segunda-feira, 4 de outubro de 2010


De regresso a casa dos sogros

Cheguei a casa, cumprimentei alguns familiares que ainda não tinha visto, e ali ficamos em “amena cavaqueira” enquanto esperávamos pelo jantar. Fui ver o que tínhamos para comer, e que surpresas tinham para nós. Não era surpresa… como sempre minha sogra preparara um assado no forno, o que faz sempre que ali passo férias. Confesso que não como em mais lado algum um cabrito ou borrego no forno como ali, entre outras coisas. Alguém me chamou, fui até á garagem onde estão os fornos. O cheiro provoca uma grande vontade de comer, de me deliciar, que cheirinho agradável. Ia para ver e a minha sogra disse: - Prova para ver se está bom de sal. Se faltar alguma coisa diz mais dez minutos está pronto!
Provei. Estava divinal. Depois de pronto ajudei a retirar os tabuleiros do forno e fomos para a mesa.
Deliciei-me com o jantar e conversámos um pouco sobre tudo. Parecia ser um dia para recordar, pois a conversa à mesa indicava tudo isso. Mais parecia a continuação daquilo que horas antes havia acontecido. A conversa estava bastante agradável, embora não tivesse muita pressa para o término do jantar, algo me dizia que não podia ficar ali muito mais tempo, porque queria ver as pessoas amigas, embora não soubesse quem teria vindo passar férias, daqueles que tínhamos saído da terra. Pergunto à minha esposa se pretende sair. Diz-me que não. Digo que vou sair, que não iria demorar e, quando pretendesse sair que me ligasse, pois também pretendia tomar café e eu sei o quanto a minha esposa gosta de beber o seu café após as refeições, contudo hoje não estava para ali virada, as saudades da família eram mais que evidentes, queria ficar mais um pouco com os pais para falarem da vida, dos problemas de cada um de nós, pois nem sempre temos tempo para tudo isso. Despedi-me de alguns familiares pois já não os veria mais essa noite. Soube de imediato que alguns desses familiares iam para o estrangeiro no dia seguinte e despedir-me desejando-lhes uma boa viagem. Foi então que lhes disse:
- Ainda bem que chegamos hoje, pois se tivéssemos adiado a viagem por num dia ficávamos mais um ano e quem sabe até mais sem nos vermos.
 Um familiar responde:
 - A vida é mesmo isto uns chegam outros vão, nós já estamos na terra desde o dia 1 de Agosto, chegou a altura de seguirmos para a nossa casa, pois a viagem é muito longa, a França espera-nos e é lá que a se ganha a vida, temos que descansar mais um dia ou dois em casa e depois mais um ano de trabalho.
- Pois é – disse eu – viemos à terra matar saudades e depois temos que rumar ao nosso dia a dia, eu bem mais perto que vocês, só que as saudades são sempre mais que muitas. Assim sendo desejo-vos uma boa viagem, muita saúde. Vou até á avenida não devo demorar.


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