perguntou ela.
Respondi que sim, fiquei mais aliviado, por saber que não era nada com ela ou familiar, porém não deixei de pensar que ali bem perto havia gente a sofrer.
- Então já passaste por aqui e não subiste? Podias ao menos ter tocado, havia gente em casa!
- Pois é - respondi eu -vi tudo fechado deduzi que não houvesse ninguém, mas ao abeirar-me de tua casa houve uma vizinha que me disse teres ido a casa dos pais, ou a casa da tua sogra.
- Tudo bem - disse-me ela - efectivamente fomos ver os pais, sei que já lá foste mas agora quero que passes com a família por aqui. Já não vamos sair para lado algum, logo que possas vir aparece, para falarmos um pouco, precisamos estar juntos.
Respondi-lhe que sim, que contassem connosco, pois logo que a minha esposa pudesse nós lá íamos, até porque a distância não é muito grande, quaisquer 80 metros distam de uma casa à outra.
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