segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Raíz da Minha Essência


Visita a casa da Maria da Conceição

Fui visitar minha irmã, pois tal como eu, tínhamos saudades uns dos outros.
Falamos um pouco de tudo. Bebemos um chá, saboroso por sinal, que fizeram gosto em acompanhar com doces caseiros que minha irmã tinha feito. Ao olhar aqueles doces de sertã, ou rosquilhos, feitos havia pouco tempo, pois estavam fofinhos, fez-me recordar a minha mãe, que tantas vezes fazia aqueles doces para nos dar. Engraçado que desde a manhã, o dia tinha sido de recordações, a final de contas recordar é viver, o bem que me faz visitar a terra, a família, tudo. Antes de nos despedirmos dos familiares, a minha irmã, disse-me:
- Amanhã, vens cá porque eu encomendei uns requeijões e quero que os comas.
Não hesitei e disse logo que sim, olha, requeijões! Como é que eu ia perder aquele pitéu! Então a minha irmã retorquiu:
- Como vês não me esqueço daquilo que tu gostas, apesar de tanto tempo fora da Terra.
Respondi-lhe:
- Apesar de estar ausente fisicamente não o estou mentalmente, todos os dias falo desta terra, da família dos amigos, das pessoas, esta terra não me sai do pensamento, e tu melhor que ninguém sabes que isto é verdade.
- Pois é meu irmão, tu gostas muito da tua terra, efectivamente sei o quanto, por tudo… - e ficou-se por ali - Amanhã ao jantar conversamos mais calmamente, vamos por a conversa em dia, temos que falar. Até por que cada vez que vens à terra é como de uma visita de médico se tratasse, estás pouco tempo na minha casa.
- Não tenho culpa que a família seja enorme, tenho que visitar toda a gente, e como tu sabes uma semana aqui não é nada, prometo que da próxima vez trago mais dias e então aí já temos mais tempo, não me leves a mal, eu sei que compreendes.

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